O consorte do Imperador -Drarry- ABO

Quem merece usar o traje?

Não revisado

- Uma semana atrás -

Ultimamente, tive a sensação de alguém me seguindo. Sabia exatamente quem era.

Era Theodore. O concubino do meu marido.

"Muito bem. Então o conceito será um baile de máscaras."

"Foi muito bem recebido no reinado do Imperador anterior, então temos certeza que todos irão gostar."

"Mas com todos cobrindo seus rostos, a segurança terá que ser —"

Pausei.

"Vossa Majestade? O que houve?"

" — Cansativo."

O ministro da cultura me olhou com confusão. Virei minha cabeça e me desculpei pela grosseria.

Vi Theodore no corredor. Ele não estava olhando para mim, mas pude vê-lo falando com as suas empregadas.

"..."

Esse comportamento já ocorria há dias. Não era prejudicial, mas me incomodou sutilmente. Claro que quem mais se incomodou foi o meu lobo pois eu ainda tinha que ve-lo todos os dias em suas aulas. Quando olhei para Theodore de novo, o ministro me encarou e falou cuidadosamente.

"Vossa Majestade, quer falar algo sobre Senhorio Theo?"

"Ele não estava aqui ontem?"

"Sim, ele estava."

Ele olhou alternativamente entre eu e o escravo. Mordi meu lábio. Ontem, quando eu estava trabalhando em outra tarefa, ele estava por perto. Foi a mesma situação com outro ministro há dois dias atrás. O pior é que eu tenho que sentir o cheiro completamente enjoativo do qual ele emana, ver também a leve comparação que os empregados têm conosco pois ele tem mais presença lupina que eu. Aos olhos dos diversos ministros, parecia apenas um breve encontro, mas do meu ponto de vista não era uma coincidência.

Assim que continuei encarando-o, o ministro da cultura deu uma risada.

"Ouvi que elae tem estado por aí, mas não se preocupe muito, Vossa Majestade. É apenas um concubino de origem humilde e ainda não sabe a etiqueta real, mas ele irá melhorar."

Se demonstrar preocupação com alguém me perseguindo, por que isso me torna o único hipersensível? Fiquei ofendido com sua tentativa de me acalmar, mas mascarei isso.

"Vá agora."

O ministro andou pelo longo corredor, ainda olhando para mim e o escravo. Esperei alguns momentos até ele finalmente desaparecer, então pedi à Sir Dino para trazer Theodore até mim. Ele continuou a fingir conversar com suas empregadas e olhou surpreso para mim quando a cavaleira se aproximou dela. Depois de uns momentos de hesitação, andou em minha direção.

"P-Por que está chamando pelo Theo?"

Theodore se aproximou com um olhar assustado, enquanto suas duas empregadas ficaram defensivamente ao seu lado. Não há necessidade de perder tempo em uma conversa ociosa, então simplesmente fui direto ao ponto.

"Por que está me seguindo?"

"O que?"

"Não diga que não tem estado. Tenho lhe visto ao meu redor nos últimos dias."

"Ah..."

Theodore corou e cruzou os dedos. Não pude ver, mas pude adivinhar que estava mexendo os dedos dos pés também. Suas empregadas olharam ao redor com expressões assustadas, como se eu pudesse gritar por qualquer pequena provocação. Ordenei que as empregadas fossem para qualquer outro lugar, já que estavam deixando o ambiente desconfortável, e elas se afastaram hesitantemente.