Epílogo - Final da História

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– Acorde, Fakir. - quase assustei ouvindo a voz do Alex me acordando - Levará a bronca do chefe, de novo.

– Precisava me acordar assim.

– Nossa, que cara é essa? - perguntou meio rindo - Está bem pior que antes.

– Nada, parece que tive um sonho estranho.

– Eu também, cara. - riu como louco - Sonhei que eu era um tipo lobisomem bonitão.

– Tinha mulheres nesse sonho?

– Claro que tinha, eram bem lindas.

– Achei que elas fugiram.

– Engraçadinho, você que tem uma cara de monstro assustado.

– Mas sou casado.

– Isso, jogue isso na minha cara. - disse fingindo estar triste - Achei mesmo sendo policial, teria mais mulheres na minha frente.

– Quando falei que eu seria policial, você queria também. - o lembrei.

– Porque iria proteger um certo garoto atrapalhado, mas foi à toa. - cruzou os braços - Agora acho que aquele garoto morreu e virou esse homem assustado.

– Minha cara é tão assustadora assim?

– Ainda não entendo como sua esposa aguenta essa cara todo dia.

– Alex e Fakir. - gritou o secretário - Tem uma chamada de emergência, venham logo.

– Estamos indo. - gritamos juntos.

Antes de ir, me olhei no espelho vendo um homem cabeludo e olheiras nos olhos.

– Tenho que cortar esse cabelo.

***

Depois de separar mais uma briga, consegui sair cedo da delegacia e vi a mensagem da Elizabeth.

Ele quer doce, de novo.

Escrevi rindo.

Vou trazer mais para esse faminto.

De quem é a culpa? 

Segurei o riso e fui em direção para uma doceria familiar e uma voz disse quando abri a porta:

– Oi, Fakir. - riu Mário – Mas já voltou. 

– Sim, ele quer mais doces.

– Falei que ele adoraria meus doces, não falei? - sorriu Mário.

– Sim, ela vai te culpar por isso.

– Não tenho culpa que faço melhores doces.

– Aqui está. - disse me entregando a caixa cheia de doces.

– Obrigado. - agradeci - Quanto é?

– Não. - negou Mário - Para meu fã, por conta da casa.

– Puxa, obrigado. - sorri - Mas na próxima eu pago.
– Até logo, Fakir.

Despedi e ainda não acreditando que na época do colégio, ele era um jogador de futebol bem sério em esportes.

Antes voltar pra casa, parei uma floricultura, e encontrei Beatriz cuidando das rosas brancas e acenou me vendo:

– Oi, Fakir.

– Oi, Beatriz. - olhei para as flores - Cada dia as flores estão mais lindas.

– Obrigada. - sorriu - Os de sempre?

O Dragão, Príncipe e a PrincesaOnde histórias criam vida. Descubra agora