Interlúdio

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Um repentino silêncio é feito pelo velho.

- Então Dédalo, é agora que pedido é feito?

Perguntou o jovem com cabelos escuros.

- Pedido?

Assustado, Ícarus o responde com outra pergunta.

- Você está muito apressadinho, Teseu.

- Bem, é um senso comum de que a história da Grande Capital é uma tragédia, é como aqueles antigos contos em que todos sabem o final mas o meio sempre é contado de forma diferente.

- Você está certo, pequeno. Afinal, este é o significado de tragédia, nós sempre sabemos que o final será ruim, e mesmo assim a história consegue nos cativar e faz criarmos esperanças. Talvez a viagem valha mais que o destino.

Icarus levanta a mão, levemente confuso

- Eu não sei o final, papai, e muito menos esse tal de "pedido"

- haha é claro que não meu filho, mas resumindo para você, o "pedido" é uma grande lenda, ela diz que se uma pessoa estiver passando por grandes torturas físicas e mentais, os deuses conseguem sentir esta dor e ajuda a pobre alma realizando algum desejo.

- Ora, então os deuses não são tão ruins quanto o senhor diz, não é mesmo Dédalo?

Teseu o questiona com ar de sábio

- Ainda não terminei, apressadinho. Bem, os deuses não fazem isso para nos ajudar, é mais para se divertir, pois ele só realizará o que você deseja se você tiver sedento àquilo, somente quando pessoas com grandes sonhos, que em seu maior momento de glória, é esmagado, e após isso, se ele conseguir retornar e tiver uma chamas de esperança, ele tem um desejo.

- E qual a parte ruim disso?

- Você não entende como é a mente de um homem que não tem nada a perder.

Teseu e Icarus se entreolham assustados enquanto a fogueira estala

- Continuemos.

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