Capítulo 01

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Aviso!
Nova temporada disponível aqui no perfil!

Barcode, garoto de 18 anos que cursa seu
último ano do ensino médio em uma das melhores escolas de Bangkok. O garoto tinha uma vida boa, família bem estruturada e importante. Ele também tinha ótimas notas, bom comportamento e também sonhava alto e tinha grandes planos, mas queria realizá-los sem a ajuda de seus pais. Ele cantava e tocava violão, mas havia uma única coisa que dinheiro nenhum poderia comprar para ele, a confiança e fé que ele deveria ter em si mesmo. Code tinha tudo, ao mesmo tempo que não tinha nada. Ele tinha ótimos amigos, não tão ricos quanto o mesmo, mas que estavam ali nos momentos em que Code desejava desaparecer.

Pais sempre ausentes, casa vazia ou as vezes cheia de pessoas desconhecidas. Code tinha um quarto bem maior do que a maioria das pessoas normalmente tem, afinal, seus pais podiam dar-lhe tudo que ele quisesse, por que lhe dariam o mínimo? Mas não era disso que Code precisava.

Por incontáveis vezes Code se via perdido dentro daquele quarto enorme. Sempre com os pensamentos em seus pais e em ser motivo de orgulho para eles. Barcode se via perdido, sozinho. Ele estava sempre com os olhos pesados e cansados, sem brilho, sem vida, e seus únicos momentos de extrema felicidade era quando se via junto de seus amigos na escola ou em sua casa nos finais de semana.

"O que adianta tudo isso que eu tenho se a única coisa que eu queria eu nunca vou ter?"

Sentir falta de pessoas que estão presentes fisicamente e ausentes mentalmente é pior que muitas coisas, é doloroso, solitário e estressante, isso é fato!
Os pais de Code estavam cada dia mais interessados em crescer em suas carreiras e esqueciam que havia alguém pequeno que estava triste e perdido dentro daquela casa enorme, mas algo mudaria naquela noite de sábado.

Barcode acabará de chegar em casa depois de um dia cansativo e estressante no trabalho de seus pais quando recebeu um convite para uma festa na boate de um sênior da faculdade de arquitetura onde um de seus amigos estudava.

Naquela noite, Code estava cansado, estressado, sentindo dentro de si raiva e tristeza, foi por isso que ele concordou em sair. Seus pais ainda não haviam voltado para casa e ele aproveitaria essa oportunidade, eles nunca o permitiriam sair aquela hora e muito menos sabendo que aquela boate era para maiores, mas Code ignorou essa última parte.

— Ele vai me permitir entrar sem que mostre a identidade?

— Você está comigo, ele não vai pedir não.

Enquanto se dirigiam para a área vip do lugar, Code esbarrou acidentalmente em um cara pouco mais alto que ele. Ele era bonito, mas tinha um visual um tanto... exótico. Seus cabelos eram de um tom meio desbotado de azul e ele tinha algumas tatuagens visíveis em algumas partes do corpo.

Em seu pescoço estava escrito Sunshine, ou em português, Luz do Sol. Isso não poderia ser sobre ele.
Ele vestia uma regata branca e calças jeans e carregava em seu ombro direito uma jaqueta de couro preta. Seus olhos eram frios, mas carregavam ali doses inteiras de loucura e eles recaíram sobre Code que engoliu em seco, fazendo a figura a sua frente sorrir.

— S-sinto muito.

Aquele cara de cabelos azuis ainda estava parado ali e parecia se divertir com o nervosismo de Barcode, pois o sorriso em seus lábios acabará de ficar mais largo.

— Jeff! — quando o amigo de Code chamou a atenção do cara parado ali, seu sorriso aos poucos sumiu e ele o encarou voltando a ficar sério — Não esperava te ver aqui hoje, viu o Shawn?

Barcode observava os dois conversarem e logo Jeff os levou para encontrar o sênior que bebia em uma sala separada na área vip. Por mais que a loucura estivesse nítida no rosto de Jeff, ele não havia bebido sequer uma gota de álcool aquela noite e sabia que aquele garoto era menor de idade, por isso manteve seus olhos nele, apenas nele!

A presença de Jeff naquela sala era insignificante para Barcode, ele bebia e bebia cada vez mais. A música alta e a mistura de bebidas estavam mexendo com a cabeça do garoto que já estava fora de si.

Era tarde e o celular de Code tocava sem parar, sua mãe estava prestes a chamar a polícia quando Jeff pegou o celular do garoto e o desbloqueou facilmente. Uma mensagem de texto falando que dormiria na casa de Kall seria suficiente para deixá-la despreocupada. Kall era o melhor amigo de Code desde que eram crianças, mas naquela noite ele estava tão bêbado quanto o mesmo.

Bebidas eram levadas a todo instante para a mesa e junto da última bandeja que fora deixada ali por uma mulher de cabelos loiros, estava um pequeno embrulho transparente com alguns comprimidos coloridos.

Jeff se endireitou na cadeira enquanto via Shawn abrir o pacote e distribuir dois dos comprimidos para cada uma das pessoas que estavam ali, mas Jeff recusou e permanceu quieto, até ver o sênior entregá-los para Code.

O menino já não entendia o que acontecia a sua volta fazia um bom tempo, ele estava sendo movido a base da bebida e tudo que lhes foi entregue ele bebeu.

— Ele não pode! — disse Jeff ainda sentado na poltrona na frente de Shawn.

— O que disse?! Eu acho que não entendi.

Shawn sorriu, debochando de Jeff e estendeu mais uma vez a mão para entregar os comprimidos para Code.

— Eu acho que entendeu sim...

Seus olhos miravam o chão quando um sorriso doentio surgiu em seus lábios, já não era o mesmo Jeff de alguns minutos atrás, o Jeff que estava sentado de um jeito despreocupado na poltrona daquela sala. Como um flash de luz, Jeff levantou da poltrona de forma brusca e deu um forte tapa na mão do sênior e antes que ele pudesse revidar, Jeff sacou duas armas de sua cintura e voltou a repetir.

— Eu falei que ele não pode.

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