Cabeça da Amanda parte 04

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- Quando você tiver mais sóbria a gente conversa!
Essas foram as últimas palavras que Antonio falou diretamente pra mim. Há dois dias! Eu sei que deveria aproveitar essa oportunidade para tentar me desligar dele. A história da B enterrou qualquer esperança da fantasia que eu tinha do Sapato de apaixonar por mim. Claro que não estava né Amanda!! A vida lá fora pesa demais e é muito melhor pra ele está com alguém do seu mundo... mas me confudia demais porque ele permanecia sempre ao meu lado. Por que me beijou na dispensa? A dispensa é o nó que ela ainda não desatou. Pq os outros momentos podem ter sido só pelo tesão da situação. Na cabine comigo semi nua, quando o masturbei, a conchinha em na cama estreita... Tudo isso eu posso considerar somente carência carnal, vontade de se aliviar porém porque o beijo apaixonado na dispensa? Pior que estou contando que não foi gravado pq a câmera praticamente nao saiu do lugar e não deu zoom mas e se foi? Para ao Brasil o cara me beija e fica planejando o Pós com outra? Eu tenho muito receio de como está a minha imagem, de ser considerada trouxa, iludida.. eu já comentei que fui traída pelo ex ficante e agora apaixonada pelo camarote que na realidade quer outra...
Passei o dia dormindo e ele, parece, passou o dia no quarto do líder. Não tinha forças para encará-lo. Os raros momentos que ficamos no mesmo ambiente ele não olhou pra mim e nem falou nada específico comigo e por mais que aquilo me matasse eu acreditava quer era assim que deveria ser por agora. Teve formação de paredão e por um triz eu não estou nele. Mesmo sentados longe, com a votação aberta ficou evidente a traição de alguns que se diziam aliados e a decepção se instalou em mim e no rosto dele. Por 1 voto eu não estava no paredão! Antônio se contraía muito do outro lado do sofá. Ele estava nervoso e a minha vontade era de ir acolhê-lo mas ele evitava me olhar e preferi me segurar para não confundir mais ainda a minha cabeça.
Nem com Aline eu tive oportunidade de conversa. Na realidade eu não queria até ter tudo bem sedimentado na minha mente. Ela ouviu B e eu não sabia se ela percebia a dimensão que aquela história me afetava. Então eu teria que revelar muita coisa que ainda não estava pronta pra externar. Depois do jogo da discordia mais uma vez os ânimos ficaram atacados, ocorrendo uma briga entre Back, Verdura e Antônio.
Back tentou conversar comigo na cozinha da Xepa enquanto eu jantava mas logo Mosquito e Martinha se aproximaram e foi a minha deixa pra escapar. Antônio estava olhando essa aproximação com cara fechada pelo corredor que ligava a sala da cozinha. Depois do selinho eu fiquei chateada com Back, pela ousdia e o ato desnecessário dele. Eu sentia que ele queria pedir desculpas mas não estava pronta para ouvir.
Fomos então surpreendidos por algo inédito no telão da sala:

MANUTENCAO INTERNA E URGENTE NO QUARTO AQUÁRIO, ESTE FICARÁ FECHADO POR 12H. PEGAR SUAS MALAS IMEDIATAMENTE. ACOMODEM-SE NO QUARTO DESERTO

Foi um caos. Como iria dormir tanta gente junta ninguém sabia. A galera correu para o quarto para tentar se organizar. Aline subiu para o líder pois ela estava passando mal, muita enxaqueca e precisava de tranquilidade. A cama de casal ficou com Lary e Bianco. Ouvi B chamando Antônio pra dormir no chão mas aparentemente ele não escutou e Lary a puxou pra dormir na cama com eles. No cafofo já montado deitou Mosquito e Back. Verdura e Sah pegaram uma cama de solteiro. Eu deitei na cama q já estava ocupando e ficou Sapato, Dammy e Martinha pra dividir a última cama de solteiro sobrando. De repente Dammy falou, como se tivesse sido inspirada pelos anjos (ou por diabinhos):
- Sapato você dorme com Amanda ali na cama pois vocês já tem essa intimidade - automaticamente eu pensei "Oi?" - Martinha, a gente se organiza aqui e colocamos outro cafofo aqui no chão. Até metade da noite eu durmo na cama e depois a gente troca e vou pro chão, pode ser?
Todos concordaram com Dammy enquanto eu buscava uma forma de me controlar. Como eu iria dormir a noite inteira com Antônio em uma cama de solteiro? Já viram o tamanho dele? Ele é enorme!!!! Não teria como ficarmos afastados. Antônio foi ao banheiro e eu me acomodei no canto, colanda as costas na parede. Ele voltou para o quarto, tirou a camisa, jogou de lado ( ele não ia colocaria no rosto?) e deitou de lado e de frente pra mim. Ele sussurrou um "Boa noite", me beijou na testa, fechou os olhos e eu fiquei ali olhando aquele rosto, me segurando para não desenhar suas feições com meus dedos. Eu sabia que não ia conseguir dormir daquele jeito, revolvei subir mais em direção a cabeceira e elevar minha cabeça com uma montanha de travesseiros. Sapato não se mexeu e ficou ali com o rosto na altura do meus seios. Naquela noite eu tinha colocado meu pijama preto de alça e todo movimento que eu fizesse as alças desciam pelo braço. Sapato se cobriu inteiramente com o edredon. Dos pés à cabeça como ele gostava e eu levei o mesmo lençol ate a altura do meu ombro. As resenhas da galera foram diminuindo até o quarto ficar inteiramente em silêncio. Acho que eu era a única acordada ali. Eu sabia que não iria dormir, não estando tão perto e tão longe de Sapato como nunca tivemos desde a primeira semana, isso doía muito! Se fosse em outros tempos teríamos conversando e até trocado carinhos. Que saudade disso! Que saudade dele. Mas eu tinha que manter a promessa que fiz de me afastar. Já estava doendo demais só de imaginá-lo com outra no Pós, quando tudo se concretizar eu teria que estar mais preparada.
Antônio dormiu, eu percebi pela sua respiração solta e tranquila. Eu n consegui mais ver o rosto dele pois estava inteiramente coberto mas eu sabia que ele dormia. Eu recebia o calor emando dele, os poucos centímetros que nos afastavam eram torturas milimétricas do meu sofrimento de não possuí-lo. Comecei a pensar sobre tudo que aconteceu no programa daquela noite. Eu não recebi nenhuma plaquinha dos meus colegas e resolvi não entrar em brigas e carimbei Martinha de forma bem amena. Já tinha muitos problemas agora pra resolver e tudo que eu evita era outra desavença.
Antônio aproximou sua cabeça do meu colo e comecei a sentir sua respiração acima dos meus seios. O que seria um pouco de tortura a mais pra mim naquele momento hein? Comecei a respirar mais forte por conta dessa proximidade e o movimento de maior elevação da minha caixa torácica fazia o nariz dele roçar na minha pele, tentei me acalmar para evitar esse movimento pois eu não tinha para onde fugir e se me abaixasse certeza que o acordaria. Não adiantou eu tentar me tranquilizar pois ele colocou mais ainda seu rosto no meu colo, ficando com a boca e o nariz respirando diretamente na minha pele. Meu Deus por favor tenha piedade de mim. A minha oração era realmente sincera!
A mão dele subiu pra minha cintura e se acomodou nas minhas costas me puxando levemente para perto dele. Eu sabia que ele estava dormindo. Aquelas reações eram inconscientes... ou não? Só me restava aceitar e admitir que eu estava amando aquele momento. Sentir os lábios de Antônio na minha pele era como estar de volta ao lar. Me aproximei mais e o rosto dele escorregou para a região mais próxima do meu mamilo que ainda estava coberto pela fina blusa do pijama. Ele se mexeu e me apertou ainda mais e senti levemente os lábios dele se fecharem numa espécie de beijo no meu peito. Além do beijo a região começou a ficar úmida e percebi que ele estava brincando com a ponta da língua na minha pele. Eu estremeci!! Eu jurava que ele estava dormindo. Ele começou a explorar mais a região e a lamber todo o meu colo bem devagar, meus seios estavam duros e doloridos de excitação, ele tirou a mão da minha cintura e me tocou no braço abaixando mais ainda a alça da blusa fazendo meios seios ficarem totalmente pra fora. Então era isso, lá estava Antônio de cara nos meus peitos de uma maneira inesperada após dois dias sem nos falar. Eu sinceramente não entendia como tudo que acontecia se desenrolava de uma maneiro que a gente, no final, acabasse juntos!
Abracei a cabeça dele que instantaneamente abocanhou o meu peito com fome. Ele sugava tão forte que eu mordi meus lábios para não gritar. Era tão bom que chegava a doer de tanto prazer! A mão dele começou a passear e do braço passou pra cintura, quadril, coxa, subiu novamente para o quadril e colocou a mão dele por dentro do meu short descobrindo que eu não estava de calcinha o que fez mordiscar o meu biquinho e beslicar a minha bunda. Ele afastou um pouco o rosto do meus seios e a mão dele correu para frente do meu corpo e chegou ao meu monte de Vênus e ficou ali acariciando enquanto eu morria literalmente de tesão. A mão dele era muito quente e cada toque deixava um rastro de incêndio na minha pele. Logo ele alcançou minha rachadinha e ficou subindo e descendo. Eu elevei a perna e a coloquei em cima da perna dele. Assim minha vagina ficou livre pra para ser penetrada e ele não demorou nem 2 segundos. Colocou um dedinho e gemeu um pouco mais alto. Eu me assustei achando que alguém poderia escutar mas ninguém pareceu se mover. Acho que ele se surpreendeu por me encontrar tão molhada.
Colocou mais um dedo e foi a minha vez de quase gemer alto. Eu estava pirando e aquele movimento lento de vai e vem me deixou bem próxima da insanidade. Queria que ele pudesse foder com mais força mas ali seria impossível. Um terceiro dedo buscou meu clitóris o encontrando bastante inchado e eu sabia que não iria demorar nada pra me desmanchar nas mãos dele. Ele ficou apertando com mais força meu clitóris, deixado-o maior e mais sensível. Eu queria gritar, gemer alto, dizer que eu era somente dele, queria implorar pra ele me arrebentar até perder os sentidos entretanto aquela carícia proibida, em um quarto cheio de pessoas que desconheciam nosso relacionamento mais íntimo era por demais tentador e inebriante. Desci a minha perna da dele apetando-a contra a outra. As contrações vieram fortes e a sensação maravilhosa tomou conta de toda meu corpo. Gozei deliciosamente. Eu já transei com ex namorados que eu não conseguia sentir nem a metade das sensações que Antonio me proporcionou. Percebi que destravei outra habilidade, a capacidade de engolir o grito de prazer e me concentrar inteiramente nas minhas reações físicas. Eu estava satisfeita e feliz. Naquele momento eu não lembrei de B, não lembrei de Pós, não lembrei de câmeras. Só o que me importava era a sensação gostosa que me dominava.
Antônio se afastou um pouco e descobriu o rosto e o tronco. Ele estava com completamente molhado de suor. Eu também estava com bastante calor. O ar condicionado estava gelando em sua capacidade máximas mas estávamos pegando fogo.
- vc vai ao banheiro? Perguntei baixinho e sem microfone, rezando para não levar advertência
- eu não posso me levantar - ele falou ainda mais baixo que eu e pegou minha mão e levou até seu pênis. Estava uma pedra!! Percebi que ele precisava se acalmar. Ele olhou pra mim e se aproximou do meu rosto, por um instante pensei que ele fosse me beijar na boca mas desviou pra bochecha
- te amo Amandinha... ele falou tão baixinho que eu desconfiei que tenha sido isso mesmo. Adormeci ao som aquelas palavras enquanto segurava dentro de mim que também o amava... e muito...

Nota: A câmera do quarto deseto estava fixa na cama de casal a noite toda e o máximo que foi registrado pelos queridos telespectadores foram respirações mais ofegantes e sussurros inaudíveis cuja origem era impossível de identificar!!

Edredon DocshoeOnde histórias criam vida. Descubra agora