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Priscila P.O.V

No dia que Carolyna teve aquelas lembranças eu estava conversando com dona Danda enquanto Lyna dormia. Ela havia me dito que Carolyna havia completado 18 anos a 3 semanas atrás, mas como não sabíamos quem ela era ainda não comemoramos mais eu já tinha vários planos em minha mente enquanto dona Sinu continuava contando da infância da minha pequena antes do ocorrido. Eu não iria deixar passar em branco mais um aniversário dela.

Danda tinha me dito que o seu marido estava trazendo a irmã de Carolyna para conhece-la em dois dias pois ela não queria ter que levar Carolyna para ficar em um hotel enquanto se recupera além de não poderem voltar agora para Miami por conta da investigação e por ser lá a base mais forte do esquema de Leon então ele teria mais suporte lá para tentar pega-la novamente. Já ficando aqui sob supervisão especial da policia era mais fácil manter ela em segurança por isso ela estava procurando um apartamento para ficarem as três já que Alejandro não poderia abandonar a empresa e ficaria vindo todo fim de semana as visitar.

Então eu sugeri que elas ficassem em minha casa e o ponto mais forte do meu argumento para sugerir minha casa para elas era que como médica de Carolyna ela seria assistida em tempo integral já que eu entraria de ferias em breve.

Quando ela ia responder Carolyna começou a se agitar em sua cama ainda dormindo mas chorando e se debatendo.

Depois de muita luta a acordamos e ela contou sobre o " pesadelo" que teve e se lembrou que o monstro do Leon realmente era. Depois de mais alguns choros e outro calmante ela relaxou e o assunto não veio mais a tona.

Alguns dias se passaram e Alejandro voltou e finalmente Carolyna conheceu sua irmãzinha que logo se apaixonou por Lyna e passou a chama-la de "Cacah".

Algumas conversas depois Danda e Alejandro finalmente aceitaram se hospedar em meu apartamento por ser melhor para sua filha ficar perto da medica caso tenha alguma emergência e por meu prédio ser um dos mais seguros da cidade. Assim o crápula não teria fácil acesso a pequena.

Eu tive que fazer um esforço sobre humano para não demonstrar o tamanho da minha felicidade por ter Carolyna morando em meu apartamento. Mesmo com seus pais também indo junto eu a teria por perto mais tempo.

Carolyna ao contrario de mim não tentou nem minimamente disfarçar sua felicidade em ir morar comigo..quer dizer na minha casa. E senti meu peito explodir de alegria por vê-la assim querendo estar perto de mim assim como eu dela.

Irei dar alta para ela amanhã. A partir de amanhã ela ira ficar em minha casa e amanhã também é meu ultimo dia de trabalho antes das férias. Perfeito não?

A familia de Lyna estava arrumando os últimos acertos para sua estadia por isso eu me ofereci para passar essa noite com ela. Mas estava tão exausta da correria dos últimos dias que não demorei muito para adormecer apoiada em sua cama.

Amanhã vou começar a mostrar o mundo para ela. O meu mundo...

Carolyna P.O.V

Abri meus olhos lentamente tentando me acostumar com a claridade. Quando finalmente consegui me deparei com o rosto de Priscila próximo ao meu. Ela dormia com a cabeça apoiada de lado em seus braços cruzados em cima da minha cama.

Sorri sem motivos admirando sua feição relaxada e tranquila. "Como ela pode ser tão linda assim até dormindo?" Pensei sem desviar meu olhar do seu rosto tranquilo apesar da posição em que ela estava, sentada na poltrona mas curvada em minha cama.

Sem pensar levantei minha mão lentamente para não assustar ela e passei meus dedos em seus lindos e desarrumados cabelos. Eram tão macios.

Eu poderia passar o dia inteiro olhando ela dormir mais só de imaginar a dor nas costas que ela vai ter quando acordar sinto um aperto no peito. Ela dormiu assim só para ficar perto de mim. E com esse pensamento mais uma vez eu sorri.