cap 61

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Mel pov

Eu- Eh... Será que podia pelo menos sair do quarto? Ta me deixando sufocada. - Falo e ela desvia o olhar envergonhada.

Glória- Preciso conversar com você antes. - Olho atento pra ela.

Eu- Pode falar.

Glória- Eu sou sua mãe. - Ela fala e eu arqueiro a sobrancelha.

Eu- como assim minha mãe? Minha mãe me abandonou desde do dia que eu nasci. - Falo revoltada.

Glória- Qual o nome da sua mãe? - ela fala.

Eu- Glória.. - Falo baixo.

Glória- Eu tinha me relacionado com o antigo dono daqui, ele me pediu pra que eu largasse seu pai e você... Ai eu tive que matar o Carlos, e você ficou com a Maria, mãe da Liz. - Ela fala e eu arregalo os olhos. Não pode ser...

Eu- Você me abandonou pra ficar um homem? Que tipo de mãe você é? - Falo alto e levanto.

Glória- Eu... Eu não fiz por mal, eu sinto muito, estou arrependida.. - Rio de lado.

Eu- Você não fez por mal? Nunca nem sentir um carinho de mãe. A dona Maria sempre me deu tudo! Roupa, brinquedos, comida, uma irmã e um amor... - Falo querendo chorar.

Glória- Filha... Porfavor me perdoa.- ela fala chorando e pegando na minha mão.

Eu- Eu realmente não sei.. Você matou meu pai, você matou minha única esperança. - Tento tirar minha mão da dela.

Glória- E sua tia? Irmã do seu pai? Porque não ficou com ela?

Eu- Porque eu não quis, decidir ficar com a mãe da Liz e ela respeitou minha decisão. Sabe qual a sensação de uma festa de escola que tinha, era dias dos pais ou das mães e não ter nenhum deles pra comparecer? - Falo chorando pra caralho e soluçando.

Eu- SABE?? - Grito quando ela não responde.

Glória- Filha..... Eu me arrependo! - Fala e levanta também.

Eu- Você nunca se quer quis saber como eu estava. - Falo seca.

Glória- Quis sim, sempre perguntei a sua tia como você tava, mesmo escondida do meu ex marido. - ela fala.

Eu- Já chega! Eu preciso do meu tempo.

Glória- Você é a mulher do DG, dono da Rocinha? - Fala baixo.

Eu- Sou, aliás me sequestrou só porque eu sou a mulher dele ou porque sabia que eu era sua filha?

Glória- Porque você era mulher dele,nem sabia que era a minha filha, amanhã eu venho aqui, com mais calma  pra  gente conversa.

Eu- Posso sair desse quarto ? - vejo ela balançando a cabeça positivamente.

Ela finalmente sai e eu olho pro chão, estava perto da minha mãe.... Que me abandonou e matou o meu pai que nem tive chance de conhecer.

Nem uma foto eu tenho dele.

- Alunos, Atenção! - A minha professora grita pra turma que conversava entre si. Assim a turma a olha ela fala.

- Amanhã já que é dias dos pais, vamos fazer uma pequena apresentação. - Abaixo minha cabeça.

- Professora, é obrigatório todo vim com seus pais? - Um menino no fundo fala.

- Sim, pode vim com um famíliar que considere como pai também. - Ela fala.

- E quem não tem família? - Um pirralho fala e eu olho pra ele que ria. Eu sabia que a indireta foi pra mim.

- Vamos parar? Cada um tem uma pessoa.

- A melyssa deveria tomar zero nessa apresentação, nem família ela tem! - O mesmo fala.

- CALA A BOCA SEU BANGUELO! VOCÊ NÃO SABE DA MINHA VIDA! - falo indo pra cima dele e enfiando a caneta da minha mão na perna do mesmo e a professora me carrega.

- Melyssa se acalme, OS DOIS PRA DIREÇÃO AGORA! - A minha professora fala e me coloca no chão.

Saio chorando pra direção e o mesmo menino vem atrás de mim com a professora.

...

Caminho até minha sala e sento na minha carteira, a Liz estuda na sala do lado.

Queria tanto que ela estudasse na mesma sala que eu, estava claramente com meus olhos molhados, antes de eu vim pra escola eu chorei.

A dona Maria não pode vim comigo, ela tava colocando a venda dela na porta de casa.

Nem eu e nem a Liz vinhemos com nossos pais ou familiares.

Vejo a professora vim até mim e se abaixar na minha altura.

- Cadê seu pai mel? Ou familiar? - Que pergunta besta.

- eu não tenho pai, ele... Ele morreu. - Falo querendo chorar. Uma dor no meu peito tomou conta do meu coração. - Não tenho mãe, minha tia não veio porque ta trabalhando e minha outra tia também....

- Já entendi, sinto muito mel, posso ficar com você na hora da apresentação viu? - Balanço a cabeça em forma de sim.

Ela beija minha cabeça e sai.

O menino pertubado que eu tinha metido a caneta na perna dele, ta la no fundo com o pai.

Olho em volta da sala e todos estão com seus pais, alguns estão com suas mães...

E eu, fui a única que veio com ninguém..

Todo ano era isso, eu chorando parecendo um idiota na sala aula e esses meninos me abusando.

Já tava cansada.

...

Limpo minha lágrima e saio do quarto a procura do Miguel.

Eu- MIGUEL! - Grito o mesmo e nada.

Ouço som de tiro e me assusto.

Glória- VAI PRA O QUARTO. - ela fala com um fuzil nas costas.

Eu- Oque ta acontecendo? - Pergunto indo até ela sentindo uma sensação ruim.

Glória- Tão invadindo o morro, e provavelmente é o DG. Fica no quarto até eu chegar.

Eu- Eu quero ver ele. - falo indo atrás dela.

Glória- VOCÊ NÃO VAI VER NINGUÉM, ENTRA NA PORRA DO QUARTO MELYSSA! - ela fala eu sinto mais um vez a sensação ruim.

Eu- Mais.. Você vai voltar? - Falo e ela me olha.

Glória- Claro filha, eu volto.

Eu- Não deixa o miguel morrer, e nem mata o DG.

Falo com medo e vou pro quarto.

Começo a orar pedindo pra proteger eles.

Eu me preocupei com minha mãe, não sei se ela merece uma segunda chance..

Será?

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Sério chorei fazendo esse, coitada da mel, sofrendo nas festinhas de escola.

Comentem muito gente porfavor.

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Grávida no morroOnde histórias criam vida. Descubra agora