⩇⩇:⩇⩇

82 13 0
                                    

chapter twenty one𝓝𝓲𝓰𝓱𝓽𝓶𝓪𝓻𝓮

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

chapter twenty one
𝓝𝓲𝓰𝓱𝓽𝓶𝓪𝓻𝓮

  Abro os olhos devagar tentando me acostumar com a luz fraca da vela ao meu lado, meu rosto estava dormente e alguns pontos doíam, me sento rapidamente no futon estirado sobre a grama

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

  Abro os olhos devagar tentando me acostumar com a luz fraca da vela ao meu lado, meu rosto estava dormente e alguns pontos doíam, me sento rapidamente no futon estirado sobre a grama.

  Encaro as costas da minha mão percebendo o sangue seco entre minhas unhas, suspiro com dificuldade pelo esparadrapo amarrado fortemente em meu peito desnudo. O silêncio predominava o lado de fora da barraca, permitindo ouvir apenas o som das folhas se chocando contra si.

  Levanto-me devagar e manco até o pano que cobria a entrada, só percebo estar sem blusa quando o vento frio bate contra minha barriga, volto para dentro e pego minha blusa social.

  Saído novamente da barraca já vestida, olho ao redor percebendo que todo o cenário se encontrava escuro, tanto que só conseguia ver por causa da minha visão felina, ando até o centro do acampamento onde se encontrava o amontoado de madeira queimada que antes já foi uma fogueira.

  Tudo estava muito silencioso, não conseguia escutar Sunin roncando ou Sayuri murmurando enquanto dorme, era realmente suspeito.

  Falando em Sayuri, o que aconteceu depois de que eu adormeci?

— O que aconteceu?

  Prendo o cabelo com minha presilha vermelha que, como sempre, se encontrava no meu bolso. Olho ao redor tentando achar algo, qualquer coisa. O cheiro de sangue entra em minhas narinas do nada, deixando-me em alerta, pupilas contraídas, pelos arrepiados e orelhas empinadas.

  Começo a andar com dificuldade até onde o leve cheiro de sangue me levava, meus pés descalços se errastavam pela grama.

  Eu andava floresta a dentro apreensiva, com uma sensação estranha de desconfiança apertando meu peito, desviava de alguns galhos que pareciam maiores e mais afiados do que nunca e o cheiro de sangue se expandia mais e mais.

  Enquanto eu andava, uma gota cai em meu nariz, meus olhos se arregalam ao sentir o cheiro metálico do líquido rubro em meu rosto, as gotas caíam sem parar e, devagar, eu olho para cima. O corpo perfurado por um galho estava pendurado em cima de mim, com seu sangue escorrendo e pingando sobre meu rosto.

  Cambaleio para trás em choque, eu reconhecia aquele uniforme, era da Segurança Pública. Cubro a boca tentando não gritar com a situação, aquela pessoa estava no acampamento junto à todos nós.

  Quando finalmente a ficha cai, corro desajeitadamente seguindo o cheiro evidente de sangue humano, tropeçava algumas vezes, mas ignorava totalmente e seguia correndo.

— Tem alguém aí?! – grito o mais alto que posso, porém, minha voz está fraca e rouca então mão tenho certeza de que alguém escutaria.

  Depois de correr muito, tropeço um algo e caio no chão apoiada em minhas mãos e joelhos, só então sinto a ardência dos machucados cobertos de terra nos meus pés, minha respiração se encontrava ofegante e as feridas do meu rosto doíam por causa do contato combo suor. Abaixo a cabeça e olho em direção aos meus joelhos, bem no fundo vejo algo, provavelmente o que me fez cair.

  Levanto a cabeça e espio por cima das minhas costas, um braço solto estava estirado no chão coberto pelo líquido rubro, tenho certeza que soltaria o maior grito já dado por todo o mundo se não estivesse com a garganta inflamada e cansada.  Me sento rapidamente e me arrasto para longe até o centro do sítio um pouco mais limpo que o resto da floresta.

  Enquanto minhas mãos tateiam o chão acabo segurando algo gelado como ferro, com medo do que pode ser, viro meus olhos lentamente e me assusto ao ver aquele corpo sem camisa deitado de bruços que se encontrava decapitado. Passo os olhos rapidamente pelo corpo e eles fixam em seus antebraços onde saiam serras, as serras de Denji, ele estava morto

  Pequenos soluços escapavam de minha boca por causa do choque, o que Denji fazia aqui? O que aconteceu com todos?

  Tento me acalmar e respiro fundo, mas não acho que tenha sido uma boa ideia, junto ao ar vem também o cheiro forte de sangue. Olho ao redor e meu corpo parece fraquejar por um momento e, se eu não estivesse sentada, teria caído. Vários corpo espalhados pelo cenário, conhecidos e desconhecidos.

  A cabeça de Sunin se encontrava jogada ao lado do cadáver de Sayuri que apresentava um buraco na garganta, do outro lado, Hiro estava pendurado em uma árvore com um galho grosso atravessando seu peitoral e, por incrível que pareça, Power também estava lá, morta, apenas com sua cabeça jogada ao lado de suas pernas.

  Novamente me desespero ao ver todos do acampamento e Tóquio mortos em minha frente, não entendia o que aconteceu, por que aconteceu e como aconteceu. Escuto passos fracos e mancos atrás de mim, viro-me rapidamente e vejo ele.

  Aki Hayakawa estava ali na minha frente, seus cabelos soltos e rosto tão ensanguentado quanto sua blusa branca, um machucado de fazia presente na sua barriga deixando parte do seu intestino para fora, ele empunhava sua espada enquanto caminhava até mim e eu sorrio em sua direção, me levanto e me aproximo.

— Aki... – aliviada eu falo – Aki, você está bem... – tento abraçá-lo, mas ele se posiciona com a espada.

— Rin... – seus olhos se encontram sem brilho algum, como se já estivesse só a carapaça e seu interior morto – É culpa sua... eu não- – sua fala é interrompida quando ele tosse com sangue.

— Aki! – minha voz sai embargada.

—Você é cruel, um demônio, fez eu me apaixonar por você... e, no fim, me deixou apodrecer na curiosidade, esperando por uma resposta... – sua mão tenta cobrir o ferimento de sua barriga – É tudo sua culpa... Malima estava certa... você é um demônio, uma assassina.

— Assassina. – todos os cadáveres falam em uníssono – Assassina! – eles repetem isso em coral milhares de vezes ao ponto de que eu tenha que cobrir meus ouvidos.

— Rin é culpa sua.

  Sussurros se misturavam junto ao coro me deixando louca, eu camabaleva com as mãos nos ouvidos, lágrimas grossas escapavam dos meus olhos deixando-os arder, eu queria morrer ali mesmo ou gritar para todos ouvirem. De repente o cenário começa a alternar entre a floresta e a sala branca, ou melhor, que já foi branca, agora se encontrava coberta por sangue rubro.

   Eu estava parada em meio a sala enquanto possessos se matavam ao meu redor, a morte me encurralava. Os gritos, gemidos, tudo. Era perturbador, o sangue respingando no meu pijama branco deixando as manchas.

  Um dos possessos se ajoelha em minha frente, seu rosto desfigurado e choroso implorava por ajuda até seu pescoço ser cortado e sua cabeça rolar até o pés do homem em minha frente. Com os olhos trêmulos, eu levanto meu olhar relutante, vendo os seus sapatos sociais, sua calça ensopada e sua lâmina pingando, sua blusa branca marrotada, e, por fim, seu rosto machucado, o rosto da pessoa que cuidou de mim e me amou. Aki me encarava, seus olhos derramando por ódio e desgosto.

— Eu espero que esteja feliz, 18914. – paraliso.

— Como você...? – cambaleio para trás – Como sabe disso? – o cenário falha – Você... – minha mão procura o canivete no bolso, mas meus olhos não se desgrudavam do "homem" à minha frente – Você não é o Aki.. haha~

 🗡 𝟎𝟎:𝟎𝟎❜❜Onde histórias criam vida. Descubra agora