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Eram 19:35, quando lembrei do que me aterrorizava, "você lá em casa, hoje a noite". Meu coração disparou, eu ia ou não? Eu não gostava de estar no mesmo local que Mikey, ele me aterrorizava e me atraía de um jeito estranho, eu não precisava disso. Mas a única coisa que eu conseguia pensar, era: " o que ele quer comigo?" E se ele quisesse me matar? Droga. O que eu faço? Pensei o motivo desse "sacrifício". Sanzu. Será que ele realmente merecia? Será que eu estava sendo uma por me preocupar tanto com Sanzu? A resposta para a segunda pergunta é: sim, óbvio, claro e com certeza.

Vou ou não?
Vou ou não?
Vou ou não?
Vou ou não?
Vou ou não?
Vou ou não?
VOU.Enrolei

um pouco em meu quarto, e quando eram 20:30 da noite, comecei a me arrumar. Tomei um banho, coloquei um moletom, uma calça jeans e um tênis qualquer. Não me arrumei muito, queria que Mikey me olhasse e não visse nada demais, não queria que ele tentasse nada.

Pensei em levar uma faca, um estilete, ou um pedaço do bolo que Rachel havia feito, servia como uma perfeita pedra, de tão duro. Ia ser golpe de mestre na cabeça de Mikey. Mas no fim, resolvi ir sem nada, só eu e minha coragem que ultimamente não estava me abandonando.

Eram 21:15 e me senti atrasada por mais que não tivesse horário, pulei a janela, até porque tinha que sair escondida. Se Mikey me queria tanto em seu apartamento, bem que ele poderia ser cavalheiro pelo menos uma vez na vida e vir me buscar com sua humilde Ferrari, mas não, eu teria que passar pela rua 6, pois ele morava em um condomínio luxuoso que ficava na rua ao lado, mas dessa vez não tem problema, porque eu só não gostava dessa rua porque Mikey vivia ali com alguns membros da Boten, porém dessa vez, eu estava indo ao seu próprio encontro. Mesmo assim, fui correndo porque era perigoso. Caras estranhos e tudo mais.

Assim que cheguei na portaria, hesitei um pouco em apertar o interfone, o que não foi necessário. O porteiro veio e logo abriu. Obrigada, amigo, você não me ajudou.

Entrei no elevador, décimo andar, se por acaso alguma força sobrenatural surgisse em mim, eu poderia atirar Mikey e os garotos de lá. Fácil, eu estava com muita vantagem. Cheguei no andar e logo bati na porta, queria acabar logo com isso. Ela se abriu.

- mas olha quem está aqui... - Mitsuya disse. - entre.. hã... Nós ainda não sabemos seu nome, mas isso não importa.

- vamos direto ao assunto, o que vocês querem comigo? - perguntei com as mãos na cintura.

- nós nada, mas creio que Mikey quer muita coisa. - Baji apareceu falando. - nós estamos de saída, vamos logo Draken, seu bunda mole, está sempre dando uma de tartaruga aleijada. - Baji xingava Draken.

- não, fiquem, por favor. - o que eu menos queria era ficar sozinha com Mikey. - me ensinem nomes de armas, como fazer carreirinhas, como descobrir a senha de um cofre, ou então vamos jogar um vídeo game, tomar um chá, jogar ping pong, assistir um jogo de hockey, basquete, e o a quatro, MAS NÃO ME DEIXEM SOZINHA COM O MIKEY. - falei apavorada.

- tchau. - Draken piscou pra mim e os três saíram fechando a porta me deixando naquele apartamento... Sozinha, porque até agora eu não tinha visto Mikey.

-ah. - Mitsuya semi abriu a porta e colocou a cabeça para dentro. - Mikey está no banheiro, espere ele no sofá. - aff, eu odiava aquele sofá também.

- e não quebre mais nada. - ouvi a voz de Baji gritar, e os três se foram. Me vi sozinha novamente, me sentei no sofá, eu estava suando frio, esperei por cerca de dez minutos e então Mikey apareceu só de calção e os cabelos molhados, droga, esse é gostoso pra. Confesso.

Logo ele me notou e deu um sorriso de lado, pura sedução. Aquele seu jeito bad boy me causava sensações estranhas.

- você... - ele disse passando as mãos no cabelo encharcado. - pensei que não viria..

- eu não queria né... Trato é trato. Já posso ir embora?

- quer beber alguma coisa? Água, vodka, veneno?...

- Veneno, mas só se você beber primeiro.

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Possessive | Manjiro SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora