12 - Diálogos tristes

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Tem um buraco na minha alma que está me matando há tempos

É um lugar onde um jardim nunca cresce

Tem um buraco na minha alma, sim, eu deveria ter imaginado

Pois o seu amor é como um espinho sem uma rosa

Aerosmith – Hole in my soul

As três mulheres foram as únicas que permaneceram no quarto de Madara, apesar de a equipe do lado de fora ter continuado em seus lugares por mais algum tempo sem obstruir o corredor, podendo gerar um problema imenso numa possível urgência. Dan Jackson ficou um tanto mais distante, ao lado de Hashirama e do Dr. Smith quando este chegou.

- O Dr. Smith me disse que você acordou sem dores. – As duas mulheres se aproximaram, enquanto que sua pupila parou aos pés da cama. – Está se sentindo bem?

Madara anuiu. Tinha gente demais ali, mas ele ponderou ser melhor dizer o que era preciso para não protelar a situação. - Sim. Só me incomoda ficar na mesma posição.

- Nós vamos começar a te ajudar com isso. – Tsunade se posicionou a seu lado, atenta as reações por parte do Uchiha. – Você vai precisar fazer alguns exames neurológicos para poder avaliar em que nível está de recuperação, e isso vai acabar se tornando um costume ainda maior agora que fez a cirurgia e vai começar a reabilitação. Nós precisamos garantir que você pode fazer os exercícios sem te causar qualquer tipo de dano.

Cada uma delas ficou de um lado oposto da cama para auxiliar o Uchiha, enquanto Sakura permanecia com o prontuário em mãos. Com isso o ângulo da cama fora novamente regulado para que Madara pudesse ficar sentado e ele se sentiu um pouco mais aliviado apenas por conseguir mudar de posição. A pressão em suas costas era bastante desconfortável.

Izuna se afastou um pouco no processo, ficando mais perto de Hashirama. Todos não se viam há um bom tempo e suas vidas estavam acompanhadas de tragédias horríveis nesse processo.

- Não posso te dar total certeza sem antes ter o resultado de tudo, mas está evoluindo bem. – Disse Mito. Ela falava menos do que Tsunade, mas não estava ali por acaso. – Vai ter que ser um pouco mais paciente para conseguir lidar com o tratamento já que nós vamos recomeçar tudo, mas acredito que dessa vez não vá ser tão difícil, por já estar acostumado.

- Você já tinha terminado o tratamento da primeira vez?

A pergunta veio de Hashirama, que entrou na linha de visão de Madara novamente. Ele sabia que o amado continuava arisco, mas esperava que pudesse permanecer ajudando. Estava mais recuado e um tanto ansioso e era difícil mascarar tudo isso.

- Sim. Depois do coma eu fiquei três meses internado, mas o tratamento que recebi foi só para manter a força nos braços. Isso foi o que me disseram. – As fisioterapeutas trocaram um olhar nesse momento. – O médico disse que não podia fazer muito por causa do choque medular.

Apesar de não ser da área Madara nunca se esqueceu de alguns termos. Izuna tampouco.

- É verdade que o choque medular deixa muitas dúvidas em aberto, mas não significa ficar de braços cruzados. – A loira balançou a cabeça, tentando não perder o foco. - Eu não quero colocar mais problemas na sua mente agora então prefiro trabalhar com o que nós tempos a partir desse momento. Posso garantir que você está em boas mãos.

Tsunade se posicionou ao lado esquerdo de Madara, enquanto que Mito veio pelo direito, ficando um pouco mais atrás.

- Eu só vou testar primeiro a capacidade do seu corpo de se manter em uma posição diferente sem auxílio de apoio. Quero que tente se sentar. – Madara anuiu, prestando atenção no que era dito por quem estava próximo a si. - Por não precisar de ventilação mecânica essa parte é um pouco mais fácil. Apenas me diga se sentir qualquer coisa de diferente.

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