Flor De Lótus, Jikook [Spin-Off De Apófis]

𓅊Nascido do céu𓅊

Seja bem vindo ao primeiro capítulo. Comente bastante e não esqueça de votar!🐍

Link da playlist na bio do perfil! #CobrinhaDeLótus

[Song: Little Dark Age]

Lua Nova.

Batalhar contra Apófis e impedi-lo de que destruísse sua embarcação certamente era um dos encargos mais cansativos do deus sol, principalmente quando teria que repeti-lo tantas vezes durante o fim de um novo dia que se sucedia. Resistindo inclusive aos encantos da pupila semelhante à de uma serpente, fixa e mortal, para que não fosse levado por pura hipnose.

O gigantesco animal rodeia abaixo da proa da barca de Rá, que sobrevoava as inúmeras nuvens e cumulonimbus escuras no céu ainda noturno, fazendo-o chacoalhar e quase tombar para o lado.

Respirou fundo, exausto e ofegante. Recobrou rapidamente seu equilíbrio e viu de relance a ponta da calda de Apófis sumir entre as nuvens carregadas, escondendo-se dele em sua versão de serpente; não humano.

Por rápidos segundos ele olhou para o além do céu escuro, das estrelas e das nuvens brancas, afastando alguns fios dourados do rosto para trás.

Sua vontade era obdicar dalí.

Abandonar aquele barco, aquela briga infeliz e deixar, pela primeira vez desde que o sol, o ar, a água e o solo foram criados, que Apófis ganhasse a luta.

Sempre fôra assim desde a criação. O demônio renasceria nas noites através da escuridão, tentaria ganhar o título de deus criador, pertencente a Rá, e após matá-lo e obter o que queria, por fim, teria poder o bastante para que nenhum dos deuses egípcios atrapalhasse seus planos de disserminar caos e destruição. No entanto, Rá nunca permitiria que tal ato fosse realizado.

Então protegia os céus, fazendo a graça da manhã de seu poder nascer nos horizontes após matá-lo.

Se o seu sol não nascesse, além de anunciar a morte do deus criador e a derrota do Egito, tudo que constitui o planeta ficaria congelado. Rios, mares, plantas e humanos deixariam de existir, enquanto tudo seria dominado por demônios.

Demônios de Apófis.

Ele respirou fundo, seus olhos não abandonando a paisagem.

Observou seu sol divino dar indícios de nascer outra vez nos horizontes, anunciando sua mais nova e insignificante conquista. Estava na hora de matá-lo de vez e deixar aquela luta cansativa para a noite do dia seguinte.

Quando a serpente gigantesca sacudiu sua barca outra vez, querendo desestabiliza-lo. Rá transformou rapidamente seu corpo em sua versão celestial e, com uma grande lança que emergiu de um clarão sobre suas mãos, ele começa a voar entre os céus.