𓅬29𓅬

122 2 0
                                    


Depois de deixa-la em segurança no esconderijo, Draco voltou pra casa, entrando pelo terraço inferior da grande Mansão Malfoy.

O interior sofisticado e luxuoso, puxando para uma atmosfera gótica secular, com candelabros brilhantes no gigantesco salão de baile, que lhe guiavam pela escuridão do lugar. Depois de alguns passos longos, conseguiu chegar na escadaria principal esquerda, que levava aos quartos, quando uma voz chamando seu nome, sentado na poltrona perto da lareira soou furioso e cauteloso, fazendo um gelo escorrer pela espinha de Draco. Lucius o aguardava.

— Onde esteve, Draco? - o menor se encolheu tentando achar uma resposta boa.

— Dando uma volta, não consegui dormir. - custou para manter a postura.

— Não conseguiu dormir? Ora, meu filho, já inventou mentiras melhores. - ele se ergueu, deixando o filho nervoso com a presença de áurea estressada. - Vou repetir a questão, por onde você andou? - a glote subia e descia trêmula, controle-se Malfoy, controle-se, pensou.

— Dando uma volta. - o mais velho trincou o maxilar, fungando o cheiro que emanava de Draco, cerrando os olhos, revelou.

— Que perfume é esse? - o frio bateu no estômago do loiro menor.

— Meu perfume, algum problema, pai? - questionou calmo, mas sabia que o cheiro era da menina.

— Não, minta para mim, garoto! - a elevação do tom assustou Draco. Ele sabia que seu pai podia ser rígido e assustador se quisesse, isso aumentou quando ele cresceu e Lucius começou a trabalhar no Ministério, cada dia mais estressado. - Se estiver se engraçando com alguma menina, Draco, é bom que diga logo.

— Pai, estou lhe dizendo a verdade. - os mirantes acinzentados do velho agiam como adagas, perfurando a alma do garoto em busca de uma resposta. Lucius retornou a poltrona, dispensando Draco.

Seguiu caminho para o quarto, onde soltou o ar que prendia no peito. Pegou a toalha e foi direto pro banho, deixando o calor da água acalmar os nervos.

Saber da existência de Katrina na sua vida faria Lucius girar a cabeça em 360°, seria uma desgraça, pelo fato de não ser pura. Provável que ele obrigaria o rapaz a se separar ou cortar laços com ela, Draco não iria suportar, já era tarde demais para se manter longe dela, e a conhecendo bem, Katrina iria protestar, transformando isso em um caos completo.

Esfregou a toalha nas madeixas loiras, vestindo apenas uma cueca box se dirigiu pra cama. O ponteiro marcava 03:40, e ele não estava com tanto sono, procurou a varinha pelo criado-mudo mas não a achou, olhou o chão e nada.

— Que merda. - cuspiu ríspido. Revirou a cama, tirando os lençóis verdes e branco, batendo eles, olhou debaixo da cama.

Achei que nunca iria conhece-lo, Malfoy. - com o susto, Draco bateu a cabeça nas madeiras da estrutura da cama, ele virou-se para a voz e tremeu ao ver a mulher de pele branca, cabelos negros e olhos completamente brancos, segurando sua varinha.

— Q-quem é você? O que faz aqui?! - se cobriu com os panos, antes na cama, a mulher parecia se divertir ao ver a reação do menino.

Meridia, senhora dos elementos. - o rosto se contorceu em surpresa.

— Uma bruxa ancestral?

Vejo que é esperto, Black.

— Perdão, suponho que se enganou - a sombrancelha negra se arqueou -, mas meu sobrenome é Malfoy. - o loiro se levantou, caminhando suavemente até o cabideiro onde se cobriu com um roupão acetinado.

Mas tem sangue Black, acredito que por parte de mãe. - assentiu nervoso.

— Pode devolver minha varinha? - estendeu a mão para receber o objeto. A mulher o  ignorou, apreciando a madeira escura, sentiu o aroma.

𝙎𝙖𝙣𝙜𝙪𝙚 𝙋𝙧𝙖𝙩𝙖 - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora