Flor De Lótus, Jikook [Spin-Off De Apófis]

𓆘 Nascido do Sangue 𓆘

Olá, demorei mas cheguei, né? Me desculpe, escrever últimos capítulos é sempre difícil e trabalhoso, um verdadeiro desafio. Mas espero que gostem desses 9k ❤

Não esqueça de votar, comentar, prestar bastante atenção, ler com calma e ter compreensão também. Se jogue e sinta!🐍

⚠ Atenção: Esse capítulo contém cenas de tortura e sangue. ⚠

Eclipse

- Por favor, não vá!

A voz quase desesperada soou alta, fazendo Apófis virar-se para trás imediatamente, encolhendo ligeiramente os ombros e todo o seu rosto enevoou-se de sentimentos quando capturou a imagem dos mirantes brilhando por lágrimas presas na esclera dos olhos, cheio de preocupação e tristeza.

A expressão fechada e endurecida do demônio escondia o medo e a melancolia que o atravessava em formas nubladas através de seus olhos esverdeados.

Ele respirou fundo de frente para o menor.

- Eu preciso ir... - Murmurou numa falsa calma, sentindo um nó se formar em sua garganta. O demônio do caos nunca sentiu medo em toda a sua existência maligna, mas naquele momento, todos os seus ossos tremiam. - Se eu ficar, meu destino será certo.

O espanto transformou o rosto do discípulo quando começou a negar veemente com a cabeça, fixando seus olhos nas íris verdes do outro. Ele se aproximou mais alguns passos apressado e pegou no braço de Apófis, dizendo resfolegado:

- Vocês dois não sabem! - Respirou de maneira falha enquanto poças de lágrimas emergiam dos olhos simultaneamente. - Pode ser que seja outro castigo vindo dos Deuses, e não... - E engoliu um pouco amargo só de imaginar a suposição de condenação, mas procede sem entrar naquele maldito assunto, determinado: - Mas, se tentar fugir com Rá e o Ennead descobrir, então esse destino é certo, senhor.

Apófis engoliu em seco enquanto o observava em silêncio, apenas sentindo o toque dele em um dos braços e o punho comprimido ao lado do corpo do outro; sentindo seu coração congelar sempre que seus olhos notavam uma nova linha de clemência no rosto do discípulo. O garoto era magricela e palmos mais baixo, com cabelos castanho queimado. Se ainda fosse um ser humano mortal e comum, seria o que chamam de adolescente.

Ele move os olhos para o chão, sentindo o peito queimar como se tivesse comido faíscas do próprio sol e respirou fundo todo o ar que nem sequer lembrava ter prendido antes de tentar argumentar com o discípulo.

Os cantos de sua boca mantinham um sorriso murcho e sem humor.

- Não se deixe enganar, peste. - Sua boca seca ao responder depois de minutos, chamando pelo apelido que, num passado distante, soou mais afetuoso. - Você sabe qual será o nosso destino, não feche os olhos para ele, por favor. Não se iluda. - Abana a cabeça quando a eleva para olhá-lo novamente, vendo o momento exato em que os lábios dele crispam numa linha reta e a primeira lágrima, que antes lutou tanto para não derramar, formou um leito volumoso escorrendo por sua bochecha até o precipício do queixo.