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- Ganguezinha de merda? - Mikey se afastou de mim e o vi ficar irritado. - você está ciente do que está dizendo? Ou melhor, você está ciente do que somos capazes? Garota, eu criei tudo isso, e uma coisa que me deixa puto é alguém cagar em uma criação minha, a Boten passou a ser uma das gangues mais temidas e olha que muitos nem sabe quem realmente são os membros. Você está nos subestimando e isso é algo muito arriscado para sua vida, tem noção disso? - um silêncio se criou, eu apenas o olhava. - HEIN PORRA, TEM NOÇÃO DISSO? SE EU TE PERGUNTAR ALGO, VADIAZINHA DE CAMELÔ, VOCÊ ME RESPONDE. - Jacob se alterou. - depois a gente mata, e ainda é considerado crime, eu não entendo isso. - ele disse totalmente "Puto".

- o que menos importa na minha vida, é essa gangue de vocês... - falei algo, finalmente.

- você é um caso raro. Em vez de querer estar na minha cama, está me desafiando e implorando sua morte.

- eu nunca ia querer estar na sua cama, Manjiro, você é sujo, podre, e de gente assim eu quero distância.. - me levantei do sofá e tentei me afastar o máximo do mesmo, mas ele me puxou com toda força do mundo e mais uma vez a distância entre nós era mínima.

- tem certeza? - ele disse e apertou minha bunda, aquilo tinha me deixado com mais raiva ainda. - você é gostosa. - ele sussurrou em meu ouvido. - podia ser mais uma das minhas vadias. - agora ele havia extrapolado, afastei-me dele e com toda coragem e força do mundo, lhe dei um tapa na cara.- SUA VADIA DE CAMELÔ. - ele gritou com uma das mãos no lado do rosto atingido. - você está mesmo brincando com a vida né? Mas aproveite, porque hoje você teve sorte, não estou afim de te matar e depois ainda ter que esconder seu corpo. Eu vou dormir, e quando acordar, não quero mais nenhum rastro seu aqui. - ele disse se controlando.

- você não sabe o quanto estou feliz de ouvir isso. - falei indo para o famoso sofá, assim que o sol raiasse, eu iria dar o fora dali.

Três dias se passaram e tudo que havia acontecido não saia da minha cabeça, pensei até em denunciar aquela ganguezinha para a polícia, mas eles são espertos demais, eu estaria apenas moldando minha morte. Fui obrigada a pisar no meu orgulho e voltar para casa, fiquei de castigo claro, meu pai me deu um discurso dizendo que o fato de eu ter saído de casa havia sido um exagero e blá blá blá.

Estava na minha cama, lendo algo interessante que havia naquelas revistas sem graça que eu adorava comprar, vai entender, a tristeza batia quando eu lembrava que só tinha mais duas semanas de férias. O telefone tocou.

- eai putinha de GTA, já está na esquina? - era Biah, minha melhor amiga.

- claro, até porque a esquina é de outro nível, tem até telefone residencial

- vai te foder. Você não assistia a droga do seu celular, então liguei para o telefone residencial ué.

- ok, fala.

- vem aqui, preciso de companhia, estou me sentindo tão sozinha. - Biah fez drama.

- garanto que você não quer uma puta na sua casa. - falei e Biah riu.

- puta? Quem é puta? Eu falei algo? Devo ter confundido a palavra, você é uma princesa... A Fiona, claro. - ela me amava.

- você tem sorte que eu gosto da Fiona, se não você estava ralada, BENSON. - ela odiava que eu a chamasse pelo seu nome. - vou tomar banho e daqui a pouco chego aí.

A casa de Biah ficava a algumas quadras depois da minha, ainda não havia falado a ela o acontecido de três dias atrás, e nem sabia se iria falar, talvez, seria melhor guardar um pouco mais pra mim.

Finalmente sai de casa. Enquanto caminhava tranquilamente, sem pressa alguma e com meus fones nos ouvidos, praticamente em outro mundo, pude observar assim que dobrei a rua (a mesma onde eu havia encontrado aqueles podres) uma agitação onde havia mais ou menos uns 20 garotos que formavam um círculo, e no meio desse círculo humano, havia algo que eu não conseguia ver direito, os garotos gritavam feito loucos, algo do tipo: "isso, bate nele!" Ou: "cara, você tem que reagir". E droga, quando eu vou entender que tenho que ignorar essa rua? Pensei em voltar, mas a curiosidade falou mais alto, tentei me aproximar o máximo, que um ponto que eles nem ligassem para mim, e porra, no meio daquele círculo, haviam dois garotos brigando.

Podia ver um garoto apanhando loucamente enquanto seus lábios sangravam, mas haviam garotos em minha frente então eu não conseguia ver direito, até que um garoto qualquer abriu uma brecha e eu pude enxergar quem estava apanhando, e também, quem estava batendo. Os outros garotos se mantinham em volta gritando idiotices, não me controlei ao ver aquilo e quando dei-me conta, eu já estava gritando.

- Sanzu! - gritei desesperada, indo para o meio. - larga ele, Mikey. Seu idiota. Larga meu amigo.

Antigamente quando éramos menores, Sanzu era nosso amigo (meu e de Biah), andávamos sempre nós três, e no decorrer do tempo, Mas Sanzu foi mudando suas atitudes até que de repente, ele também fazia parte de uma gangue conhecida como: "The killers", foi aí que eu e Biah percebemos que havíamos o perdido, odiavámos isso, mas nós não podíamos fazer realmente nada e desde que ele havia formado essa gangue a qual ele era o líder, Sanzu nunca foi o mesmo, não falava mais com a gente direito, e se falava, era algo totalmente desnecessário. Mas eu era a idiota, coração mole, burra, jumenta, ainda me importava muito com ele, muito mesmo, era como se nossa amizade nunca tivesse acabado, como se fosse nós três para sempre. E eu não sabia que essa preocupação me proporcionaria consequências...

Me ajoelhei ao lado de Sanzu que parecia um omelete esparramado no chão, ele estava quase desacordado e com o rosto todo sujo de sangue, Mikey olhava com uma cara de: "eu sou foda" e só tinha um pouco do seu supercílio cortado, mas bem pouco mesmo, o que me deixou com mais raiva ainda.

- que merda de gangue é essa? - falei. - porque não ajudaram ele? Porque não acabaram com o Mikey? Porque deixaram ele nessa sozinho, seus porras? - falei para uns caras da gangue de Sanzu, bom, pelo menos eu achava que eram killers, não sabia ao certo.

- em briga de líderes, membro nenhum se mete. - Mikey falou com um sorriso maravilho... vitorioso.

- Manjiro, eu te odeio, olha o que você fez com o meu amigo, eu quero que você morra, droga! - falei desesperadamente.

- você não é a única. - Sanzu disse e riu. Que garoto bem pau no cu mesmo.- Sanzu, não desmaia. - beijei seu rosto, o que foi nojento, pois havia muito sangue.

- eu.. eu... - Sanzu tentava falar algo, mas estava difícil.

Agora estava um de cada lado, The killers de um lado e Boten do outro. Alguns killers me ajudavam, enquanto Mikey, Mitsuya, Draken e Baji, entre outros membros riram da situação.

- é, quem mandou se meter com o papai aqui. - ouvi Mikey falar.

- hey, Tsuki. Coloque Sanzu no carro e leve-o para a casa de Biah, explique tudo para ela e diga que daqui a pouco eu chego lá. - falei para um dos amigos de Sanzu.

- mas você não vai? - ele perguntou confuso

- agora... Não. - olhei séria para Mikey.

- mas eu não posso te deixar aqui com... Eles. - Sanzu disse.

- não se preocupe, Sanzu. Eu sei com quem estou lidando. - Sanzu não disse nada, apenas assentiu ainda confuso, logo os outros killers também se retiraram. A Boten comemorou a porra da vitória. Cheguei mais perto.

- olha aqui, seus vermes, nunca mais encostem um dedo no meu amigo. - disse e a atenção deles se voltou para mim.

- e porque você acha que faríamos isso? Se liga garota, você não tem moral nenhuma, e se eu fosse você, eu não me envolveria tanto assim... - Baji disse com um tom ameaçador, pude ver que entre eles, ele era o que mais me odiava.

- ei caras, vão dar uma volta, deixa que com essa vadiazinha de camelô... Eu me entendo. - Mikey disse e os garotos obedeceram.

- sem brincadeiras, Manjiro... - falei nervosa.

- e quem está brincando aqui? - ele disse com seu olhar perdido em meu corpo.

- é sério, Mikey, nunca mais encoste nele. Você viu o que fez com meu amigo?

- ele é seu amigo?... Desculpa.

- o que? - falei surpresa.

- se eu soubesse, tinha batido mais. - ele completou. Idiota.

- isso não tem graça. - falei dando socos em seu peitoral, mas acho que doeu mais na minha mão no que nele. - Sanzu é muito importante para mim.

- isso se chama: "já transei com meu amigo".

- eu não quero saber se você já transou com Mitsuya, com Draken ou com Baji. - sacaneei. - eu só quero que você deixe Sanzu em paz. Eu imploro. - pisei no meu orgulho.

- hm, você implora? - ele disse com uma voz rouca de deixar qualquer garota louca... - quer ficar de joelhos? Mas tem que ser no meu quarto

- nunca. - ri sarcástica.

- nunca mesmo? - ele disse chegando mais perto. - deixo seu amigo veado em paz com uma condição... - gelei.

- condição? Não tem condição nenhuma, seu idiota

- ok então, amanhã vou mandar Mitsuya acabar com ele de vez, aqui, nesse mesmo local, se quiser ver a morte do seu amiguinho... Só comparecer. - ele disse simples, pude perceber que aquilo era verdade, ele não brincava, por mais que eu duvidasse dele. Logo ele virou de costas.

- não, Mikey, volta aqui. - falei o puxando, respirei fundo. - que condição? - confesso que fiquei com medo da resposta.

ele riu vitorioso novamente e falou:
- você, lá em casa, hoje a noite. - estremeci.

Possessive | Manjiro SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora