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- seus filhos da puta, PAREM. - gritei ali mesmo da sacada e logo saí correndo, com tanto lugar pra brigar, eles resolveram brigar na frente da minha casa, se meu pai estivesse aqui eu estaria totalmente ralada.

Abri a porta e logo avistei a multidão em volta dos dois, mas não eram gangsters, eram vizinhos fofoqueiros e curiosos. Merda, merda, merda.

- É SÉRIO, PAREM! - gritei novamente enquanto Mikey e Sanzu quase se esfolavam, os dois estavam no 0x0, mas eles pararam e me olharam.

- esse veadinho que começou, eu estava aqui de boa na minha... - Mikey disse como uma criança, mas com seu típico sorriso debochado.

- esse pau no cu queria entrar na sua casa para falar com você, esse cara é perigoso para você, Ash. Vai saber o que ele queria... - Sanzu disse ofegante e quase que eu digo: "continuem brigando por mim feras, a diva aqui vai voltar para o seu sono de beleza" mas não, ao invés disso, eu apenas disse:

- está tudo bem, Sanzu. Para mim, Mikey não é nem um pouco perigoso, mas agradeço por bater nele, quando quiser fazer isso mais vezes... Fique a vontade.

- esse garoto não consegue encostar um dedo em mim, você sabe muito bem que é bem mais fácil EU bater nele. - Mikey disse como se estivesse ameaçando Sanzu, e ele estava.

- tem certeza flor? - Sanzu debochou. - então vem, guerreiro. Quero ver se você é foda mesmo.

- você sabe muito bem que eu sou, sua bichinha. - Mikey disse. - quer que eu esfole sua cara de novo? É isso? Então tá. - Mikey disse e partiu para cima de Sanzu, mas antes eu me meti no meio dos dois em uma rapidez assustadora.

- eu vou falar só mais uma vez... - respirei fundo tentando me controlar, pois os dois souberam me irritar. - PAREM. - gritei novamente. - ou se não, eu corto o bem mais precioso de vocês... Com aquelas tesouras normais ainda, para a dor ser bem mais intensa. - Mikey e Sanzu se olharam rapidamente.

- você me assusta Ashleyzinha... E olha que ninguém me assusta. - Sanzu disse.

- cala a boca, você é um cagão em todos os sentidos. - Mikey implicou. - mas enfim... Pra que cortar, gata? Se você pode fazer outras coisas... - Mikey disse mordendo os lábios, totalmente malicioso, foi aí que Sanzu tentou partir pra cima dele novamente, mas eu impedi.

- ok gente... Acabou o show. - me dirigi aos vizinhos. - podem voltar para suas casas, ver suas novelas chatas, tricotar, não interessa... MAS VOLTEM. Dona Mary, vai lá fazer sua sopinha que a senhora não abre mão, já veio umas 500 vezes aqui em casa oferecer essa água com legumes... - a senhora fez uma feição de ofendida e saiu. - Sr. George, vai lá continuar fazendo o que o senhor estava fazendo.

- mas eu não estava fazendo nada. - o homem retrucou.

- então volte a fazer nada, mas na sua casa. Obrigada. - falei. - vão indo todo mundo, o show dessas "garotas" acabou, obrigada por comparecerem. - os vizinhos estavam dando meia volta e voltando para suas casas, enquanto Mikey e Sanzu discutiam. Me virei para os dois. - pronto, agora cada um vai para o seu lado e parem com essa porra de infantilidade. - falei.

- mas eu quero falar com você. - Mikey insistiu sério. Nunca abrindo mão do seu jeito bad boy.

- mas ela não quer falar com você. - Sanzy decidiu por mim.

- cara, você já experimentou transar? Essa sua virgindade está te deixando muito nervoso, relaxa e pega umas minas. - nossa, olha quem tá falando, Manjiro Sano, o garoto mais nervoso que eu conheço. Mas ele falou aquilo apenas para implicar.

- eu não sou virgem, cara. Comi sua mãe, lembra? - porra, agora o bagulho ficou sério. Vi Mikey mudar sua expressão suave para o verdadeiro Mikey.

- o que você disse, seu cuzão? Repete, quero ver... - Mikey disse.

- comi a sua mãe. - Sanzu disse, e então Mikey partiu para cima dele e os dois se embolaram novamente, que inferno de vida mesmo.

Eu já estava quase desistindo, poderia deixar os dois se matarem ali mesmo e, boa idéia. Virei as costas abrindo o portão de casa para voltar aos aconchegos da minha linda cama. Deixei eles lá, eu já estava com muita raiva e daqui a pouco seria nós três na pauleira. Havia um SMS do meu pai dizendo que "ele dormiria no escritório". Dormir no escritório? Mas que merda de vida, falei comigo, jogando o celular em um canto qualquer do sofá. Ouvi o barulho da porta se abrindo, e droga, não podia piorar. Ela estava com uma calça branca super justa que dava para ver seus órgãos, uma blusa vermelha justa também e um salto que deixava ela com uma três metros de altura mais ou menos... Sem contar a maquiagem extremamente exagerada, do tipo: "sou vadia".

- oi pirralha, a janta já está pronta? - ela perguntou e eu ri ironicamente.

- quem deveria cozinhar para mim, deveria ser você, até porque você está na casa da MINHA mãe.

- que Deus a tenha. - ela debochou. - mas agora... Eu mando aqui.

- não sonha, Rachel... Um dia sua máscara caí. - falei.

- Deus o livre minha máscara facial cair. - ela disse massageando o rosto. - imagina só, eu cheia de rugas, não consigo nem pensar. - "oi burrice" pensei comigo. - então pirralha... Já que você não fez minha janta, pode deixar que eu vou sair pra comer fora. - isso foi um pretexto para pular a cerca e meter vários chifres em meu pai.

- ah, depois eu vou para a casa da minha querida vó. - mentira. - só volto amanhã.

- você vai é pro o seu ponto que eu sei. - impliquei.

- olha o respeito, pirralha. - ela disse.

- desculpa, é que eu não consigo ver diferença entre você e uma prostituta. - falei enquanto pegava uma maçã e mordia. Rachel ficou vermelha, mas ela não disse nada, apenas foi até a porta e saiu. Vá pela sombra.

Na verdade, eu queria que ela fosse pelo sol e tivesse um câncer de pele bem forte, mas estava de noite. E eram nessas horas que eu me sentia a pessoa mais solitária do mundo, fui para o meu quarto, mas o sono eu já havia perdido. Apenas me joguei de qualquer jeito na cama e viajei para outro mundo, e sem querer, vi Mikey nesse outro mundo. Droga, não, nunca. Sacudi a cabeça tentando fugir daquilo, eu e Manjiro vivíamos em mundos completamente diferentes, ele estava fora de cogitação. Tirei meus fones, porque ouvir música não estava dando certo e fiquei ali, no silêncio. Até ouvir um barulhão, tipo um estrondo, levantei-me da cama praticamente voando e totalmente assustada. Abri a porta do meu quarto lentamente, indo devagar até o quarto de meu pai, pegando seu revólver de emergência. Fui passo a passo pelo corredor tentando fazer o mínimo de barulho possível, cheguei nas escadas e fui descendo de fininho, degrau por degrau com o coração quase saído pela boca. Assim que cheguei no último degrau da escada, avistei algo, algo nojento... Eca...

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Possessive | Manjiro SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora