capitulo 44

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Pov Maraisa

- Maiara...

Eu não estava acreditando, não era possível que aquilo fosse verdade, certamente era mais um de meus delírios devido a fraqueza. Esfreguei meus olhos na esperança de espantar aquela imagem e conseguir ver com clareza agora, mas ainda assim, eu via a mesma coisa.

Era Maiara, ela estava ali, na minha frente. Eu nunca confundira aquele rosto, mesmo que agora ele estive coberto de maquiagem e sua pele estivesse muito bem cuidada. Além do penteado diferenciado.

- Maiara? - disse alto tentando chamar sua atenção, mas ela não ouviu, havia muita gente ali em volta. Mesmo eu sabendo que era praticamente um crime interromper a cometiva real, eu tinha que arriscar, então gritei - MAIARA! EI! - logo atrai seu olhar, não só o seu, como também o de várias pessoas, inclusive a Rainha - SOU EU!

Continuei a gritar enquanto tentava alcançá-la, mas no mesmo instante senti meus braços serem presos e meu corpo ser afastado brutalmente de sua direção. Olhei assustado para os soldados que me seguravam e, voltei a olhar para frente encontrando a cometiva parada e a Rainha me fuzilando com o olhar.

- Mara...- ouvi Maiara dizer, ainda um pouco surpresa, parecia sem reacão. Instantaneamente abri um sorriso ao vê-la ali, viva. Ela estava viva, porra! Eu queria gritar, queria abraçá-la, matar a saudade e angústia que sentia, mas os guardas não permitiam.

- Porque ainda estamos parados aqui? - perguntou a Rainha mostrando irritação - Matem esse infeliz, odeio que me interrompam.

Arregalei os olhos ao ouvir suas palavras e um guarda apontar sua espada para mim. Não havia nem como eu me defender, se assim fosse sua vontade, eu seria morto ali mesmo no meio da rua. Olhei uma última vez para Maiara tentando gravar cada traço seu, pelo menos consegui vê-la uma última vez antes de partir, ela estava bem, iria ficar
bem, e isso era tudo o que importava para mim.

Fechei os olhos quando vi o guarda se posicionar para executar a ordem da Soberana, colocando sua espada em meu pescoço.

Eu já estava morto de qualquer forma, não havia mais porque lutar contra isso. A lâmina já estava na direção da minha jugular pronta para cortar...

- NÃO! PAREM! - ouvi o trito estético de Maiara e abri os

olhos rapidamente NÃO O MATEM!

Volteiii

Cruel-maililaOnde histórias criam vida. Descubra agora