Reasons To Believe 🌹 JIKOOK ABO

🌹 XVII || Reception 🌹

🌹 #RedRoses🌹 

Boa Leitura! ❤ 

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“Uma coisa é você achar que está no caminho certo, outra é achar que o seu caminho é o único. Nunca podemos julgar a vida dos outros, porque cada um sabe da sua própria dor e renúncia.”

~ Paulo Coelho

🌹 JUNGKOOK 🌹 

     Não me falta coragem para enfrentar o mundo por Jimin, até porque fui capaz de dizer umas verdades para aquele a quem meu ômega teme e ama ao mesmo tempo. Pouco antes de se mudar para o apartamento de Hoseok, senhor Park veio ao meu encontro na livraria para pedir um projeto com acessibilidade para o filho, e no silêncio de seu olhar aflito entendi um grito de socorro. 

     Um grito covarde de quem nem sequer é capaz de lutar por seu filho. 

     O barulho de um refém que passou a agir feito porco por conveniência, se sujeitando a caprichos de alguém que jamais mereceu admiração alguma. Em poucas palavras ele entregou sua incapacidade de amar a vida a qual ajudou a colocar no mundo, mesmo ciente do inferno que o garoto viveu nas mãos de seu atual marido. 

      Senhor Park é bem pior do que a descrição de Jimin e o ponto de vista de Hoseok, mas não me vi no direito de expor a conversa que tivemos, ao menos não enquanto o ômega não tiver estabilidade para lidar com a verdade. Foi após aquele encontro que me vi mais determinado a fazê-lo feliz, afinal ele é somente um anjo solto em meio a um mundo de podridão. 

     A ideia de trazê-lo na viagem foi instantânea, assim como fiz diversos planos desde que ele aceitou meu convite. Sei que não vai ser fácil enfrentar parte da minha família, embora o membro mais importante dela esteja cheio de ansiedade para conhecê-lo. 

     Minha avó ficou emocionada quando disse que iríamos nos hospedar em sua casa ao invés da residência dos meus pais, mas compreendeu ao descobrir as condições de Jimin, e está ciente de que lá encontraremos mais acolhimento e acessibilidade. Senhora Jeon está contando nos segundos para conhecer o ômega que tomou para si o coração de seu netinho, especialmente depois de me ouvir falar tão bem dele. 

     Estávamos próximos há Busan quando decidi fazer uma nova parada, desta vez em uma pequena lanchonete a beira da rodovia. Deixei Jimin dormindo confortavelmente no carro e fui até o banheiro, também fiz questão de comprar alguns doces que sei que ele gosta. 

     Ao retornar para o carro alguns minutos depois, notei seu olhar apreensivo para todos os lados da rodovia. Me apressei ao notar seu desespero, e me culpei internamente por não tê-lo avisado que estava de saída por pouco tempo. 

     – Ei, desculpe. Você estava dormindo, não quis te acordar. – sussurrei, o ajudando a tirar o cinto e virando seu corpo em direção a porta. – Está tudo bem, eu estou aqui. 

     – Me desculpe por reagir assim. – o ômega pediu, logo envolvendo seus braços em torno de meu pescoço. – Eu tive um pesadelo, por isso estou dessa forma. 

     – Quer conversar sobre isso? 

     – Outra hora. – Jimin respondeu, e se afastou lentamente para me observar. – Está tudo bem? Onde nós estamos? 

     – Busan fica há uns vinte quilômetros naquela direção. – apontei para o lado direito. – Parei para usar o banheiro e comprar algumas coisas. Como você está?