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Invadir o escritório de Albus Dumbledore e pegar o anel com o pedaço de alma foi extremamente fácil. Mas Harry não esperava achar um livro com um pedaço de alma naquela mesma gaveta. Ele analisou o objeto e constatou que era antigo e mal feito, mas a magia ruim ainda estava lá.

O garoto suspirou e pegou os objetos, tomando cuidado para nunca tocar em sua pele e seguiu caminho para o seu dormitório.

Ele adentrou seu quarto e dispôs todos os objetos em no chão.

Ele ouviu uma vez Inês dizer que coisas feitas com o intuito de machucar mereciam ser destruídas em uma cama de sal grosso. Ele não tinha sal grosso ali, mas iria pedir a sua mentora um pouco. Ele escreveu um bilhete e então sentiu os ventos passar através de suas janelas e então as borboletas saírem de todos os lugares, cobrindo o bilhete e então levando consigo.

Três segundos depois não havia sequer uma borboleta ou bilhete no quarto de Harry.
O garoto respirou fundo e voltou a guardar os objetos em sua bolsa jeans, que ele havia ganho de Camila, uma entidade conhecida como Sereia Iara que fazia parte das poucas entidades que Inês confiava o bastante para chegar perto dele. eles haviam se conhecido em um de seus aniversários.

Ele suspirou e passou a planejar seus próximos passos.

Ele iria destruir esses objetos e então seguiria pro próximo passo que seria matar a cobra. Mas isso ele faria quando pudesse dar um ponto final em tudo, até lá, ele iria se resignar em estudar Voldemort e invadir seus sonhos.

Ele se deitou, finalmente, para dormir e sentiu os braços de Morpheus o cobrir.

Harry não invadiu sonhos naquela noite, ao contrário, seus sonhos foram invadido com visões.
Ele as tinha regularmente e Inês o ensinou a interpreta-las.

Ele estava em frente a uma varinha, e então um raio verde o atingiu. Morte e vida. Felicidade e Tristeza. Sorriso e choro. Companhia e solidão.

Os opostos do mundo frente a frente ele precisava fazer uma escolha.

Harry acordou no dia seguinte apenas, com sua mente trabalhando a mil por hora e a compreensão vindo em alguns segundos. Ele soube, então, que, antes de matar aquele monstro horroroso com cara e pele de cobra, ele precisaria morrer.

Harry acordou após sonhos intensos e revelações que ele levaria um tempo para digerir. Mas sabia que teria de aceitar seu destino hora ou outra.

Harry se levantou para começar o dia e sorriu quando viu um saco de estopa da cor bege em cima da escrivaninha, ao lado de sua bolsa. E bem em cima do saco de tamanho considerável, estava uma borboleta que ele conhecia muito bem.

— Obrigado Inês, o sal será imprescindível para que eu complete essa missão. — Ele falou e então suspirou, pensativo — Se alguma coisa acontecer comigo, saiba que eu estive muito feliz e orgulhoso de ter sido seu filho adotivo, depois de Tutu, óbvio. — Ele comentou rindo em chorando ao mesmo tempo.

Inês não estava em pessoa ali, mas ele pode sentir-se abraçado por ela, mesmo que estando longe de tudo que ele conhecia e considerava um lar.

Ele olhou o horário e não passava das cinco da manhã. O garoto, então, suspirou e pegou o saco, jogando uma camada grossa no chão de pedra, em forma de círculo. Ele alternou os círculos de sal com terra úmida e preta, que ele havia recolhido no dia anterior da beirada do lago estranho que tinha perto do castelo.

Ele então conjurou velas brancas e vermelhas, acendendo elas com um isqueiro que tinha. Após montar o círculo de purificação, ele, então, selecionou e dispôs os objeto inanimados em cima da cama de sal. Ele puxou a espada de cima da mesa que sua bolsa descansava e então começou a cantar.

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