Ahmed e eu estamos praticamente em uma lua de mel após oficializarmos a nossa relação.
Nos vemos todos os dias da semana depois do trabalho. O sexo varia entre baunilha e BDSM. As vezes ele me amarra apenas para não fazer algo monótono, mas acaba sendo um sexo baunilha. Estamos variando entre a sua masmorra e qualquer outro comodo da sua casa. Ahmed vem insistindo na ideia de transarmos em seu carro em alguma rua deserta, mas quatro paredes continuam sendo os meus limites.
Meus irmãos estão subindo pelas paredes para que eu leve Ahmed para um jantar em família. Orion, do outro lado do país, também está curioso para conhecê-lo, mesmo que ainda não nos tenha apresentado o seu noivo. Então acho que estamos empatados.
No entanto, o golpe mais baixo veio de Terrence e Aaron – não que me surpreenda – que passaram a seguir Ahmed em todas as redes sociais possíveis. Ele adorou, mas para mim foi constrangedor.
- Atticus quer me ver. – Ahmed diz de maneira cautelosa.
Estamos nus, deitados em sua cama de frente um para o outro. Ele me acaricia distraidamente. Eu não consigo tirar os olhos do seu rosto nem por um segundo. É como se eu estivesse hipnotizado.
- Bom, já faz um tempo desde a última vez que vocês tiveram uma sessão.
Que eu saiba, a última vez que Ahmed e Atticus se viram foi quando fizemos um menage BDSM na masmorra antes de toda a separação trágica. Com certeza os dois se viram enquanto Ahmed e eu estávamos separados. Mas agora a coisa muda de figura.
- Ele quer me ver sozinho. – Ele diz ainda com cautela.
- Tudo bem. Eu consigo lidar com Atticus. – Digo.
- Ótimo. Além disso, não podemos nos ater apenas ao sexo. Preciso aprofundar o seu treinamento.
- Quer dizer que não vamos mais transar? – Eu pergunto.
- Não. Eu quero te comer o tempo todo. Só vamos separar um pouco as coisas. Treinamento, um pouco de sexo BDSM, mais treinamento, um pouco de sexo baunilha. Milo está meio que me ensinando como fazer a coisa certa.
- Você não acha estranho falar o nome de Milo enquanto estamos nessa situação?
- Qual é? Milo e eu já somos mais íntimos do que você sequer possa imaginar.
- Eu não quero imaginar. – Digo fazendo-o sorrir.
- Vamos jantar com ele e Romeo essa semana? – Ele pergunta.
- Pode ser. Apenas jantar, não é?
- Claro que é, Thomas. Pelo amor de Deus, o que passa nessa sua cabecinha? Quero acreditar que não te corrompi ao ponto de você virar um tarado.
- É claro que não. Mas passando pelo seu histórico.
Ahmed rapidamente coloca o seu corpo por cima do meu, pressionando o seu membro parcialmente ereto contra o meu. Ele beija o meu pescoço enquanto as suas mãos se preocupam em prender os meus braços numa tentativa de me imobilizar.
- Sorte sua que já estamos atrasados ou eu poderia te castigar agora.
- Você tem o dia todo para me castigar. – Eu digo. – Mas você ainda quer que eu me torne um arquiteto, não é? Então deixe-me tomar um banho.
Ahmed me deixa sair da cama. Vou até o banheiro e não demora muito até ele aparecer para me fazer companhia. Tomar banho juntos meio que está se tornando uma rotina para nós dois. Ao voltarmos para o seu quarto, Ahmed me observa por alguns segundos.
