❝aquele da carta❞

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Montanha de Cahala.
Pela manhã.

Sunghoon sentia falta dos encontros noturnos com Jaeyun. O Shim tinha lhe mandando uma carta alguns dias atrás dizendo que não poderia visita-lo por conta da sede. O Park compreendia, ainda sim sentia falta dele.

Entretanto, como bem se conhece Park Sunghoon sabe que ele não desiste fácil de absolutamente nada. Naquele dia estava disposto a visitar o Shim mesmo que para receber o sermão de "você nunca me ouve, não é?"

Seus pais nem o impediam mais porque confiavam nas decisões que o Park mais novo tomava mesmo que estas lhe parecessem um tanto duvidosas. Pegou seu cavalo no estábulo e se pôs a subir a floresta rumo a Montanha de Cahala.

Era começo de tarde e o sol estava bem no meio do céu brilhando sobre quem fosse. Não demorou muito pra que chegasse a casa do Shim, já sabia o caminho de cor. Vinha visitar Jaeyun muitas vezes quando este não poderia ou quando ainda estavam se conhecendo.

A movimentação na casinha escondida lhe pareceu estranha. Bateu duas vezes na porta mesmo que pudesse entrar de qualquer jeito, gostava de ser educado.

— Hoon? — Jaeyun abriu a porta minutos depois. — O que você está fazendo aqui?

— Te visitando, bobão. — Entrou sem convite. O Shim trancou a porta rapidamente. O Park se aproximou do outro e lhe deu um selinho demorado. — O que estava fazendo?

A pergunta foi parcialmente respondida por um barulho vindo da cozinha.

— Tem mais alguém aqui?

— Tem...

— Quem?

Antes que o Shim o respondesse, SungHoon já estava a caminho da cozinha. Jaeyun já estava acostumado com esse jeitinho curioso de SungHoon, até porque, se não fosse por isso não teriam se conhecido.

— Lee? — Constatou ao encontrar Heeseung sentado na mesinha com alguns panos melados de sangue.

— Park?

— Vocês se conhecem?

— Bem, frequentamos os mesmos lugares. — Heeseung se dispôs a responder. — O que você está fazendo aqui, Park?

— Eu pergunto a mesma coisa para você, Lee.

— Salvei ele de virar aperitivo de onça. — Jaeyun disse.

Seu olhar assustado se voltou para Heeseung fazendo – lê-se tentando – fazer um curativo na perna machucada. — Você está bem?

— Sim, foram só alguns arranhões. Ele chegou bem a tempo. — No final desistiu de enrolar o pano em sua perna, não dava conta de fazê-lo. — Ele também tentou fazer um curativo em mim. O que claramente não funcionou.

— Jaeyun é péssimo nisso.

— Eu notei.

— Ei!

SungHoon soltou uma risada. — Me desculpe amor, mas você realmente é ruim nisso. Deixa que eu te ajudo, Lee.

— Amor? Vocês... — Heeseung gesticulou para os os dois.

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