❝Julia, acaba de se mudar para Fortaleza, que estava querendo se mudar para lá, fazia algum tempo. Agora, achou um novo emprego e um apartamento para morar, logo em seu primeiro dia na cidade, acaba conhecendo um rapaz, um tanto quanto, em sua opini...
—Pô, bem que você devia ter me avisado que não gostava de café. Tadinha, e ainda bebeu tudo. - SAIKO.
You're Good At It
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Julia Alves
———❝ESTOU tentando fazer a porcaria do meu computador funcionar. Caramba, ele desligou e não quer ligar mais.
Logo agora, que eu tava jogando um pouquinho... Sério, que azar, cara. Dou um tapinha no monitor, numa mera tentativa de ligar ele. Ai, se ele não ligar mais significa que eu perdi meu clientes! Eu não tenho o contato deles no meu celular... O aplicativo que eu uso só é compatível com o computador. Pobre não tem sorte mesmo.
Se a Ingrid morasse perto do meu prédio, eu pediria o notebook dela emprestado. E agora?
Mando mensagem pra ela, perguntando o que eu poderia fazer. Ela disse que eu poderia pedir pro Rodrigo... Nem ferrando. Não tô afim de socializar não. Quero dizer... Em resposta, ela disse que se eu não pedisse, perderia meus clientes. Falei que iria pensar.
É ruim admitir mas, se eu não pedir o computador emprestado, eu perco meus clientes. Tô sem escolha.
Saio do meu apartamento, e bato na porta do Rodrigo, relutante sobre isso ainda. Mas fazer o quê. Coragem, Julia Alves. Ouço um grito abafado de "já vai" vindo de lá dentro, logo ouço passos se aproximarem da porta.
—Tá bem cedo pra eu receber visita aqui em casa, viu? - falou, tomando um gole do copo de café em suas mãos, parece bom —Veio fazer o quê aqui? - me perguntou, coçando os olhos, sonolento.
—Meu computador deu pau. E o aplicativo que eu uso só funciona no computador... - não o encaro, me sinto envergonhada —E a Ingrid mora meio longe, não dá pra ir até a casa dela, e ela sugeriu que eu pedisse o seu emprestado, você pode me emprestar, Rodrigo? - ele parecia não ligar muito. Apesar de eu já saber o apelido dele, não vou chamar ele assim, se ele não me deu permissão.
—Tá, então entra aí. Ah, e se precisar vir aqui, é só me mandar mensagem, avisando. - abriu mais a porta para que eu pudesse entrar também —Tem alergia a gatos? - me perguntou. Ele tem gatos? Neguei com a cabeça —Ótimo. Eu tenho dois aí, são mansinhos até. - que fofo. Eu adoro gatos, sempre quis ter um, mas não tenho... Sei lá, dói muito quandoelesmorrem, certezaquedeveserigualquandomeucachorromorreu.
