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Após o ocorrido com Draco Malfoy, Harry caminhou pelo corredor em direção ao café da manhã. Ao entrar no grande salão, as pessoas que conversavam baixo ficaram em silêncio imediatamente. O garoto então andou, com seus passos ecoando pelo local, até onde o diretor estava o aguardando, em pé.

— Bom dia, Harry, dormiu bem? — Ele perguntou e o garoto assentiu uma única vez.

— Perfeitamente. — Ele respondeu e o homem assentiu.

— Bem, enquanto você se adapta, pode se sentar conosco, há um lugar vago na mesa dos professores. — Ele indicou o lugar ao lado de um homem vestido com uma túnica totalmente preta e os cabelos oleosos. O homem olhava para Harry com rigidez e desconfiança.

— Certo, obrigado, Albus. — Harry agradeceu e então partiu em direção ao seu lugar. Harry se sentou ao lado do homem que o mal encarava e ignorou a rigidez no olhar dele.

— Bom dia. — Harry o cumprimentou educadamente. Ele foi ignorado, mas não deu a mínima.
Harry começou a comer então notou que era observado por alguém, ao levantar seus olhos Harry identificou quem seria. Uma menina loira que usava um uniforme com detalhes azul e bronze. A garota, que tinha um jornal ao contrário em suas mãos, sorriu para ele. Harry sorriu de volta para ela, e continuou a comer, ele sabia que em certa hora sua vida iria se cruzar com a daquela menina, mas não naquele momento. Ele viu que ela tinha uma aura de uma vidente, era inconfundível, ele sabia que a garota sabia mais do que demonstrava e era exatamente por isso que ela o olhava daquela maneira.

O jovem terminou seu café da manhã e se levantou, foi até o diretor e esperou ele terminar de falar com sua vice diretora. A mulher em questão desviou os olhos quando o garoto parou em frente do diretor de Hogwarts.

— Harry, querido, você gostaria de alguma coisa? — Ele perguntou e Harry assentiu.
— Irei me ausentar durante o dia, retornarei ao por do sol, não há necessidade de se preocupar comigo. — Harry avisou e então escutou alguém suspirar.

— Mas você não pode sair sem motivos, existem regras a serem seguidas aqui nessa escola, além de que, pelo o que foi dito, você não conhece bem o mundo mágico.— uma professora gordinha com vestes alegres falou e o garoto virou-se em sua direção.

—Eu não sigo as regras desse local por dois motivos. O primeiro é que eu não sou aluno, então não devo seguir que não me adequa. O segundo é que eu permaneço aqui como um residente, estou visitando, então, novamente, a explicação é a mesma. E sobre o mundo mágico: tenho certeza de que sei me virar, senhora. — Ele avisou e não esperou ser liberado, indo em direção as portas gigantes, ignorando os rostos chocados pela suas falas.

Albus suspirou e voltou sua conversa com Minerva. Ele não viu Severus Snape saindo logo em seguida atrás do garoto.

Harry estava caminhando pelo campo gramado que ligava o castelo a floresta, e quando chegou a orla, ele sentiu algo que não havia sentido antes. Ao passar a mão de uma árvore para outra e sentiu que aquela floresta estava doente. Ele nunca havia sentido algo daquela forma. Era diferente. Quando chegou no dia anterior, não notou e ele não sabia o que seria aquilo. Respirando fundo, ele passou a caminhar por entre as árvores, floresta a dentro.

Severus seguia o garoto a distância, até que, quando o garoto entrou na floresta, ele não conseguia mais vê-lo, apenas alguns poucos relapsos de seu manto entre as árvores. O garoto andou em ziguezague, e ele o seguiu pelo mesmo caminho, até que ele não o viu mais, ele havia desaparecido.
O homem, sem entrar em desespero, olhou para os lados e notou que, além de perder o garoto de vista, ele mesmo estava perdido.

Severus então, tentou continuar o caminho que achou que o garoto seguiu, quando ele passou por algumas árvores mais finas, ele escutou algo atrás de si e, rápido como uma cobra, ele sacou sua varinha e apontou para a pessoa.

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