Capítulo XIX: Clara se Recupera

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                         ◇◇◇◇
                          Charlie

- Charlie, eu realmente estou bem. Não precisa se preocupar - Clara murmura enquanto eu forçava ela a tomar chá

- É mas, esse chá de feno-grego vai ajudar o seu estômago ferido. E comer pão vai ajudar a filtrar todo veneno que pode ter ainda - pego a xícara e coloco na boca de Clara, enquanto ela vira o rosto. - Vamos Clara, não seja criança, tome o chá

- Não quero chá Charlie - ela cobre a boca com as mãos. - Me dê só o pão, eu como o pão se não tomar o chá

- abaixo a xícara e dou um suspiro. Clara era realmente teimosa, e descobri que era muito difícil fazer ela tomar remédio. Mas como um bom homem, eu gosto de desafios, afinal: o que vem fácil vai fácil. - Está bem, mas quero que coma tudo. E nem pense que isso irá mudar sua situação com o chá. Mas tarde você vai tomar ele, nem que eu tenha que amarra - lá

- Você é muito insensível Charlie - Clara choraminga

- E você teimosa - vou até a mesa de café da manhã que pedi para trazerem, e pego uma baguete. Parto um pedaço médio e levo até Clara

- Nada de condimentos? - ela pega o pão seco e faz careta

- Nada de condimentos - me sento ao lado, tomando chá. - Agora coma tudo

A princípio, Clara apenas olha para o pedaço de pão, estava óbvio que ela não se agradava da ideia. Após isso, começa a comer devagar, dando pequenas mordidas, e mastigando por grande quantidade de tempo:

- Harper e Eliza se recuperaram rápido não é mesmo? - digo tentando distrair Clara

- Ah sim - ela finalmente engole o pedaço de pão. - Eu estou me sentindo mal por oferecer para elas o suco de groselha. Eu atraio problema, sou um imã ambulante

- Claro que não Clara - coloco a xícara no criado mudo, e coloco a mão em seu braço. - Apenas existem muitos problemas que lhe rodeiam, e você apenas não pode evitar

- Espero mesmo que seja isso - ela suspira e se encosta nos grandes travesseiros que mandei trazer. Ela parecia pequena e fraca naquela cama, e eu odiava esse visão

- Em alguns dias, você ficará como nova. E assim, eu poderei me dedicar a caçar a pessoa que fez isto contigo - dou a ela um chá com leite e um pouco de açúcar, enquanto ela descansava. - Tem alguma ideia de quem pode ter feito isso?

- Não - ela diz olhando para o teto. - Não tenho ideia...só sei de uma coisa: essa pessoa é muito fria e cruel. Não quero falar sobre isso Charlie, agora que melhorei...

- Claro - lhe dou um beijo na testa. - Não vamos falar sobre isso

- Nem pude receber a surpresa que você me traria - ela sorri e coloca a mão na minha bochecha

- Ah...pois é - passo os dedos pela sua bochecha. A surpresa...

- Se você quiser ir Charlie, não tem problema. Você tem ocupações, tem coisas pra fazer - Clara murmura com a à voz rouca e sonolenta. - Niny virá para me fazer companhia, e tenho as duas enfermeiras que você trouxe pra me vigiar

- E ainda acho que são poucas - me levanto contra minha vontade. Clara tinha razão, atrasei duas semanas de trabalho por causa do envenenamento. Ela estava muito bem, e eu tinha que voltar para o escritório. - Eu irei, mas volto assim que terminar. Me avise se algo acontecer viu?

- Avisarei - ela sussurra com sono

- Mesmo? - pergunto indo em rumo a porta com lentidão

- Mesmo - ela murmura bocejando, e fechando os olhos enquanto embarcava em sonhos profundos

"Eu te amo Clara"

                         ◇◇◇◇
                            Clara

Acordo com Niny ao meu lado, bordando uma toalhinha amarela. Ela me olha e sorri com as bochechas coradas, e olhos brilhando. Eu retribuo o sorriso, sonolenta e um pouco fraca. Niny tinha novidades, e ela sabia me dizer sem mesmo abrir a boca para falar:

- Vou me casar Clara - Niny sussurra se sentando ao meu lado na cama

- Quando ele fez o pedido? - sussurro para ela, enquanto Niny ficava mais adorável a cada momento

- Dawson me fez o pedido ontem a noite, a frente do lago - ela se se deita ao meu lado. - Ah como estava nervosa Clara! Mas foi muito lindo...Dawson fez o momento ser perfeito

- Eu estou muito feliz por você Niny, Dawson ama você e você a ele. Você será a mais doce das donas de casa. E a mais linda das mães - lhe dou um abraço frouxo, mas que foi recebido com muito carinho por ela

- Você acha Clara? - ela sussurra com os olhos doces em lágrimas

- Tenho certeza - lhe dou um abraço apertado

Niny: amiga forte e fiel; mulher doce, amável, forte e que exala feminilidade; ser humano com erros e acertos, e que se importa com os outros; e agora, uma linda noiva...

Ficamos paradas, abraçadas e com os olhos em lágrimas de amizade. Niny se tornou alguém muito especial para mim nesses dias, ela sempre esteve ao meu lado e me defendendo. Ela e Emma vão se dar muito bem:

- Mas vamos falar da sua saúde agora - Niny se levanta, secando os olhos

- Ah não! Quero falar sobre você e o sei casamento. Quando vai ser? - me sento na cama, encostando na cabeceira

- Não temos data formada ainda. Mas quero me casar na primavera...

- Em meio às flores. Os encantos primaveril - devaneio com um suspiro

- Sim, é tremendamente romântico - ela fica vermelha

- Vejo que começou a preparar o seu enxoval - dou um sorriso malicioso

- Sim. Mamãe queria que eu comprasse um pronto, mas quero fazer tudo a mão - ela se encolhe. - Bem, nem tudo. Mas quero fazer pelo menos metade...

- Niny - digo muito solene

- Sim Clarinha? - ela diz com expectativa

- Posso ser sua madrinha? - pergunto sem nem mesmo piscar

- Que pergunta Clara! É óbvio que sim! - ela sorri. - E a cor do vestido das madrinhas será de sua escolha

- Ah que honra! Eu nunca fui madrinha de ninguém Niny. E vai ser tão lindo lembrar disso quando eu estiver velhinha - começo a sorri muito alegre

- Como amo ser sua amiga Clara - Niny fica vermelha. - Mas tem um problema - seu semblante fica abatido

- O quê? - o que ousa estragar a felicidade de Niny?!

- Miranda! - Niny suspira alto. - Mamãe quer me obrigar a contar isto a ela. Mas tenho muito medo

- Mas ela não pode fazer mais nada com você Niny. Ou pode?

- Eu não sei, Miranda é imprevisível. E não posso aguentar mamãe nós culpando pela piora do estado de Miranda. E a cada dia, a cada segundo, Miranda se torna mais ácida

- Não se preocupe Niny - respondo firme. - Eu mesma irei falar com Miranda, e com sua mãe

- Mas Clara, não tem medo de Miranda? Ela é tão má e violenta...

- Niny, eu enfrentei a condessa de Dorge. Quem é Miranda perto dela? - começo a sorrir

- Ah Clara, muito obrigada. Eu não sei como posso recompensa - lá por sua bondade - ela me abraça apertado

- Não precisa Niny, eu faço de bom grado querida - dou um sorriso reconfortante para Niny, que estava alegre novamente

" Se preparem Miranda e Sr. Dominic, vocês vão se ver comigo"



















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Desculpe quaisquer erros ortográficos
°1185 palavras

A Lady: Filha do Barão ( Vol.1 ) {Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora