𝐌𝐀𝐘𝐀 𝐍𝐔𝐍𝐂𝐀 𝐄𝐒𝐐𝐔𝐄𝐂𝐄𝐔 o dia que sua vida mudou completamente. O dia em que foi prometida ao herdeiro do clã Omatikaya, destinada a se tornar a próxima Tsahìk. Tudo o que ela conhecia e queria para si um dia foi apagado, para então tri...
TODO SEU CORPO DOÍA, os músculos quase não respondiam aos devidos comandos. Como se estivesse atrofiados.
Maya reconheceu que onde ela estava era um marui. Mas não o que ela dividia com os Sully, pois não tinha a bagunça típica é característica deles. Este estava mais vazio, e tinha uma visão direto pra praia.
Aos poucos, sua visão foi se endireitando, e os sentidos foram voltando ao seu lugar. Imediatamente, Maya se lembrou. De todo aquele conflito, sangue e morte. Se lembrou de Neteyam. A última coisa que recordava era de que ela estava nos braços dele, ambos sangrando o sangue que não deveriam.
Maya usou todas as forças que conseguiu pra se sentar, reprimindo um grito de dor quando seu abdômen se contraiu. O torso dela estava enfaixado. Maya colocou a mão sob o local no qual se lembrava de sangrar, recuando quando sentiu dor. Mas não era aquela dor exucrinante que ela se lembrava. Era suportável, mas ainda incômoda.
Ela estava sozinha no marui. Lá fora, o sol se punha devagar, deixando os céus alaranjados, mas ela foi capaz de reconhecer um pouco de roxo também, bem no limite da água. O eclipse estava se aproximando.
Reprimiu mais um grunhido dolorido enquanto se levantava. Se apoiou em uma das paredes ao sentir as pernas tremerem, quase incapazes de sustentar o próprio corpo. Ela se sentia extremamente fraca. Os músculos estavam quase vacilando enquanto ela dava os primeiros passos, mas logo começaram a se lembrar de como andar.
