Ary, a desejada

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Depois de alguns episódios loucos, a Sara começou a ficar mais experiente em filtrar malucos pra colocar em contato comigo. Ela conheceu uma aluna de veterinária que queria falar comigo chamada Ary. Ela era amiga de um grupo de amigos da Sara, não era uma completa desconhecida nem era o tipo de louca que eu desgosto. A gente trocou algumas mensagens e ela me disse que ela tinha facilidade de conseguir as coisas porque era 'bonitinha' (um tremendo eufemismo, porque a desgraçada era muito gata), mas sabia que comigo não seria assim. Eu perguntei o que ela queria e ela respondeu que era exatamente isso. O pedido que a Ary tinha pra me fazer era que ela nunca mais recebesse um "não" na vida. Queria que todos fizessem suas vontades só pelo fato de ela ser bonita. Nas palavras dela, ela queria ser irresistível.

A minha resposta natural foi falar que eu não podia mexer em muita coisa porque o trabalho natural tava bem perfeito, mas que eu tinha entendido o pedido dela. Não estava atrás de mudanças físicas (porque não precisava), era mais uma questão de frequência.

Eu disse que conseguia ajudá-la e perguntei se ela já sabia como funcionava. Ela me confirmou que sabia que rolava um ritual picante e que ela ficava 'me devendo uma'. Eu mandei ela aparecer aqui em casa numa hora que eu tivesse sozinha.

Quando ela fez o primeiro contato, eu fucei um pouquinho e encontrei fotos dela. Ela era linda: olhos castanhos escuros; cabelo vermelho sangue; altura média; coxas, bunda e peitos bem grandes, com curvas diabolicamente gostosas. Se eu tivesse criado, não ia sair tão maravilhosa, ela me fazia ferver mais do que eu estava acostumada (isso por fotos que ela tinha postado publicamente no Instagram).

Pessoalmente? Eu quase esqueci que tinha um ritual.

Ela foi vestida muito bem comportada (porque tinha vindo direto da faculdade). Um jeans discreto, uma blusa roxa simples, não muito justa, e calçava um All Star preto cano alto (que parecia ser um companheiro de longa data). Ela também tava carregando uma mochila.

Falei pra ela se acomodar e começamos a conversar sobre o ritual. Perguntei até onde ela estaria disposta a ir e falei que, apesar de ser um ritual meu, os limites da pessoa contam bastante. Eu expliquei, sem exemplos muito detalhados, que eu costumo fazer algo que esteja dentro da zona de conforto da pessoa ou que seja um desejo forte. Dentro disso, exploro que ela se esforce muito pra merecer seu pedido, mas ao mesmo tempo, não quero que a pessoa se machuque ou se prejudique. De forma nenhuma o ritual inclui algum tipo de sacrifício.

-Resumindo: Eu quero que seu ritual seja algo que você já faz ou que você gostaria muito de fazer, mas quero que você se esforce pra fazer melhor do que jamais fez antes...

-Entendi – ela respondeu quebrando contato visual, parecia estar pensativa

-Então me diz... Por qual caminho você quer seguir e até onde você está disposta a ir?

Ela se manteve em silêncio, ainda com a cara pensativa. Depois de alguns segundos, ela falou um pouco incerta:

-Eu acho que essa pergunta é muito vaga. Eu posso te falar por qual caminho eu não iria de jeito nenhum?

-Pode, claro!

-Não faz nada com meu cu.

Achei bem direto da parte dela, me senti mais solta pra descer as palavras também. Ela continuou:

-Não enfia, não encosta, não faz carinho, não beija, não cospe... Se conseguir, nem olha ou nem lembra que ele existe.

-Que absoluta... - comecei a achar que ela talvez tivesse problema sério com isso, ofereci ajuda - Você quer que eu tire seu cu de você, cara? Você parece incomodada com ele

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⏰ Última atualização: Mar 18, 2023 ⏰

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