9

727 116 15
                                    



Passaram-se dois dias de pura tensão no castelo.

Albus tinha medo do que viria a seguir, no dia seguinte. A tensão era tão palpável que até os alunos começaram a sentir-se desconfortáveis.

Harry, pelo contrário, exalava uma energia pura e única. O garoto tinha suas certezas e garantias e não temia nada, apenas vivia sua vida tranquilamente, e isso incomodava Albus em um certo ponto. Como o garoto conseguia ficar tão tranquilo quando existia uma guerra na porta de sua casa?

Era cedo pela manhã, o garoto acordou após mais uma visita no sonho de Voldemort. Ele tinha certeza de que isso foi a gota d’água para o bruxo e sorriu quando sentiu que sim, as coisas estavam se concretizando.

A primeira coisa que ele fez foi se levantar e se preparar, quando ele chegou ao grande salão, o boato era um único: Draco Malfoy havia tentado matar Albus Dumbledore, mas não conseguiu e estava foragido.

Harry sentiu a energia pesada do lugar se instalar e então ele teve certeza, havia chegado a hora.

O garoto, saindo do castelo pela tangente, saiu em direção a floresta proibida, mas dessa vez ele não iria visitar Sirius e Remus, ou ir ao banco para uma visita corriqueira aos Goblins.

Não.

Harry tinha um destino único e perigoso. O garoto atravessou as árvores e então chegou onde deveria chegar.

A mansão antiga e um pouco decadente do lado de for. Parecia que a casa estava inabitada, mas ele sabia que não, existia alguém ali, duas pessoas, e isso era perfeito, pois ele não ficaria cansado em lançar sua ilusão em mais de cinco pessoas ao mesmo tempo. Cinco era seu limite.

O garoto andou pelas árvores e se aproximou da entrada principal da casa, que se abriu silenciosamente para ele. Harry sorriu aberto e continuou.

O garoto então liberou sua magia para o mundo, rastejante e impregnante, enquanto ele começava a cantarolar uma música de ninar, a mesma que Inês usava em seus feitiços e o mesmo que ele escutou sua vida toda e passou a usar.

Era chegada a hora de terminar esse show de horrores. E ele estava mais do que pronto para o ato final.

Voldemort, como sempre antes de um ataque, deixou a mansão Malfoy para meditar em um local seguro e silencioso.
A meditação sempre deu a ele reservas de forças inimagináveis. O homem tinha um objetivo e ele precisava ser forte magicamente falando.

Com ele estava apenas um guarda, que estava no Hall de entrada e sua amada cobra, Nagini.

Ele estava com os olhos fechados, Nagini estava próximo, aproveitando o calor que a lareira produzia.

O homem então sentiu uma magia além da sua e ficou em alerta, ele abriu os olhos e se levantou.

Nana neném, que a cuca vem pegar... — o cantarolar que ele conhecia muito bem, de seus sonhos, soou em seus ouvidos mais real do que nunca, como se a pessoa estivesse cantando ao seu lado.

O homem olhou em volta na sala e constatou que estava sozinho. Mas a pressão que a magia desconhecida produzia e a música de ninar dizia o contrário pra ele.

— Quem está aí?! Saia e se revele, se não quiser morrer — Ele ameaçou olhando para os lados assustado.

— Oh, Tom, você está tão nervoso... — a voz risonha de Harry falou, sua voz tomada pelo riso. O homem sentiu sua pele reptiliana se arrepiar e uma sensação de morte tomar sua consciência.

— Saia de onde estiver Harry Potter ou não serei misericordioso. — Ele ameaçou novamente e o som de um riso ecoou pelo quarto. Como um eco.

— Você não quer me ameaçar? Ou quer? — Ele perguntou ao homem, a sensação de sonolência atingindo o mago imediatamente. Voldemort lutou contra essa sensação, ele não iria ceder a essa magia, ele não era um fraco. Ele lutou e olhou em volta, abriu todas as portas e armários não achando nada. A magia vinha em ondas calmantes e o homem estava em seu limite.

Dream BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora