Capítulo 9 - Ansiedade.

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Maya Miller

Esse final de semana foi um loucura. Enfim, de volta ás aulas. A primeira pessoa que encontrei foi o Joe. 

- May!! - Nos abraçamos, ele estava praticamente me carregando. Depois  ele me levantou mais e ficou me sacudindo enquanto eu implorava pra ele parar pq achei que ele ia me deixar cair, então ele me solta e nós rimos.

- Joe! Como você tá? - Pergunto.

- Honestamente? Não faço a mínima ideia. Mas estou muito feliz em te ver. - Ele fala.

- Digo o mesmo. - O sinal toca e cada um vai pra sua sala... - Tenho aula de química agora.

- E eu de Filosofia, até mais May. - Saímos.

*Na sala*

- Pessoal, temos um aluno novo, ele entrou no meio do semestre mas já recuperou todos os assuntos perdidos, talvez precise da ajuda de vocês pra algumas coisas mas acredito que não seja nada absurdo. Este é o Jaeden. - A professora fala, e ele senta em uma cadeira vazia do meu lado. Nos olhamos e eu sorrio por educação, mas ele só desvia o olhar e depois dá um mini sorriso de lado, quase imperceptível.

No intervalo, fui pegar o lanche com a Mads e a Abby como sempre fazia, mas dessa vez foi diferente. Elas nem olharam na minha cara. Pera, o que eu perdi? Chamei elas pra conversar. Isso não era a primeira vez. Mas eu só queria esclarecer as coisas, não gosto de deixar um ponto de interrogação. A  conversa não deu em nada, apenas discordamos em tudo, e eu fiquei muito triste. Fazia semanas que elas estavam me excluindo de tudo, e até ficaram com a Laura, a gente odiava ela. Mas eu cansei de ir atrás delas e elas nem olharem pra mim. Então acabei sozinha, o Joe aproveitava o intervalo pra treinar as vezes, então eu não tinha ninguém.

Sentei em um canto do chão que nunca tinha  ficado antes, era bom até. Claro que eu tentei ficar com alguém mas parecia que todos já tinham seu grupo definido, então eu não consegui me encaixar em conversas de ninguém. É horrível. Eu nunca imaginei que ficar sozinha vendo os grupinhos passarem rindo por você e até mesmo as garotas que diziam ser suas amigas fingirem que não te conhecem seria tão ruim, mas é, aprendi da pior forma.

Em meio a uma aula de física, tive uma crise de ansiedade, me segurei o máximo, odeio que aconteça essas coisas na escola e, foi a primeira que eu tive. Foi tão assustador, eu estava com falta de ar e não fazia ideia do que estava acontecendo, até sentir meu coração apertar e vontade de chorar. Pedi pra ir ao banheiro, parece que todas as boas memórias de lá estavam desaparecendo e como se eu estivesse criando memórias ruins. Pensamentos ruins e o medo passavam pela minha cabeça. Eu estava confusa e desesperada, não conseguia respirar e eu estava sozinha. Até que entrou uma garota no banheiro, eu não conhecia ela mas ela me abraçou, e eu não parava de chorar, depois ela disse "fica bem, qualquer coisa chama" e saiu. Encostei na parede e parecia que aquele sentimento não passava nunca, fui escorregando até estar sentada chorando no chão do banheiro. Me acalmei mais, mas as lágrimas não pararam de escorrer, até que ouvi alguém batendo na porta. Porque alguém bateria na porta do banheiro feminino?

- Ei, May se for você, poderia abrir? eu não posso entrar aí e quero te ver - Escuto uma voz familiar sussurrando, e abro a porta, é o Joe, claro que é. Ele sem hesitar me abraçou, um dos seus melhores abraços. Infelizmente não tinha conseguido parar de chorar, aquilo parecia infinito. - Tá tudo bem, ei, eu tô aqui. Tá tudo bem agora. - Joe fala.

A coordenadora nos vê em frente ao banheiro feminino, quando ela chega perto, faz uma cara de confusa. Me pergunta o que aconteceu e eu explico, não totalmente detalhado mas expliquei o que ela precisava saber. 

- Olha Maya, não precisa ficar assim, pode ser só algo psicológico, porque você viu sua amiga com dor de cabeça sentiu "isso". -  Ela fala o final como se fosse mentira. 

- Do que a senhora está falando? - Digo tentando respirar mais.

Sim, minutos depois a Mads foi pra coordenação falando que estava com dor de cabeça, e a coordenadora estava querendo dizer que como vi isso, senti a necessidade de chamar mais atenção pra mim. Não é possível, também não acreditei. Eu disse que não tinha nada a ver e que nem sabia disso e ela só fez cara de quem fingia que acreditava. Foi péssimo, o Joe ficou com raiva e não me largou um segundo.

Depois tive mais e mais aulas, quando cheguei em casa, a primeira coisa que fiz foi chorar, e muito, eu sentia falta, de rir, de contar com alguém, de fazer da escola um lugar bom, mas estava ficando cada vez pior. Eu chorei tanto. Aí minha mãe apareceu, ela sabia que tinha algo errado. Ela só me abraçou, era como se todos os monstros tivessem ido embora e ela estivesse comigo pra sempre. Ela me deu abertura pra conversar com ela e me deu conselhos incríveis, me fez sentir que posso contar com ela pra tudo. 

- As vezes, Deus tira coisas da gente por algum motivo, por algo melhor no futuro, talvez seja um livramento. - Minha mãe fala. No fundo eu concordava com ela, mas era difícil escutar aquelas palavras quando eu estava sentindo tanta dor. 

-  Mas tava tudo tão incrível, por que? - Digo chorando.

- No futuro você vai descobrir, eu prometo. As coisas vão e voltam mas eu, sua mãe e sua melhor amiga, sempre estarei aqui. Eu te amo. 

- Eu também de amo mãe. - Deito no colo dela e acabo ficando lá por horas.

 - Deito no colo dela e acabo ficando lá por horas

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