Capítulo 22: Ciúme

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Meu coração não desacelerou até agora, a qualquer momento sinto que vou ter um infarto, sem falar que a tremedeira voltou, eu não queria chamar Bruno para me acudir, mas sensação de morte estava me consumindo aos poucos, eu acho que iria morrer. Merda... Merda... Mas que merda...

— Bruno! Bruno, me ajuda! Por favor, me ajuda! — gritei... Gritei alto, eu não posso ter orgulho agora, eu preciso de ajuda. Ouvi passos rápidos se aproximando subindo as escadas e se aproximando do quarto.

— O que foi? — ao me ver naquele estado eu nem precisei falar nada, ele veio logo me ajudar, mas ele não veio sozinho, para meu azar Maria observava tudo encostada na porta segurando aquele livro de baixo do braço.

Eu tomei os remédios novamente e acabei adormecendo, as vezes eu me pergunto o que diabos tem a composição desses remédios que ele me dá.

Me sentia tão mal que não conseguia levantar, acho que não tenho forsas nem para me mexer, durante esse meio tempo Bruno não saiu de perto de mim, ainda estava com raiva dele, não queria aquele mentiroso perto de mim, toda vez que ele tentava me abraçar eu o afastava com ódio.

— Ok... Eu sei que você não quer falar comigo, mas será que pelo menos eu posso preparar alguma coisa pra você comer? Não nada o dia todo.

— Faz o que você quiser. Eu só quero ficar sozinha.

— Tá bom. Já volto! — recebi um beijo na bochecha.

Por que é tão difícil sair de uma cama depois que você deita, mas eu sinceramente não quero sair da cama tão cedo.

Minutos depois Bruno voltou com o meu lanche, leite puro e dois sanduíche, apesar de ainda estar muito brava estava com muita fome e aquele sanduíche parecia uma delícia, peguei o sanduíche e dei uma mordida, caramba! Estava bem gostoso, acho que acabei transparecendo isso em minha face.

— Você gostou?

— Está bom! Mas não vai se achando não. Eu ainda tô brava com você. — voltei a comer — Me diz uma coisa.

— O que?

— A sua tutora sabe sobre isso? — aponto para o seu braço e para minha perna.

— Sabe...

— Então ela também sabe que você me sequestrou? — só pela cara dele eu já tive a confirmação, eu já sabia, mas só queria ter certeza. — Certo, se ela não fez nada pra me tirar daqui então é sua cúmplice.

— Por que você iria querer sair daqui? Você tem tudo aqui dentro, todo conforto, todo meu amor.

— Nem todo o amor do mundo vai me dá o prazer da liberdade, não tem nada no mundo nesse momento que eu desejo mais que sentir o vento bater no meu rosto e finalmente sentir que estou fora dessa casa, mas acho que esse gosto você não vai me dar nunca.

— Sabe... Eu me sinto livre quando estou com você.

— Adivinha! Você não é o suficiente. — acho que isso magoou um pouquinho, mas sinceramente eu não tô nem aí, ele fez pior comigo acho que merece.

Terminei de comer os dois sanduíches e bebi o leite, aquilo encheu meu estômago, após isso dispensei Bruno, ainda queria ficar sozinha, sinceramente a presença dele me sufoca.

Fiquei bastante tempo sozinha no quarto pensando na morte da bezerra, mas eu realmente precisava desse tempo sozinha, desabafar sozinha e por os pensamentos em dia, isso é ótimo para não perder a sanidade de vez, mas o meu momento de solidão confortável ia acabar agora, minha garganta estava seca e eu precisava de água.

Peguei minhas muletas e me levantei, o que eu tinha que fazer era bem simples, ir até a cozinha, pegar água e voltar para o quarto, simplesmente, eu não preciso dirigir a palavra para ninguém.

Louco Por Você [Em Andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora