❝Julia, acaba de se mudar para Fortaleza, que estava querendo se mudar para lá, fazia algum tempo. Agora, achou um novo emprego e um apartamento para morar, logo em seu primeiro dia na cidade, acaba conhecendo um rapaz, um tanto quanto, em sua opini...
—É bom saber disso. Você pode desabafar comigo e com os nossos gatinhos. -SAIKO.
Don't You Give Me Up Please, Don't Give Up
Julia Alves
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—❝FINALMENTE vejo uma notificação do Saiko na tela. O que me alivia, tirando minha ansiedade, na que antes eu estava ansiosa, esperando sua resposta.
Troco mensagens com ele brevemente, o convidando para vir aqui em casa jantar. O mesmo aceitou o convite, dizendo que estaria vindo aqui logo. Vou ficar com essa roupa mesmo, é fofa e confortável. E a casa está bem bagunçada hoje. Aquele momento de angústia tirou todo o ânimo meu para organizar as coisas.
Após um breve período de tempo esperando sua chegada, o mesmo chega, em questão de instantes. Vou até a porta, abrindo-a, me deparando com aquele clássico olhar cansado, com olheiras dele.
—Entra aí. - abro mais a porta para sua passagem —Chinelo com meia? - e eu noto, olhando seus pés. Que "estilo" o dele. —Ficou engraçado por elas serem de cano alto. - rio, mantendo a porta aberta para ele entrar.
—Acho que fiquei um pouco empolgado, até demais, com seu convite que esqueci desse detalhe. - o de cabelos escuros concorda, adentrando em minha casa, rindo.
—É, talvez. - sorrio, alegre em tê-lo aqui —Eu comprei pizza. Acho que não é nada bom comer uma sozinha. - me sentei. Na verdade, eu poderia comer essa pizza tranquilamente, mas é só uma desculpa para convida-lo aqui.
—Concordo com você. - lhe entrego um prato com uma fatia de pizza —Valeu. - e ele deu uma mordida - parecia estar saboreando bem ela.
Ah, Deus. Eu amo ver ele, mas ao mesmo tempo, me machuca vê-lo. Queria tanto lhe contar, mas algo em mim me impede de dizer isso.
É como se estivesse um nó preso na minha garganta, impedindo que todas as palavras que vem diretamente do meu coração saiam. Como um cadeado, escondendo cada sentimento e aflição que sinto.
Odeio fazer as pessoas se preocuparem comigo. É algo que sempre tive, e não faço a mínima ideia do por quê. Respiro fundo, notando o silêncio tenso entre nós. Abaixo meu olhar até meus pés. Quero te contar. Só não sei como.
Decido quebrar o silêncio:—Vai uma doce? - perguntei. Ele assentiu, com ânimo.
Continuamos a comer normalmente. Notei que quando ele terminou, ele examinava cada canto da casa, provavelmente notando a bagunça que estava. Me envergonho por não ter organizado hoje.
