Nascida em uma casa constantemente conturbada, onde brigas e agressões eram frequentes; onde aqueles que lhe trouxeram para o mundo amaldiçoavam sua existência, essa era a realidade da pequena Yuna. Em uma noite, após uma tragédia horrível que levou...
Uma bela manhã de outono, acordei e me arrumei, me preparando pra mas um dia de faculdade. Estou no último semestre, as provas chegaram e não tenho tempo pra nada, mas fico feliz que já vou terminar os estudos. Me chamo Yuna Kwon, meu sobrenome significa poder e força, só queria ressaltar. Tenho 20 anos e moro sozinha desde do dia da tragédia. Até hoje me lembro da cena horrível que precisei, minha mãe e pai sendo mortos da pior maneira possível.
(Flashback on)
Acordei muito cedo hoje, não costumo acordar esse horário. Levantei e fui no banheiro fazer minhas higienes, arrumei meu cabelo e vesti uma roupa básica, hoje não terá aula então vou passar o dia em casa.
Desci as escadas e lá estava minha mãe e meu pai brigando como sempre, passei por eles e me sentei na mesa, enquanto eles discutiam. Não gosto quando isso acontece, mamãe descontava em mim o que meu pai faz com ela. Papai diz que eu fui um erro, que não era pra eu ter nascida. Mamãe diz que eu sou a culpada deles brigarem.
Minha mãe para de brigar com meu pai e vai fazer o café da manhã meu pai passar por mim e me olhar com desgosto.
—O que você tá olhando pirralha nojenta?!!.—Ele fala gritando comigo.
—Na... Nada papai, me desculpa. — Falo tremendo a voz, e desvio o olhar.
— Tsk essa garota não serve pra nada, é uma inútil igual a mãe.—Ele fala rude, e eu me encolhi com medo chorando.
Sempre foi assim minha infância, minha mãe brigava com meu pai, e meu pai batia nela e ela acabava descontando tudo em mim. Ela falava coisas dolorosas. Eu era só uma criança, não tinha pedido pra nascer, eu me culpava muito por isso. Até que um dia eu fiz 13 anos. Todos os dias eu desejava a morte dos meus pais, pois eu não tinha coragem de matar eles, meu pai passou a me espancar quando ele chegava bêbedo e minha mãe só olhava rindo.
[...]
Acordei de novo nesse inferno, eu tava cansada de ser humilhada diariamente, pelos meus pais. Desci pra tomar café da manhã como de costume e me deparo com a pior cena ou a melhor cena que eu esperava. Havia sangue por toda parte, e eu vi com meus próprios olhos, um mostro grande e grotesco. Era bizarro, meus pais estavam com a pele arrancada e suas tripas pra fora, mas o que eu mais fiquei chocada foi o sorriso que formou no meu rosto, eu conseguia sorri vendo eles daquele jeito.
— Meu desejo foi realizado.—Eu dizia com um sorriso enorme.
(Flashback off)
Então depois desse dia as polícias foram investigar a causa da morte, mas eles nunca me diziam nada, era uma equipe diferente da polícia, mas o mais estranho é que eles não suspeitaram de mim, eu falei pra eles sobre a criatura que vi mata meus pais, mas eles não pareceram surpresos, posso até dizer que eles acreditam.
Depois das investigações e nada, meus pais foram dado como um acidente, eu fiquei chocada mas não questionei nada. Um cara alto com cabelos loiros e óculos, me disse que se eu continuar vendo essas coisas é pra eu ligar pra ele. Seu nome é, Kento Nanami, ele falou seu nome e me entregou um cartão com seu número. Depois desse dia minha vida mudou, eu via coisas Todos os dias, mas eu fingia não ver, estava difícil negar que eu na via.
[...]
Nesse momento estou terminando de me arrumar pra ir pra faculdade, eu termino de arrumar as coisas que vou levar e solto meus cabelos lisos pretos, quando eu era criança minha mãe dizia que eu chamava muita atenção então ela " Me Ajudava" a não chama muito atenção, cortando meus cabelos curtos. Eu achava bom quando ela cortava meus cabelos pois era o único momento que ela ficava perto de mim.
"Eu só queria ter sido amada."
Depois de pensar nisso e derramar algumas lágrimas, terminei de me arrumar e fui pra faculdade. Chegando lá fui pra minha aula. Terminei todas as aulas e fui pro meu serviço de meio período. Sim, eu trabalhava e fazia faculdade ao mesmo tempo, pois eu tinha que me sustentar. Eu trabalho né uma cafeteira que é bem perto de casa, sou garçonete e faço alguns trabalhos de limpezas, o salário não é ruim, então aceitei.
[...]
Hoje foi um dia corrido como sempre, eu tava terminando de limpar as mesas já era bem tarde, umas oito horas da noite. Só tava eu na cafeteria, o meu chefe pediu pra eu cuidar da cafeteira, ele teve que sair de urgência, me deixando pra cuidar das coisas na cafeteira e fechar ela.
Enquanto eu tava terminando de limpar entrou uma pessoa, eu escutei pelo barulho da porta. Imediatamente fui falar com a pessoa. Me viro vendo um homem alto, cabelos brancos como a neve, de óculos preto, mas pude perceber seus olhos azuis. Fiquei olhando pra ele, enquanto ele me olhava, nos ficamos nos encarando por um tempo, parecia quase um transe.
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Quando eu percebi isso, sai imediatamente desse transe e fiquei vermelha.—Que vergonha eu tava encarando muito ele—. Desviei o olhar, respirei e fui até ele.
—Boa noite. Então, Senhor já estamos fechando, mas se quiser algo pode pedir, irei te atender. — Falo nervosa, eu só queria ir embora.
— Boa noite. Por favor não me chame de senhor, não sou tão velho.— Ele fala se sentando sorrindo.
— Desculpa, mas como devo chamar?.— Pergunto com vergonha.
— Me chamo Satoru Gojo, mas pode me chamar só de Gojo. E a senhorita seria?—ele pergunta.
—Me chamo, Yuna kwon. Muito prazer Gojo, me chame como quiser. O que gostaria de pedir?.—Falo pegando meu caderno, pra anotar o pedido.
—Bom, quero um americano gelado, com bastante açúcar.—Ele fala se sentando na mesa, anoto seu pedido rapidamente.
— Ok, em cinco minutos estará pronto.— Falo e saio de lá quase correndo.
Depois de me afastar um pouco de Gojo, fui em direção a cozinha, preparei rapidamente o café dele e levei até ele. Gojo estava mechendo no celular distraído. Me aproximo dele e tomo sua atenção.
—Aqui está seu café, Gojo.—Falo entregando a ele.
—Muito obrigado, Yuna.— Ele responde com um sorriso e me paga pelo café.
Logo em seguida vou arrumando as coisas pra fechar o restaurante. Gojo se levantar e vai até a porta, fico analisando ele, até ver que ele abre a porta e me olha pela última vez e diz...
— Espero ansioso pra te encontrar novamente... Senhorita Yuna.— Ele fala e eu me arrepio toda, quando ele pronuncia meu nome.
