❝Julia, acaba de se mudar para Fortaleza, que estava querendo se mudar para lá, fazia algum tempo. Agora, achou um novo emprego e um apartamento para morar, logo em seu primeiro dia na cidade, acaba conhecendo um rapaz, um tanto quanto, em sua opini...
—Quais palavras eu poderia dizer para expressar minha gratidão? - JULIA.
I Said I'm 'Bout To Go To War
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Julia Alves
—❝O dia da viagem chegou. Sem demora, nem mais nem menos. Suspiro fundo, entrando no aeroporto.
Checo se não deixei nada para trás e prossigo, indo passando pelas coisas básicas de todo aeroporto - essas horas eu tenho medo de ter um bomba comigo sem querer, eu não sei! Me dá um desespero -, esperando agora meu vôo chegar. Ir sozinha não vai ser nada fácil, mas... Tá tudo bem.Eu acho pelo menos.
Mexi no celular para o tempo passar mais rápido e, acredite, funcionou. Ouvi um barulho - super alto - indicando que era para embarcar. Me levanto, indo até lá. Essa viagem vai ser longa, não vai? Por quê eu ainda pergunto?
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Depois de horas - que pareciam acabar nunca - cheguei no aeroporto de São Paulo. Me deu uma náusea do caramba descer do avião. Nota mental: sempre tomar remédio antes de viajar.
Agora é só esperar, já que minha tia vai vir me buscar. Ir para casa dela vai ser... Diferente, acho que não vou lá desde os meus... Oito anos? Mas a gente se vê sempre nos finais de ano. Só não vou na casa dela mesmo.
Ver meu primo que não vejo faz cota também. Nem converso muito com ele, na verdade. Era mais próximos quando éramos mais novos. Talvez tínhamos mais tempo para conversar ou... Só não faça mais tanto sentido conversamos. Somos diferentes agora.
Enfim, apesar da minha tia ser da família do meu pai, ela não tem nada a ver com ele. Parece que nenhum dos meus tios por parte de pai tem, na verdade. Logo o meu pai que saiu todo estranho.
Ouvir uma música da Lana del Rey no fone de ouvido enquanto espero não é nada mal. Cruzo as pernas enquanto organizo minha playlist, que estava uma bagunça enorme até então.
Sinto uma mão pesada - com algumas rugas - sobre meu ombro, tomo um susto de leve e vejo quem era. Minha tia, Carmem, agora mesmo citada, sorridente, que disse:
—Como você está grande, querida! Ficou mais moça ainda. - um clássico de tios e tias. Sorrio, tirando o fone de ouvido - que só funcionava de um lado. Tem que ser do camelô, né?
—Ah, faz um tempo, tia! -sorrio de volta, me levantando para abraça-la.
—É claro que faz. - começamos a andar, saindo do aeroporto —Mudou o corte de cabelo, é? - questionou, reparando em mim. Dessa vez eu havia feito chapinha - algo que ela não estava acostumada a ver ele assim.
