O primeiro ministro, Cornelio Fudge, aparatou na minúscula caverna aonde a prisão para aquele bruxo havia sido construída o mais rápido que pode. Como assim ele havia acordado? Isso não podia estar acontecendo!
- É o ministro! - disse um dos aurores a entrada da caverna - Ministro!
Cornelio se aproximou, a capa de risca de giz estava meio molhada por causa das chuvas que haviam começado um pouco mais cedo naquele ano. O auror responsável pela vigia, John Mcvoy, estava sentando no chão enrolado em um cobertor grosso tremendo igual a uma criança assustada.
- Ministro Fudge, o que faremos? - perguntou um auror.
- Mcvoy? - chamou o ministro ignorando a pergunta - O que você viu?
John demorou até conseguir balbuciar duas palavras; "olhos vermelhos".
Fudge se afastou estressado. O que faria se descobrissem? O pânico e os ataques que isso geraria, as tentativas de resgate. Ele não podia deixar aquilo acontecer, mas como agir?
Então ouviu o baque seco de um corpo no chão. Virou-se a tempo de ver os outros aurores caindo no chão completamente inconscientes. O ministro rapidamente sacou sua varinha e apontou-a para o mar de árvores a sua frente.
- Quem está aí?! - ele berrou.
- Fique calmo, Cornelio. - disse a voz de Dumbledore saindo do meio das árvores acompanhado por Kingsley Shacklebolt e Severo Snape.
- Calmo?! O que você fez com os meus aurores?!
- Apenas apagamos a memória deles. - disse Dumbledore tão calmo quando alguém que fala sobre o clima - Não lembrarão de nada sobre este lugar. Nem mesmo o pobre Mcvoy.
- Por que fez isso?!
- Porque você está certo em temer que mais pessoas descubram. - disse Severo - Causaria pânico na comunidade bruxa, sem falar dos comensais da morte.
- O que eles tem a ver com isso?! - indagou o ministro.
- Acha mesmo que se um comensal da morte souber que seu mestre ainda está vivo e que acaba de acordar de um sono de anos não haverá uma comoção extraordinária para tentar resgata-lo? - indagou Severo.
- Eu mesmo iria resolver isto! - bradou Cornelio - Estes homens que você apagou eram de minha extrema confiança! Não iriam espalhar nada por aí!
- Eu não estaria tão certo disso, Cornelio. - disse Dumbledore - Severo, por favor...
O professor caminhou até um dos aurores desmaiados no chão e puxou a manga dele revelando a marca negra. A única reação de Cornelio foi sentar-se em uma pedra. O ar lhe faltava nos pulmões.
- Nos meus tempos como comensal fiz algumas missões com ele. - disse Severo.
- E o que vamos fazer então? - indagou o ministro.
- Não se preocupe, Cornelio, tudo está saindo com forme o planejado. - disse Dumbledore.
Os dias se passaram e as férias iam chegando ao fim. Harry, infelizmente, não fora visitar a irmã como ela havia pedido, mas, para a alegria de Lizzie, Gina e Hermione decidiram passar a última semana das férias na antiga casa dos Black na largo Grimmauld número 12.
- Eu sempre quis conhecer essa casa. - disse Gina animada ao chegarem ao quarto de Lizzie.
- É bem legal, não é? - riu Lizzie - Ainda estou conhecendo, não morei aqui antes. Mas descobri o quarto aonde a vovó guardava as joias da família semana passada. Infelizmente, ela amaldiçoou a maioria antes de morrer.
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Lisianthus, O Conto dos Dois Irmãos
Fanfiction"Severo olhou para a menina a sua frente. Sabia que ela o queria mais do que tudo e sabia que toda a luz e a cor de sua vida eram culpa dela. Ele a queria com toda a força de seu coração, mas sabia qual era a escolha certa a se fazer. Esse era o seu...