Story Of Another Us [au]

onze: espero que nossas almas se reencontrem

“Does the man become monster, or the monster become man?”
Werewolf, Motionless In White

   Luke Hemmings point of view:

Calum nos levou até uma casa dessa tal Emma. Eu estava com medo do que poderia acontecer, muitas coisas novas estão acontecendo e isso me preocupa. Nunca imaginei que aos vinte anos eu estaria morando em uma floresta, de favor, e estaria trocando beijos em certos momentos com um garoto. Mas as coisas nunca saem como a gente imagina, infelizmente.

Ele batia na porta há um tempo até que uma mulher o atendeu. Ela tinha cabelos pretos e encaracolados, que caiam por seus ombros, olhos castanhos escuros, ela sorria alegremente à nós. Usava roupas simples, assim como todos os outros camponeses, o que não é uma novidade.

Explicaram tudo a Emma por mim e logo ela nos convida a entrar em sua casa para conversarmos melhor sobre.

Era uma casa umas duas vezes maior que a de Calum e parecia bem mais aconchegante, e pelo o que notei, haviam poções em cantos da casa. Bruxas realmente existem?! Céus, onde eu me meti?!

Fomos a um local que suponho que seja a cozinha de Emma e nos sentamos em uma mesa.

“Então, Luke, com o que você está preocupado sobre sua primeira transformação?" ela pergunta enquanto bebericava uma xícara de chá.

“De muitas coisas! Eu posso matar alguém? Ou ferir alguém?"

“Sim, mas isso você poderá adquirir autocontrole através dos anos. E eu irei lhe ajudar também, não há nada que você precise se preocupar.”

Isso acabou me dando ainda mais medo, o que eu poderia fazer com alguém?! Eu estava muito assustado.

“Sua primeira transformação será na lua-cheia, aproximadamente em dois dias.”

“O que?!” eu estava em choque, estava tão assustado.

“Calma, Luke! Já disse que vai ficar tudo bem! Eu tenho algo que pode lhe ajudar a se controlar melhor.”

Emma levantou-se da cadeira e começou a buscar algo entre suas prateleiras recheadas de opções diversas, de cores, texturas e tamanhos diferentes. Isso é uma das maiores insanidades que tive o desprazer de presenciar, isso me parece um sonho que se destoa totalmente da minha realidade.

Ela pôs uma das opções sobre a mesa velha de madeira, havia um líquido amarelo dentro do frasco. Nem imagino o cheiro disso…

“Para o que serve isso?”

“É para os danos serem menores.”

Danos. Meu coração apertou mais, eu estou com tanto medo! O que eu poderia fazer? Do que eu serei capaz?

Peguei essa poção e guardei em meu bolso.

“Entendi…” o nó que havia se formado em minha garganta não me deixava falar muito.

“Qualquer coisa, estarei à disposição.”

“Muito obrigado, Emma. Sua ajuda é muito essencial para nós.” Calum diz enquanto se levantava da cadeira.

Eu e Michael nos levantamos também.