𝙎𝙖𝙣𝙜𝙪𝙚 𝙋𝙧𝙖𝙩𝙖 - Draco Malfoy

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- Hot -

But maybe I'm the worst, the worst you еver had
Tell you you're bеautiful, then stab you in the back
You're prayin' I'm the one, but maybe I'm a curse
The more you try to fix me
The more you make it worse

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Talvez aquilo tenha passado dos limites. Ou não. Quando nossos olhares se cruzavam, podia sentir o calor palpável entre nós dois. Minha memória ía naqueles dedos me tocando entre minhas pernas. Seus lábios me marcando no meu pescoço. As mãos apertando com força minha coxa. Era tão macio e delicado quanto algodão recém coletado... Era frio, mas esquentava meu corpo inteirinho.

Me xinguei mentalmente por aqueles pensamentos. Nem oito horas eram.

Mas seus olhos ainda estavam em mim, com as mãos na boca, mordendo a ponta da unha. Mesmo do outro lado do Salão, aquelas nuvens me devoravam. E eu não conseguia desviar.

Ele pensa que é fácil apenas só olhar.

— Maldito... - disse em tom baixo e levando o olhar pra mesa a minha frente.

— Que disse? - Liane falou com a boca cheia de bolo na boca. Acabei soltando uma risadinha nasal.

— Nada, e termina de mastigar, mal educada.

Ela voltou a comer igual à um animal, junto do outro animal, chamado Weasley. Mione e Harry observava o animal macho devorar um prato inteiro de biscoito, talvez enojados. Quando senti alguem sentar ao meu lado. Reconheci o cheiro amadeirado e refrescante.

— Oi princesa, quanto tempo... - deu um beijo na minha têmpora, o que me fez estranhar. Os outros se entreolharam e voltaram a comida. - Por que não foi ontem?

— Depois de dias, aparece como se nada tivesse rolado, só veio atrás de mim duas vezes e estava bêbado. - meu tom já mudava, estava estressando.

— Mil desculpas, minha princesa. Posso te recompensar hoje mais tarde... - falou contra meu pescoço, seu hálito quente me irritava. O Oliver ja estava me irritando. Quando ouvi uma taça quebrando e um soco na mesa do outro lado do salão.

— Eu mereço mais do que isso, mereço mais do que um convite de quem só aparece quando precisa... - me ergui apontando o dedo em sua cara de pau - Se for pra me procurar bêbado ou "necessitado", nem gaste seu maldito fôlego. - falei firme, abrindo os olhos e com uma feição séria e forte.

— Calma princesa, desculpa, ta bom!?

— "Calma"? Ora calma. Não me chame de princesa, e não me procure mais, entendido!? Agora, se me derem licença, vou terminar a tarefa de ontem.

Sai batendo os pés, nem me dei ao trabalho de olhar pra cara do Wood. Mas no fim das mesas, lá estava ele, sangrando e com alguns cacos de vidro em sua mão, seu olhar me seguiu até a saída.

O ódio fervia tanto nos meus nervos que eu podia quebrar uma parede somente com um soco. Caminhei pra biblioteca, pegando alguns livros e me sentando, amarrei meu cabelo em um coque bagunçado de lado, usando a varinha como prendedor. Folhiei algumas paginas, marcando com uma pena as frases que importavam para a lição.

— Buh! - Blaise apareceu se apoiando em uma coluna de livros. Quase cai da cadeira pelo susto, em reação joguei um livro na cara dele.