O Dragão, Príncipe e a Princesa

O Dragão e a Princesa

Em uma floresta coberto de névoa, uma criatura grande foi andando até num lago, onde viu uma linda mulher dançando na margem do lago.

- Eu quero... - disse a criatura sussurrando - Eu também, quero dançar com ela.

Mas eu seria um monstro nos olhos dela, minha voz e aparência, tudo de um monstro. Não posso dançar com ela, nem mesmo posso segurar sua mão.

E seus lindos olhos azuis, sempre parecem tão solitários e sem brilho. 

Por favor sorria, eu quero ver seu sorriso... Minha princesa.

"Você se importar com ela, não é?", disse uma voz feminina rouca.

Cenário escureceu deixando a criatura num vazio, a névoa se formou numa mulher velha o encarando com olhos grandes e sorrindo.

***

- Uma mulher fantasma. - gritei acordando e caindo no chão.

- Droga, essa doeu - resmunguei colocando minha cauda grande e cinza de lado.

Olhando no espelho ao meu lado, vendo reflexo dos meus cabelos escuros bem arrepiados e chifres bem pontudos.

- Preciso mesmo arrumar esse cabelo.

Levantando já fui colocando meu uniforme e indo nos fundos do dormitório. 

Antes de ir por colégio, é minha vez de alimentar os cachorros, são os mascotes do dormitório masculino. Abrindo a porta dos fundos, já fui recebido por um monte de cachorros pulando em cima de mim.

- Calma, amigos. - falei rindo e segurando as tigelas de rações - Cuidado com as minhas asas.

- Oh, Osso, sua pata está bem melhor. - fiz carinho no dálmata que achei machucado na rua, falei por vira-lata tentando comer duas tigelas ao mesmo tempo - Ei, Cinzento, não pode devorar tudo.

Peguei shih-tzu fêmea no colo.

- Canina, parece que seus filhotes estão bem saudáveis.

Os sons de sinos me paralisou de choque.

- Os sinos do colégio! - corri como louco por meu quarto pegando minha mochila e correndo nos corredores - Droga, por que ninguém me acordou? Alex e Elliot, seus malvados.

Sai voando indo por colégio.

Meu nome é Fakir, sou garoto dragão. Estou indo para colégio particular, onde é bem raro pra alguém como eu conseguir entrar, além dos estudos, tem treinos de poderes. Pousando quase caindo de cara no chão, fui para a sala da aula de teatro, mas entrando não tinha ninguém.

Ué, cadê todo mundo?

Do nada ouvi uma música e ao lado do piano, estava a garota mais linda do colégio.

Elizabeth, pele branca como neve, cabelos loiros, corpo magro e elegante, e estava na minha frente dançando balé.

Elizabeth, bem bonita como sempre.

Ela parou de dançar e me encarando com seus olhos azuis.

- Desculpe! Eu... - gaguejei - Eu... e... uuu, es... tou pertur... bando voooocê?

- Estou atrapalhando, não estou, estou? - fiz esforço para sair minha voz - Por favor, me perdoe, já vou embora.

Andei aparecendo bobo e fui escorrendo pela minha própria cauda. Antes de cair, a Elizabeth rapidamente me segurou impedindo que eu caía.