entrelaços, enhypen.

❝aquele da declaração❞

(🔥)
Palácio Real Jeon.
Algumas noites atrás.
Jeon Jongseong.

Jongseong entrou no quarto que dividia com o marido. Estava cansado de um longo dia lendo relatórios e recebendo orientações de seu pai. Um dia ele seria o Rei. Um dia todo aquele trabalho que vinha fazendo desde de sua infância faria sentido. Essa era sua sina. Reinar.

Tirou o primeira camada de roupa, ficando apenas com uma camisa branca abarrotada. Tirou as botas apertadas e desabotoou o botão da calça e os três primeiros da camisa. Suspirou cansado e se jogou na cama.

— Seong, você chegou. — Escutou a voz melodiosa de Jihye.

Jihye.

Jongseong levantou a cabeça estranhando aquela voz. Ao levantar da cama, seu o olhar se direcionou a porta do lavabo.

Jihye estava ali parado.

— Jihye...é você?

— Sou eu, meu amor.

— Como...? Como você está aqui?

O Song estava vestindo uma camisola branca, o cabelo preto meio molhado pelo que parecia banho recente. Se aproximou do outro na cama e sentou ao seu lado. Jongseong não conseguia entender, e só conseguiu pensar estar alucinando.

— Jongseong, eu preciso te dizer algo, me escute com atenção. — Disse. O príncipe encarou os olhos do outro. — Você precisa virar a página, precisa esquecer o passado.

— O quê?

— Eu não vou voltar. — Pegou a mão do Jeon e a entrelaçou. — Eu não estou mais aqui.

— Por que não pode voltar? Por que não pode ficar comigo? — Jongseong disse aflito. — Jihye, eu te amo.

— Eu também te amo, Seong. Te amo mais do que qualquer coisa no mundo, acredite em mim. — Beijou a mão do loiro entrelaçada a sua. — Mas nosso tempo acabou.

— Não! A gente tem tempo, meu amor. Eu posso fazer tudo para você voltar. Eu prometo, eu vou achar um jeito.

— Jongseong, isso não é real. Eu não sou real. Eu não pertenço mais ao seu presente, e sim ao seu passado.

— O quê? O que quer dizer com isso?

— Jungwon é seu presente.

— Jungwon...

— Você está se reprimindo por minha causa. Está se perdendo, e não está se deixando sentir. — A mão livre seguiu para o rosto do Jeon. — Se deixe sentir, Seong.

Jongseong ficou em silêncio. Porque o que o outro dizia era verdade. Ele não pensou que pudesse sentir algo por outra pessoa além do Song, mas estava sentindo. Estava queimando. — Eu...eu consigo sentir. Eu sinto algo por ele, Ji.

Jihye deu um sorriso mínimo. Se aproximou do Jeon e lhe deu um selar na testa.

— Então não o machuque. Não o deixe ir, Seong. — Se afastou do outro. — Nosso tempo acabou, eu não posso ficar mais. Antes, preciso te dizer mais uma coisa.

— Eu não quero que você vá. Não pode ficar mais um pouco?

— Eu não quero ir, mas é necessário. — Disse. — Me escute, a vida é curta demais para você não se deixar viver, Jongseong. Você precisa reconhecer o que está dentro de você e o que te move. Eu quero que saiba que fui a pessoa mais feliz do mundo ao seu lado. E que eu me sinto grato por você ter me amado, e por não esquecer de mim. — Sorriu em meio às lágrimas que começaram a descer pelo rosto. — Siga em frente, Jongseong. Ame–o, adore-o, viva como se fosse o último segundo, porque pode ser.