(Concluída) - O Deus do sol, Rá, havia nascido magicamente de dentro das pétalas de uma flor de lótus, autocriando-se como uma pequena semente em meio do mar celestial vazio e cristalino. Em seguida, ele fez a terra surgir, o ar fluir e a água jorra...
Demorei? Sim! Mas cheguei, com o antepenúltimo capítulo de Flor de Lótus.
Não esqueça de votar e comentar bastante, viu, e boa sorte...🐍
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Lua Quarto-crescente
- O que houve, Shu? - Tefnut, a deusa da terra, perguntou ao se aproximar do irmão mais velho; ele tinha o rosto erguido e os dois pares de olhos azuis fixos no céu sagrado do Duat com muita atenção.
O peito do deus sobe e desce rápido enquanto ele respira fundo, virando o rosto para a irmã quando ela parou ao seu lado.
Morde a bochecha por dentro e nega com a cabeça.
- Eu não sei... - Ele disse baixinho. - Sinto algo estranho sendo transmitido para meus sentidos através do ar, mas não sei identificar o que é exatamente.
- É uma intuição? - Ela insistiu, franzindo a expressão.
Ele maneou a cabeça em sua resposta honesta e desviou, começando a sentir um nervosismo correr por sua corrente sanguínea.
- Algo como isso. - Concordou com a cabeça, alheio e incomodado com seus próprios julgamentos. O coração pesando no peito. - É como se eu sentisse a escuridão e a luz se fundindo nos ares do Egito... - Fechou então os olhos, entregando-se àquele sentimento incômodo e em busca de entender mais dele.
Tefnut arqueou as sobrancelhas e se aventurou a olhar na direção do mesmo céu azul acima de suas cabeças. Claramente o deus do ar não estava se referindo a tal, e sim ao céu do mundo dos humanos.
A deusa ficou um pouco aflita, pois naquele momento, uma batalha ardente entre Apófis e Rá estava acontecendo nos céus de mais uma madrugada do mundo humano, abaixo de seus pés.
Ela começou a sentir uma pequena preocupação começar a crescer.
Shu era o deus da atmosfera, também o responsável por separar o céu da terra. Vê-lo tão incomodado alertava a deusa.
- Acha que Rá pode estar em apuros nas mãos de Apófis? - Ela perguntou um pouco impaciente.
- Não sei dizer... - Shu abre os olhos outra vez. - Esse sentimento é diferente de todos os outros que já senti algum dia. - Exausto de reprimir aquele sentimento incômodo, ele disse: - Eu vou descer e averiguar se está tudo bem com Rá.
De repente, ele estava tão nervoso quanto a deusa. No entanto, Tefnut concordou rapidamente, incentivando o irmão mais velho.
- Faça isso e tome cuidado com as hordas de demônios de Apófis. - Ela disse e viu o irmão apenas acenar de volta e metamorfosear-se totalmente em uma rápida fumaça transparente no ar, sumindo na atmosfera como o próprio vento soprando seus cabelos.