Capítulo Três.

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Logo pela manhã eu já estava no hospital esperando para ver a tal garota sem nome, quando a enfermeira me deixou entrar, ela estava sentada na cama me olhando.

— Eai, você tá legal?

Ela acenou que sim com a cabeça. 

— Não vai falar comigo não? Fui eu que te ajudei, ou já esqueceu? 

Ela não falou nada, mas me olhava nos olhos.

— Tá bem - me aproximei da cama cruzando os braços - do que estava fugindo?

— De nada - disse de forma rápida. 

— Não mente, eu vi uma criatura lá na floresta. 

— Eu não sei o que era.

— Aquilo estava te perseguindo? 

Novamente ela acenou que sim com a cabeça e eu revirei os olhos, não sou um homem com muita paciência.

 — Você recebeu alta, se veste que eu vou estar esperando do lado de fora.

Eu saí da sala, fui na recepção pagar o hospital, quando me virei para trás a garota já estava lá, vestia as mesmas roupas de ontem, toda suja de lama, ignorei este fato e fomos para o meu carro.

— Onde você mora? 

Ela ficou em silêncio olhando para frente.

— Eu só vou perguntar mais uma vez, me fala o endereço da sua casa.

Ela fez um bico de quem iria começar a chorar.

— GAROTA, NÃO É PRA CHORAR! - acabei gritando com ela - EU TÔ TENTANDO TE AJUDAR, CARALHO, NÃO PERCEBE ISSO? 

Ela começou a chorar, eu liguei o carro e saí dali, ainda estávamos de frente ao hospital, eu andei alguns quilômetros e estacionei em uma rua mais reservada, travando a porta para que ela não fugisse.

Quando tirei a chave do carro, meu celular tocou. 

"Agora não Waka, tô ocupado! Daqui uns minutos eu retorno."

 "Beleza, me espera no prédio da Black Dragons então, eu chego antes do almoço."

— Black Dragons? - perguntou a garota me olhando.

— Isso não é da sua conta, ok? Agora me fala onde você mora - digo guardando o celular. 

— Eu, eu… eu sou da… Akatsuki. 

Ela falou e eu dei risada.

— Larga a mão de ser mentirosa!

— Por que eu estaria mentindo? - ela disse me olhando séria.

— Uma gangue como a Akatsuki não aceitaria pessoas do seu tipo.

— Você nem conhece a Akatsuki, tá falando do que? - ela tentou abrir a porta mas não conseguiu, pois eu havia travado - abre isso aqui, eu quero descer! 

— Vai descer o caralho e olha aqui - segurei seu queixo firme virando seu rosto para a minha direção - você trate de falar direito comigo.

Soltei seu rosto e liguei o carro.

— Para onde você está me levando? 

— Estamos indo para a minha casa. 

Chegando em casa nós descemos do carro, eu segurei em seu braço e a levei para o quarto de hóspedes, minha casa era enorme, tinha cômodos de sobra. 

— Me larga! - disse tentando puxar o braço.

— Cala a boca! - a segurei com mais força.

No corredor dos quartos encontrei Izana, ele tinha seu apartamento mas às vezes dormia aqui em casa, estava saindo da varanda, usava apenas uma cueca box e tinha um cigarro nas mãos.

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