Capítulo 6 • O reencontro

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Sirius Black e Remus Lupin entram com pressa no escritório de Dumbledore. O diretor, por outro lado, está estranhamente quieto.

— O que aconteceu? — começou o Black, preocupado — É sobre Harry?

— Não aconteceu algo com ele, aconteceu?

O diretor nega com a cabeça e se levanta.

— Não, mas… — Sirius solta um suspiro e interrompe o diretor.

— Então finalmente decidiu que posso levar o garoto para casa? — Seu tom era zombeteiro, Dumbledore tentou falar algo, mas o homem não deixou. — Então o que é tão importante? A comida do jantar estava tão boa — reclamou.

Dumbledore ri.

— Nós já conversamos sobre isso — Sirius bufou, irritado com a fala do diretor. — Não é exatamente sobre isso, mas tenho certeza que é do seu interesse, Se tudo der certo, na verdade, talvez consiga o que quer Sirius

Agora o desacreditado é Remus.

— E o que o fez mudar de ideia, professor?

— A pergunta certa Sr Lupin, não é o que, mas sim quem.

— E quem são essas pessoas que conseguiram fazer em horas o que estou tentando há anos?

Os lábios do homem mais velho se esticaram em duas linhas finas.

— Bem… — ele se levantou da cadeira e olhou para a escada — Acho melhor vocês mesmos verem. James e Lily, por favor, podem descer.

No momento que Sirius entendeu o que o diretor disse e viu as duas pessoas descerem as escadas do escritório, o sorriso curioso que estava no seu rosto morreu, dando lugar para uma expressão confusa e cheia de raiva. Seus olhos estavam em chamas.

Remus não compartilhava do mesmo nível de raiva do amigo, mas o de confusão era igual, senão maior. Assim que viu seus dois velhos amigos sentiu a tristeza que guardava no fundo do coração aparecer de novo. A mesma que ele trancou lá há tantos anos, por não saber como lidar com ela sozinho.

— Quanto tempo, né? Até parece que fazem quatorze anos. — ele sorriu sem dentes e Lily tentou fazer o mesmo, mas ambos soam tristes.  — Qual é, não ganho nem um abraço?

Sirius riu e fez menção de ir para cima de quem, na sua cabeça, era um falso James. Assim que Remus percebeu tomou a varinha de sua mão e colocou o braço na frente.

— O que diabos foi isso Remus?! — ele quase gritou, indignado — Devolva minha varinha.

— Não até você escutar o que Dumbledore tem a dizer. — falou o lobisomem, encarando receoso as outras pessoas da sala.

— Não vou colaborar com essa palhaçada. — ele falou se afastando e encarou o diretor — Sério? Realmente acredita nisso… O que te faz pensar que essas… pessoas estão falando a verdade?

Mais passos vem da escada.

— Sei que pode parecer difícil de acreditar — a voz disse de maneira calma — mas é a verdade.

Algo no peito do homem apertou. Então ele olhou para a pessoa de voz tão familiar, e viu ela. Cecily. Por um segundo a raiva pareceu vacilar. Ela continuava tão bonita quanto ele lembrava. O cabelo cacheado caía em ondas pelos ombros e os olhos brilhavam no tom vivo que ele tanto sentiu falta.

Ele encarou Lily e James de novo e se calou, dando um passo para trás.

— Como isso pode ser possível? — Remus disse encarando os três, surpreso.

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