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Pov Narrador

Adonizedeque estava cumprindo com sua palavra, não se permitia deixar a Babilônia enquanto o assassino(a) de seu filho não fosse capturado, o que estava bem difícil de acontecer já que a Rainha não fazia questão nenhuma de ajudá-lo, o que só o deixava ainda mais irado.

Duas luas já haviam se passado (aproximadamente 1 mês), e até agora nenhuma solução para esse tão misterioso caso. O Rei ficaria o tempo que fosse preciso, porém, seu Reino não poderia ficar jogado por tanto tempo nas mãos de seu filho mais velho. Ele tinha que voltar, infelizmente.

Mas não sem antes confrontar a Rainha novamente.

O homem adentrou a sala do trono junto de seus soldados pronto para se despedir de forma nada amigável da Rainha, mas se deparou com o lugar vazio. Movido ainda pela raiva e indignação, se dirigiu até os aposentos da Rainha, adentrando o cômodo rapidamente, sem nem ao menos bater. A cena a qual presenciou dentro do cômodo o deixou surpreso e enjoado, fez uma careta de repulsa diante das duas mulheres que estavam nuas na cama.

Maiara foi a primeira a notar a presença do Rei no recinto, ela estava debaixo de Marília enquanto os dedos da morena entravam e saim de dentro de si. A mais velha totalmente focada nos movimentos estava alheia ao que acontecia ao redor. Rapidamente, Maiara segurou o pulso da mulher impedindo que continuasse, seus olhos estavam arregalados em direção a porta onde o Rei se encontrava ainda estático.

A Rainha arqueou uma sobrancelha para a mulher abaixo de si e se virou lentamente para trás - O que...- sua voz morreu quando seus olhos se encontram com os de Adonizedeque, parado ali atrás de si. A mulher ficou alguns segundos apenas olhando para o homem tentando entender o que estava acontecendo.

- Parabéns, grande Rainha da Babilônia! - ironizou o Rei erguendo os braços - Então é isso que a mantém tão ocupada a ponto de impedi-la de colocar seus homens atrás de um assassino?!

Marília, que ainda não havia entendido nada, resolveu finalmente cobrir Maiara jogando um cobertor em cima da mesma, que estava assustada e envergonhada com a invasão. A morena se levantou da cama ainda nua, pouco se importando com a presença do homem parado ali, e procurou por sua capa para cobrir seu corpo. Passou as mãos nos cabelos em um gesto nervoso, sua paciência já havia ido para o espaço.

- Eu vou falar somente uma vez...

Pov Marília

Minha paciência já havia se esgotado, eu estava possessa. Aquele miserável além de me provocar durante toda a sua estadia no meu Palácio, ainda teve a audácia de invadir meu quanto no meu momento íntimo.

E ainda viu minha mulher nua, porra!

Minha vontade era matá-lo da mesma forma que matei o desgraçado de seu filho, mas eu iria fazer melhor desta vez. Ele iria se arrepender de ter afrontado a Rainha do reino mais poderoso da terra.

- Eu vou falar somente uma vez...- disse o olhando com fúria - SAÍA DO MEU PALÁCIO, AGORA!

- Está nervosa, majestade? - perguntou cinicamente, minhas mãos já estavam fechadas em punhos pronta para acertá-lo - Não se preocupe, já estava fazendo isso, de qualquer forma. Não é como se eu quisesse continuar nesse reino fútil...

- Desgraçado! Se não sair agora eu...- minha fala foi interrompida por Maiara, que se pôs ao meu lado e tocou o meu ombro, seu olhar era um pedido mudo para que eu me cala-se, o que logo fiz.

- Você o que? Hã? Vai mandar me matar?
Hahahaha - riu de forma sarcástica, seu olhar era puro cinismo - Eu sabia desde o início que você seria assim, uma péssima Rainha. Afinal, do que se esperar de uma mulher que se deita com outras? Nunca poderá nem ao menos ter um herdeiro....

- CALADO, SEU MALDITO! - me desvencilhei de Maiara e parti para cima do homem, socando seu rosto, seu corpo errou alguns passos para trás e sua coroa caiu no tapete - SAÍA!

Ele nada disse, apenas cuspiu no chão, pegou sua coroa e pôs novamente em sua cabeça.

- Não esquecerei o que fez, jamais! - disse

raivoso e saiu batendo a porta com força em

seguida.

- AAAAAH! - Gritei com raiva jogando a mesa do outro lado do quarto.

- Lila, calma...- Maiara disse tocando levemente meu ombro - Vamos fazê-lo se arrepender do que fez, sim?

- Sim- afirmei, me virando de frente para ela e tomando sua cintura em meus braços - Vamos acabar com ele, eu garanto.

Hellou my frinds

Cruel-maililaOnde histórias criam vida. Descubra agora