Capítulo 12 - A rinite do armário

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POV Susan

Passar um tempinho com a Emily era reconfortante, ela era linda, e muitas vezes eu me pegava admirando-a, e quando nossos olhos se encontravam, eu tentava disfarçar. Eu sabia que ela mexia comigo de uma maneira diferente de qualquer outra pessoa. Ela está ali na minha frente, e só de estar na mesma sala que ela era tão simples, era bom.

por um impulso, talvez, eu chamei ela pra eu encontro, um jantar na verdade, e tinha que preparar algo que ela pudesse distrair, já que a pressão na agência estava cada vez mais pesada, parecia uma panela de pressão, literalmente, a equipe toda estava correndo de um lado pro outro, o telefone tocava a todo instante, estava simplesmente bombando.

É quando tenho uma ideia pro nosso encontro de quinta, eu mando uma mensagem pra um contato, antes do início da sessão de fotos.

Na parte da tarde eu tive apenas uma sessão de fotos com um modelo, que parecia que nunca tinha fotografado antes. eu me desdobrei para sair algo que prestasse realmente. o moço era lindo, tenho que confessar, mas sorria estranho. e me dava muita vontade de rir. ele sorria e parecia que tinha levado um susto. A todo momento eu me segurava para não rir da cara dele. Logo após a sessão, eu já comecei a editar as fotos, e provavelmente pouca coisa eu conseguiria salvar. O photoshop não era uma opção, não adiantaria fazer inúmeros retoques, pessoalmente ele continuaria estranho.

A verdade é que tirar fotos posadas, era mais difícil, muito posadas, como se a pessoa estivesse quebrada, ou com dor em algum lugar, nunca foi o meu forte, eu me virava, ganhava bastante dinheiro com isso, mas a fotografia "movimentada", como se estivesse literalmente congelando um momento, era essa que me fazia feliz por completo, eu gostava de fotografia espontâneas, de momentos intimistas, de shows, festas e etc, mas tenho que ir me adaptando conforme a maré. Eu tinha planos, de ter meu cantinho, e não necessariamente grande e luxuoso, eu gostava de coisas simples, e como minha mãe sempre me lembrava que eu era simples até demais. e era isso,mas a verdade que eu gostava sim de fazer coisas grandiosas pras pessoas que amava, mas pra me agradar era um simples gesto que fazia eu me derreter por completo.

Eu estava no estúdio, sozinha, quando sinto um perfume familiar se aproximar, era Emily, que surgiu atrás de mim, colocando aquela mão linda e enorme nos meus ombros.

- você vai ter que fazer um milagre com esse daí - ela diz rindo.

- e bota milagre nisso. por que ele ri tão estranho assim?

- Ele tem cara de assustado, né?

- pois é... eu darei um jeito. - digo empoderada

- Quer fazer alguma coisa depois daqui? - ela me questiona

- alguma coisa? - digo curiosa.

- Não sou muito boa nisso.

- nisso? - digo a intrigando

- essa semana vou ficar no loft. que fica próximo daqui, posso pedir alguma coisa para comer, se você não tiver algum outro compromisso depois daqui. - ela diz mordendo seu lábio inferior.

- poderia desmarcar qualquer outro compromisso.

- quem sabe você não avisa seus pais desta vez...

- avisar meus pais? - digo confusa

- que talvez sua chefe super exigente, - ela me olha com aqueles olhos tão vibrantes - vai fazer você trabalhar até mais tarde, e talvez não volte pra casa hoje

- ok, - digo rindo - mas não preciso omitir nada pros meus pais. Eles são de boa.

- que bom... - ela me dá um beijo no rosto, muito próximo a boca, eu poderia sentir o gosto da sua boca, ali a centímetros de distância, sinto um arrepio de imediato. ela sabia exatamente o que causava em mim. - Nos vemos mais tarde então.

Poucas PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora