Cellbit.- Raio de Sol e camarão.

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Gatilho de ansiedade.
[Triste×romântico]

                         Eram quase dez da noite, o céu estava escuro e sem estrelas, ventava muito, o que significava chuva.
                        Eu estava sentado em um banco na praça perto de casa. Meu peito doía, estava sem ar e não conseguia afastar a sensação de fraqueza que percorria todo o meu corpo. Então era isso? Hoje de manhã, todo o meu sono era um aviso de que deveria ficar em casa?

— 1... 2... 3...

                        Senti meu corpo tremer um pouco, então mordi meu lábio inferior com força, na intenção de sufocar os soluços. Tentei me concentrar na minha respiração, mas meus pulmões pararam de funcionar, e o desespero começou a tomar conta. Comecei a chorar, descontroladamente, abraçado em meus joelhos e com o rosto escondido.
                        Senti um par de mãos me envolverem, e levantei o olhar para descobrir quem me segurava. Era ela.

— Meu bem... o que está fazendo aqui? O que aconteceu? Está frio aqui fora!– S.n disse com um semblante preocupado.— Vamos en-

— E-e-eu...– puxei o ar com força.— N-nnão consigo... respirar.

— Oh querido! – A [c.c] abaixou para me olhar nos olhos. A mais nova pareceu pensar um pouco, antes de falar.— Me diga... você se lembra aquele dia na praia? Que você ficou todo queimado do sol?

                        Imediatamente a olhei confuso, meu peito apertado, e uma quantidade mínima de ar entrando pelo nariz, meus olhos ardiam pelas lágrimas. Tentei me concentrar no que ela dizia.

— A gente saiu bem cedinho naquela manhã. Você arrumou as nossas mochilas.– minha namorada sorriu.— Colocou todas as coisas mais importantes. Você lembra o que aconteceu depois?

— E-eu esqueci o protetor solar.– Falei com dificuldade, tentando lembrar do dia.— Mas insisti em entrar na água mesmo assim.

— E depois você ficou vermelhinho igual à um camarão.– Eu ri soprado a olhando.— Foi muito difícil ficar sem te abraçar aqueles dias, porque você estava com a pele sensível. Respira Rafael... nada de ruim vai te acontecer! Eu estou aqui, você está seguro.

                        Ela me olhou com carinho, falando com uma voz doce e um sorriso mínimo nos lábios.
                        Encarei seu rosto, levantei a mão para tocar seus cabelos e puxei o ar pelo nariz, sentindo meu corpo relaxar de uma maneira inexplicável. Ela era o motivo disso. Ela era o meu pequeno raio de sol em dias de chuva como esse.
                        Minha namorada sorriu para mim, então se aproximou, me envolvendo em um abraço carinhoso, reconfortante. Senti minha paz voltar no mesmo instante, e suspirei pesadamente contra seu peito.

— Eu não sei qual foi o gatilho para isso, não precisa falar sobre agora...– S.n fez uma pausa.— Mas, eu quero que saiba, estarei aqui pra você, sempre que quiser, sempre que precisar. E eu sei que vai ser difícil, Rafael, mas nós vamos superar isso juntos.

                        Continuei calado, sentindo o cafuné dela em meus cabelos, e ouvindo sua voz.

— Agora... nós precisamos entrar, caso contrário tu vai pegar um resfriado.– Minha namorada disse, pegando minha mochila perto do banco.— Vamos?

                        Sua mão estava estendida em minha direção, então eu a segurei, recebendo um abraço de minha namorada.

                        A vontade de chorar ainda estava presente, principalmente em minha garganta e peito. Enquanto subiamos no elevador, S/n não soltou minha mão um minuto sequer. Quando entramos no apartamento, quase não deu tempo de tirar o tênis, fui bombardeado por beijos e abraços de minha companheira.
                        Não pude conter o sorriso, quando ela sentou em meu colo e apertou minhas bochechas, fazendo meus lábios se tornarem um bico.

— Eu. Te. Amo.– S/n disse entre um beijo e outro.— Você é tudinho na minha vida! E eu faço qualquer coisa pra te ver feliz, até ficar uns dias sem te abraçar porque você tá queimado igual à um camarão.– A [c.c] olhou em meus olhos.— Não se esqueça Rafael, que eu sou capaz de tudo nesse mundo pra te ver sorrir de novo, e de novo, e de novo...

                        As cores de seu rosto se destacaram do resto do ambiente, a dando ar angelical. Eu estava perdidamente apaixonado por ela naquele momento, assim como em todos os outros momentos de nosso tempo juntos.

— Eu te amo... eu te amo como se fosse o meu último suspiro, como se fosse meu último momento de felicidade... porque você é tudo isso.– Fiz uma breve pausa.— Você é tão meu início, quanto o meu fim... e eu não quero pensar em um fim sem você comigo

                        Seus olhos brilharam de uma maneira inexplicável, e então ela segurou meu rosto e me beijou. Apaixonada, romântica, um pouquinho necessitada e tão ela quanto poderia ser naquele momento.
                        Eu a abraçava pela cintura, enquanto uma de suas mãos estava em meu rosto e a outra em meu ombro. Nos separamos por falta de ar, e ela me abraçou de novo, deixando seu rosto escondido na curvatura de meu pescoço.

— Eu queimaria esse mundo por você, Rafael Lange.– S/n sussurrou pra mim.— Só por você, e mais ninguém.

                        Deitamos abraçados no sofá. Éramos só nós dois e eu não trocaria isso por nada nesse mundo. Ela, eu, nosso cantinho e nosso amor. Eu nunca trocaria nada disso.
                        Também me fez pensar que não importa a dor, sempre seríamos eu e ela... independentemente das lágrimas.

Esse foi curtinho, mas é que eu comecei a escrever  depois fiquei muito sensível e do nada estava chorando

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Esse foi curtinho, mas é que eu comecei a escrever  depois fiquei muito sensível e do nada estava chorando.
Mil perdões, espero que gostem, mesmo assim.

╰►𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔 𝑺𝒕𝒓𝒆𝒂𝒎𝒆𝒓𝒔/𝒀𝒐𝒖𝒕𝒖𝒃𝒆𝒓𝒔.Onde histórias criam vida. Descubra agora