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Filipe Ret 38 anos Chefe da Maré.
Brasil RJ 2023..
- Coé menor aquela piveta é filha do Jonathan?- perguntei surpreso.
-isso mesmo chefe, a piveta deu uma esticada às vezes o Yure do salão leva ela para brincar na praça, só a mãe dela que não vejo muito, é sempre do barraco pra o trampo dela! - menor acendeu um baseado.
- Essa mina me deve uma conta!- baforei a fumaça do cigarro.
Quatro anos antes ⏳
Fazia meses que eu tinha alcançado a chefia da favela isso me custou muito, várias paradas loucas enfrentei para chegar até aqui, sempre fui responsa com minhas obrigações o que me levou até aqui!
Sempre fui cria da favela então vivi vendo chuva de bala para todo lado, vi muitos pais de família morto em viela por conta da brutalidade que os comédia entrava aqui na Maré, fui criado pela minha tia Solange, minha família é somente ela.
Entrei para essa vida com 17 anos e aos poucos fui subindo de cargo na maior paz e tranquilidade, quando isso aconteu comecei a colocar ordem e fechei literalmente a entrada dos comédia aqui na comunidade colocando várias barricadas e armando minha tropa. Com isso fiquei visado cada vez mais, tanto pela justiça como jornalistas.
Na covardia invadiram a Maré logo cedinho na hora que os moradores estavam saindo para o seu trampo, abrindo seu comércio e a criançada indo para éscola eu fiquei puto de ódio, estava na biqueira principal quando sou acionado e já vejo o estrago que os filha da puta fizeram.
Mataram na covardia um morador, Jonathan era um moleque tranquilo conhecia bem pouco mais ajudava pra caralho os moradores daqui, ele tinha acabado de trazer uma patricinha para morar com ele e os dois pareciam que se davam bem, na moral foi angustiante vê de longe a cena dela caída sobre o corpo dele!
Aquela semana foi foda, a favela ficou movimentada de polícia e reportagens eu acabei indo para um esconderijo, fiquei acompanhado de longe a movimentação quando chegou pra mim a notícia que a mulher do moleque que foi assassinado estava grávida.
Caralho!!! Pensei... Já pensei na hora vou dá todo suporte necessário para ela e o bebê! Mandei um vapor de confiança falar com ela, primeira tentativa falhou a mina surtou, nas outras tentavias foram falhas também e na última tentativa Ela gritou para a comunidade inteira escutar que eu ERA O CULPADO PELA MORTE DE UM INOCENTE.
Aquilo mecheu com minha mente, me segurei para não fazer merda até porque ela estava grávida mais a hora dela vai chegar e eu vou fazer questão de mostrar a ela que não se tira onda com cara de Bandido.
Por vacilo meu acabei rodando e fui preso, passei quase quatro anos na cadeia gastei dinheiro com os melhores advogados e nada resolvia, mesmo preso continuei gerenciando o Morro da Maré. ------------
Agora 2023 RJ ⏳
A gorota do cabelo cacheado brincava com uma boneca de um lado para o outro, chamei ela e a menina veio correndo entreguei o soverte a ela que agradeceu me chamando de tio.
- Relaxa Ret, esquece irmão a mina estava passando uma barra quando falou aquilo, deixa o baile seguir.- menor defendeu a loira.
- Coé menor? Tá comendo a maluca é? Pra tá defendendo assim.- falei puto.
- Tenho essa sorte não de pegar uma Gata dessa! A mina é Posturada não fica com envolvido.- disse.
- Quem me deve sempre me paga, a cobrança dela vai ter juros! Me desmoralizou na frente da comunidade, agora quero vê essa puta manter a postura! - disse tragando o baseado.
Comecei a rir vendo ela perguntando quem deu o sorvete, não demorou e ela veio cheia de marra até a mim.
- Por favor fica longe da gente! Só isso que te peço! - Yure do salão segurava a maluca.
- Oh maluca segura tua onda, tu deixou tua filha sozinha aí solta, tá querendo aparecer? - falei.
- Seu....- Não dexei ela completar a frase.
Eu já estava ficando puto de ódio, segurei firme nos dois braços dela e apertei para machucar, ela olhava fundo dentro dos meus olhos e as lagrimas já escorriam no seu rosto.
- Tá querendo que eu enfi uma bala nessa tua carinha? Na frente da tua filha? - perguntei e ela respondeu.
- Eu vou embora daqui! Agora me solta...- falou baixo.
- PEGA TUA CRIA E VAI PRA CASA LOIRA! - baforei a fumaça da maconha nela.
Ela saiu de lá com sangue nos olhos, fui terminar de fazer minha cobranças enquanto o menor enchia a porra da minha cabeça para eu deixar a louca em paz, parecia que ele queria comer a mina!
WhatsApp;
Lua: minha cama já está pronta, só esperando vc 🫣
Ret: Tô chegando morena, daqui a uns quarenta minutos eu colo aí. Blz!
Lua : Te esperando....
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Já era quase dez da noite, peguei minha moto e fui até meu barraco tomar banho, passei em frente a casa da maluca e as luzes estavam acessa, parei a moto e desci fui até o portão e bati, quando ela abriu me olhou com cara de espanto.
Com o cabelo molhado e um pijama de unicórnio. "Bom eu acho que aquilo colorido era um unicórnio."
- De novo? Eu já te falei eu vou sair da comunidade.nao me sinto bem em morar aqui! Então já está tudo resolvido, agora licença! - Falou fechando o portão e eu segurei.
- Escuta aqui, Tu vai continuar aqui! Na tua sem problemas.. Vai me aguentar calada! Entendeu loira? - falei.
- Maju... meu nome é Maju. - falou chorosa.
- Tá chorando porque? Quando foi pra abrir a porra dessa boca e falar bosta tu era a braba.. - apertei o rosto dela.
- Tiooo... - a garotinha veio até o portão.
-Essa hora já é pra você tá dormindo garota! - falei com ela que também vestia uma Roupa de unicórnio.
- sabia tio que vamos morar com minha vó, vou sentir muitaaaa saudades daqui, do tio yure....- a menina falou.
- Relaxa aí unicórnio tu vai ficar aí na tua casa, vai Para lugar nenhum, né Maju? - perguntei e ela sem jeito confirmou que sim.
- Meu nome é Júlia, não unicórnio tio. - falou me arrancando um riso.
- Me chama de Filipe, Blz? - peguei na mão dela e ela concordou.
- E você loira vai descansar um pouco, Boa noite! - falei no ouvido dela e sair......
