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Harry sempre foi uma criança especial aos olhos de seus pais. Quando ele nasceu, essa foi a primeira coisa que sua mãe havia dito sobre ele.

—Nossa esmeralda é especial, Jamie, você pode sentir isso? — Ela perguntou olhando hipnotizada pelo garotinho, que dormia pacificamente nos braços da mulher.

—Sim, eu posso sentir, querida. — Foi o que o seu marido disse para a mulher, sendo capturado pelos olhos intensos do garotinho se abrindo e revelando um verde único, nada parecido com o de Lily.

Harry nasceu com os mais surpreendentes olhos verdes que seus pais já viram e, não era apenas o olhar do garoto que era marcante, não, era a aura poderosa que o garoto carregava por si só desde muito cedo. Sua magia era forte e eles podiam sentir isso de longe.

O único traço que Harry carregava de seus pais, no entanto, além dos olhos verdes como os de Lily, era o nariz de James, pequeno e arrebitado, pois todo o resto era um mistério para eles, ninguém sabia com quem ele se pareceria no futuro, mas isso não era uma discussão de fato em casa, era apenas um detalhe que ambos os pais não ligavam muito.

Quando Harry completou 7 meses de vida, todos seus amigos, os que podiam visitá-los, notaram que Harry era diferente, ele era único.

— Ele é uma criança linda, mas eu gostaria que se parecesse mais com vocês. — Comentou Sirius Black, um dos poucos convidados para a noite de comemoração do 7 mês de vida de Harry.

— Está tudo bem, Padfoot, Harry é único e merece ter sua própria aparência. — Respondeu James olhando com olhos adoradores para seu lindo filho— Ele tem sua própria aparência e nós amamos isso nele — O pai comentou. O homem então suspirou, mas assentiu, não querendo contrariar seu primeiro e melhor amigo.

Com o passar do tempo, além da aura incrível e poderosa que Harry carregava, coisas estranhas começaram a acontecer também. O fato de todos naquela casa serem bruxos e bruxas tornou esses acontecimentos pequenos, pois, era natural coisas incomuns acontecerem ali.

Mas existia algo a mais em Harry.

Lily estava num dos raros momentos do lado de fora de casa, tomando sol com seu pequeno. Eles já estavam escondidos a meses por conta da profecia que Albus Dumbledore havia escutado de uma vidente e os alertou sobre a possibilidade de atingir seu filho. No início eles não queriam se esconder, mas após Albus relatar a importância de ficarem sob o feitiço Fidelius, eles cederam e se esconderam em um velho chalé próximo a uma cidade trouxa.

Harry estava brincando dentro de um pequeno cesto, o sol das 7 da manhã banhava seus cabelos cor ébano. Ele estava brincando com a pelúcia de lobo que Sirius havia lhe dado em sua última visita, o garoto adorava aquele brinquedo, mas acabou deixando de lado quando inúmeras borboletas começaram a rondar seu pequeno corpo.

Lily só notou os pequenos insetos voadores quando eles cobriram o corpo do garotinho e Harry gargalhou, a mulher ficou preocupada de início, mas então resolveu não intervir. Seus olhos se arregalaram e ela entrou em choque quando Harry desapareceu, em meio as borboletas, que de repente voaram e então o bebê já não estava mais dentro do cesta.
Lily ficou desesperada, durante dois segundos a mulher olhou para todos os lados possíveis e começou a chorar de preocupação. Até que ela ouviu a risada gritada de Harry novamente e notou que o garoto estava do lado de dentro da casa, no banco da janela, com suas palmas das pequenas mãos apoiando no vidro e rindo das centenas de borboletas multicoloridas que faziam um show a parte no quintal do chalé, algumas das borboletas estavam lá dentro com ele também, voando pela sala.

Lily respirou aliviada e então entrou em casa. Alcançando Harry e pegando seu filho no colo com toda a possessividade que apenas uma mãe assustada poderia ter. Ela beijou sua cabeça, enquanto Harry estava fascinado pelo show que os insetos faziam do lado de fora e no lado de dentro.

Dream BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora