capítulo 32

228 20 6
                                    

TULIPA....

Fiquei surpresa com a proposta de Théo para trabalhar com ele.
Confesso que não entendia nada de cachorros, gatos ou dos outros animais que ele atendia, mas diante de suas palavras foi impossível resistir a tanta fofura.

De uma certa forma os animais nos trazem paz e calma, tiram nossas tristezas, e nos fazem esquecer os problemas corriqueiros do dia a dia.

Théo dizia que eu me adaptaria rápido, e que as coisas fluiriam de maneira tranquila.
Eu não precisaria lidar diretamente com os bichinhos,  apenas cuidar de seus prontuários médicos, assinar as entregas de utensílios veterinários e medicamentos quando fosse necessário, e ele estivesse em atendimento, e cuidar das informações sobre os respectivos donos  dos animais que deveriam estar em suas fichas, fora lidar com a agenda de consultas.
Eu acho que me sairia bem, e que não seria nenhum sacrifício,  pois estava disposta a aprender o que fosse necessário.

Literalmente não pensei duas vezes em aceitar sua proposta de emprego, pois daquela forma me manteria ocupada com algo que seria útil,  e isso manteria meus pensamentos em ordem.

Sua alegria de saber que à partir daquele momento trabalharíamos juntos me contagiou, fazendo com que fosse impossível não sorrir diante dos seus olhos brilhantes que me fitavam.

Confesso que fiquei curiosa pra conhecer a clínica, mas naquele horário já era tarde, só que pra ele aquilo não foi um problema.
O mesmo disse que tinha as chaves do local com ele, e que não teria problema algum em me apresentar meu novo local de trabalho.

Fiquei um pouco constrangida pela situação,  achei até que pudesse se tornar embaraçoso,  mas vendo sua empolgação, lancei meus pensamentos negativos ao vento e decidi ir.
Não custava nada me arriscar um pouquinho, fazer coisas diferentes do meu abtual.

Não havia sido eu mesma que tinha tomado a decisão de viver algo novo, tomar novos rumos na vida.
Então.......
Fazeria isso, nem que a primeira coisa fosse entrar numa clínica veterinária quase meia noite.

Saímos do restaurante com Théo pagando a conta, mesmo eu dizendo que não veria problema algum em rachar as despesas, mas como um bom cavalheiro não me deixou fazer isso.

Entramos no carro depois de ser entregue pelo manobrista, e fomos rumo ao desconhecido, ou talvez nem tão desconhecido assim, pois seria onde passaria uma boa parte do meu tempo daqui pra frente.

Chegando na clínica admirei sua beleza do lado de fora.
Era um lugar amplo, moderno, bonito, com plantas adornando a entrada, e vários desenhos criativos de animais e suas patinhas estampados por todos os lados, e olha que estava escuro, apenas sendo iluminado por poucas luzes de led verdes que contrastava com o gramado verde na frente.

Quando entramos me imprecionei mais.
Era tudo tão detalhado. Tinha simplicidade, mas tanto charme, que tinha certeza de deixar os animais confortáveis.

 Ele me mostrou onde eu ficaria, e todo o processo que eu tinha que fazer no decorrer dos dias conforme ia trabalhando

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Ele me mostrou onde eu ficaria, e todo o processo que eu tinha que fazer no decorrer dos dias conforme ia trabalhando.

Como já estava tarde, decidimos ir para casa. Desligamos as luzes, fechamos tudo e voltamos ao carro.
A clínica não ficava muito longe de onde morávamos,  então o caminho de volta seria mais rápido.
................

Parados dentro do carro sem se mexer ou saber o que fazer, apenas nos olhávamos.
Eu já havia agradecido pela noite ótima que tivemos, e agora estava nessa situação.

Confesso que eu olhava nos seus olhos, e em seguida pra sua boca, com uma certa vontade de beijá- lo, mas isso seria um erro, ou apenas algo da minha cabeça?.
Será que eu deveria?

Eu sempre fui muito sincera com Théo sobre meus sentimentos por Allan, do quanto eu amava aquele homem, e queria ter sido eu a mulher que casasse com ele, e lhe desse uma família,  e que jamais gostaria de dar esperanças à alguém e depois machucá-lo.

Todo esse tormento na minha cabeça foi tão sufocante que tive que descer do carro em busca de ar.
Precisava respirar da forma que eu conseguisse.

Acho que ele notou minha angústia,  que também desceu do carro logo atrás de mim, vindo em minha direção.

- você está bem?

- sim, apenas o calor me sufocou um pouquinho.

- Eu acho que não foi isso.
Fica calma tá bom.

Ele se aproximou o suficiente e segurou minha mão.
Fechei os olhos tentando dicipar todos esses pensamentos.

Por mais que eu nunca tivesse dado um selinho se quer em Allan, eu sabia que meu coração pertencia a ele.

Sei também que muitos estariam falando agora na minha cara:

* mas ele transava com aquela nojenta, e o resultado foi um filho no ventre dela, e não no seu.*
*Quando foi a última vez que você beijou alguém.....na faculdade, ou antes de entrar pra trabalhar nas empresas Miller.*
Qual foi Tulipa?
*Enquanto você amava, Allan estava lá fazendo sexo com outra, beijando outra.*
*E aí o que vai ser? Você vai se permitir viver, e resolver fazer o que realmente quer, ou vai continuar sofrendo.*

Minha cabeça ficava me julgando, e eu não sabia o que fazer.
Ao mesmo tempo que eu queria, pelo menos tentar sentir algo diferente por outra pessoa, eu também não queria, e isso me atormentava.

Olhei para o céu pedindo uma luz divina pra iluminar meu caminho, e me ajudar a tomar a melhor decisão.
Pedi a Deus que me mandasse uma solução.

Já não aguentava mais tudo isso, queria poder mandar tudo ir se fuder e me permitir ser feliz, mas também queria que fosse outro alguém ali.

......continua......
............................🦋..............................

Me deu dó da Tulipa agora.🥺

E aí gente, o que vocês fariam nessa situação?
Me contem aí.

Não esqueçam:
Votem☆
Comentem💬
Compartilhem🤳
Leitores(as) fantasma 👻 não fazem história 📖
Bjinhos da lu💋

Depois que você foi embora ( Em Postagem)Onde histórias criam vida. Descubra agora