Sozinha

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Dia desses recordei-me de um amor,
Um amor que não oferece amortecedor
Um tecedor que não tece o remendo do coração
Um amor de noites incríveis e manhãs dolorosas
Um amor que me deixou e deixou-me com marcas,
Tanto que deste me lembro sem nenhuma mágoa.
Verdades secas, duras, grossas e ríspidas
Ficam mais fáceis de engolir diluídas em lágrimas
Águas passadas...
Não se sabe se esta memória é de um amor vivido
Mas é que eu tive uma queda por você, desde a primeira vez em que te vi
Cuja imagem me fragmentou
Em milhares de inseguranças ainda
irremendadas,
Deixando manchas escuras abaixo de meus lindos olhos
E profundas marcas, claras demais para serem avistadas
Se me dissessem eu não acreditaria
Que um dia desses me recordaria
De um amor que não vivi
Portado em águas passadas,
Mas é um bom passatempo para a mente quando se está sozinha.

Registros de uma desapaixonada Onde histórias criam vida. Descubra agora