O livro conta a história de Arrin, um jovem que enfrenta dificuldades financeiras em uma parte pobre da cidade. Após perder sua mãe em seus braços, Arrin consegue um emprego como estagiário no mercado SUPA, onde conhece Hinata e se apaixona por ela...
Maquin acertou um chute na cabeça do homem, fazendo-o cair no chão. Eu não esperava que aquele rapaz de apenas 1,65m de altura pudesse dar um chute tão forte.
Maquin e eu sempre competíamos para ver quem era o melhor em tudo. Quem pegava mais mulheres, quem era mais engraçado e, principalmente, quem era mais rápido. Eu perdi mais do que ganhei, esse garoto baixinho tinha uma velocidade absurda.
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— O que está acontecendo aqui, cara? - perguntou Maquin, sério.
— Pega... minha irmã... e sai daqui. - falei, perdendo as forças.
O homem se levantou do chão após receber o chute de Maquin.
— Outro moleque? Seu filho da puta, vou ensinar a não levantar a mão para os mais velhos, seu arrombado. - disse o homem, furioso.
— Um velho burro, por sinal, pois eu te chutei com o pé, seu idiota. - disse Maquin, tirando sarro.
O homem avançou em direção a Maquin, com o soco pronto para ser desferido. Maquin se esquivou do soco e contra-atacou com um chute no queixo do homem, fazendo-o cair novamente no chão. Ele se levantou novamente, mas desta vez pegou um martelo no chão e foi para cima de Maquin.
— Que engraçado, um maromba de merda igual a você... Vindo com um martelo para cima de um garoto!
Maquin colocou suas duas mãos no chão e fez um golpe de caratê, onde usou suas mãos para dar impulso e chutou com as duas pernas livres, com toda a sua força. O chute acertou em cheio o estômago do homem, nocauteando-o.
— Muito bem, gorila descontrolado, já está resolvido. Agora me conta que merda está acontecendo, Arrin? - disse Maquin, indo até mim.
— Esse idiota estava... tentando se aproveitar da minha irmã. - disse, quase sem forças.
— Entendi. Agora deita aí que vou chamar a ambulância para você. - disse Maquin, pegando o telefone do bolso.
Minha irmã veio até mim chorando, ela me abraçou e chorou ainda mais em meu peito.
— Desculpa, mano, desculpa! - gritou, chorando.
Eu pus minha mão sobre sua cabeça e tentei colocar um sorriso no meu rosto.
— Tá tudo bem, você está segura agora. - disse, deixando uma lágrima cair.
Dois dias depois, recebi alta do hospital e decidi ir para casa ver como minha irmãzinha estava. A caminho de casa, vi Maquin na rua e ele também me viu e veio até mim.
— E aí, mano, como você está? - perguntou ele.
— Sussa, só cansado de ficar no hospital. Aliás, valeu pela ajuda contra aquele cara. - respondi, meio triste.
— Tranquilo, se você está um pouco cabisbaixo, é porque vai trabalhar hoje, certo?
PUTA MERDA!
Esqueci que hoje começo no mercado, como pude esquecer disso? Puta que pariu! Sem me despedir do Maquin, saí correndo o mais rápido possível. Peguei o celular no meu bolso para verificar as horas e percebi que faltavam apenas 10 minutos para chegar lá. Estava correndo tão rápido que acabei derrubando o sorvete de uma criança, pedi desculpas enquanto corria sem parar. Estava quase chegando, faltava apenas atravessar uma rua, mas quando fui atravessar, um carro estava passando em alta velocidade em minha direção. Eu ia ser atropelado, mas pulei, coloquei a mão sobre o capô do carro para me dar impulso e passei por cima dele.
Finalmente cheguei na porta do supermercado, e a garota mais linda que eu já vi estava lá, a mesma que havia me falado para subir as escadas e falar com o pessoal de cima. Ela ficou de boca aberta ao me ver fazer aquela cena de filme.
— Uau, você manja dos parkours, né? - disse ela, surpresa.
Tímido, apenas dei leves risadas enquanto coçava minha cabeça.
— Não nos apresentamos naquele dia, prazer, meu nome é Hinata! - disse ela, estendendo a mão.
— Meu nome é Arrin - estendi minha mão para apertar a dela, mas...
Ela me puxou e me deu um abraço e um beijo na bochecha. A sensação que tive foi "UAU". Fiquei completamente travado.
— Tudo bem com você, Arrin? - ela perguntou.
Meu Deus, o rosto dela é tão perfeito. Já vi muitas mulheres bonitas, mas igual a ela meu irmão... Está para nascer.
— Sim, está tudo bem, desculpe-me - falei desajeitado.
— Muito bem, está pronto para seu primeiro dia? Porque eu serei sua guia durante a primeira semana! - ela disse animada.
