Capítulo 5

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Arthur's Pov

Chegamos ao aeroporto e ao entrarmos no avião, a aeromoça nos disse que poderiamos escolher nossos lugares, Balu,Rubens e Carina foram direto para a primeira classe, vi Dante seguindo para o fundo do avião e resolvi ir com ele, no meio do caminho notei Erika passando pelo outro lado só para evitar passar do lado de Clarissa e sentando no meio do avião na janela, sentamos nos nossos lugares e não demorou nem dois minutos para eu cair no sono, mas após um tempo escutei Dante me chamar

Dante-Arthur!

Arthur- Hãm? oi? que foi?

Dante- Desculpa não queria te acordar

Arthur- Não, relaxa, tranquilo- limpei a baba que estava na minha boca

Dante- Você acha que vai ficar tudo bem com eles?- Ao fundo escutamos Balu berrando para um filme

Arthur- Com eles?- soltei uma pequena risada apontando para a direção do som

Dante- Bom você lembra o que aconteceu da última vez- ele abaixa a cabeça- só estou preocupado

Arthur- Eles vão se sair bem, vai dar tudo certo

Dante- E quanto a ela?- ele aponta com a cabeça para onde Erika estava

Arthur-Acho que ela merece uma chance...

Dante- Não só sobre isso, acha que ela vai ficar bem? A ordem não tá exatamente do lado dela, não sabemos da história dela com o Gal e tem esse selo das máscaras, a cabeça dela pode tá a prêmio

Arthur- Tá preocupado com ela?-percebi uma minima tremida na sua expressão de sempre

Dante-Apenas preocupado o quanto os problemas dela pode nos afetar

Arthur- Sei...- ergui uma sombrancelha e o encarei um pouco, mas ele nem se mexeu- de qualquer forma vamos estar bem longe, não acho que os problemas dela vão nos seguir até lá

Dante- Espero que não...

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Erika's Pov

Chegamos na Itália, todos pareciam encantados com tudo, até mesmo Dante parecia ter desfeito sua cara séria de sempre e mostrado um mínimo sorriso, Carina já devia estar acostumada com a vista então apenas parecia feliz em ver a alegria de seus companheiros, e eu estava com a cara mais amarrada do mundo, ao chegarmos recebi uma ligação dizendo que não poderiam mandar minha moto para cá e que para evitar problemas internacionais eu não estava autorizada a dirigir aqui, mas minha feição brava se desfez assim que chegamos na mansão dos Leone, mansão? Aquilo parecia mais um um castelo

Carina- Bem vindos a minha casa

Rubens- Casa?

Erika- Achei bem humilde, o que foi? não venderam o resto da cidade pra vocês e tiveram que fazer um tamanho menor?

Dante- Belo jardim- olhei para ele e o vi andar na grama e cheirar umas flores

Erika- Você fica a vontade fácil né?- ele apenas virou para mim e deu os ombros, fomos caminhando em direção a enorme porta da mansão

Ao chegarmos Carina toca a campainha e aguarda, mas ninguém responde e ao abrir a porta o sorriso que estava no rosto dela se desfaz de maneira brusca, virei para onde ela estava olhando e travei na hora, não pelo sangue todo que pintava o chão e as paredes de vermelho, nem pelos corpos espalhados pelo chão, não era minha primeira vez, eu já vi aquilo milhares de vezes, eu sou médica ja vi muito sangue nessa vida, não é nem minha família, então por que meus pés não saem do lugar? Fui tirada do meu transe por Balu passando por mim com seu machado, ao virar vi Carina abaixada e Dante oferecendo a mão para ela, tirei duas kunai do meu sobretudo e fui com Balu

Carina- Não era pra estar assim-disse vindo atrás com Dante

Erika- Ufa, achei que fosse decoração padrão de casas da máfia- Sussurrei e Balu me deu uma cotovelada olhando com cara feia- Não me olha assim, com quem você acha que aprendi a fazer piadas em péssimos momentos- eu o encarava de volta

Fomos até uma sala de estar onde encontramos com três zumbis de sangue, eu estava para trás e antes mesmo de chegar eles destruíram os bichos, de dentro da sala pude ver Carina pedindo para Dante checar se algum dos corpos tinha o brasão da família dela, vi ele passar por mim, mexer nos corpos e em um deles tirar um brasão ensanguentado  guardando-o no bolso, o que me deixou curiosa, o segui até mais perto quando ele passou por mim e o ouvi dizer que não tinha encontrado o brasão nos corpos, não consegui identificar no rosto dela nenhum sinal se tinha acreditado ou não, ela levantou e foi para a outra sala e ao se virar Dante deu de cara comigo o encarando

Dante- O que?- apenas olhei em direção a ela e de volta para ele

Erika- Adiando o inevitável?

Dante- Ela merece poder sofrer em paz e no tempo dela, mas não vai conseguir ter isso agora no meio da missão

Erika- Ela merece a verdade

Dante- Mas não agora

Erika- Ela devia decidir isso

Dante-E em que isso ajudaria agora? não dá pra trazer os mortos de volta de qualquer jeito- antes que eu pudesse responder ouvimos tiros da outra sala e ao corrermos para lá, vimos Clarissa finalizando mais alguns zumbis de sangue

Clarissa- Vocês tavam demorando demais

Carina- Vamos o cofre fica por aqui- ela arrasta uma das geladeiras que já estava entreaberta revelando uma passagem

Entramos e seguimos por um corredor e ao fim dele vimos a porta do cofre que estava entreaberta, Carina foi até lá e fechou pois queríamos ver as outras salas primeiro, fomos em uma e achamos a sala de armas e ao lado uma sala de computadores, e lá olhamos as câmeras de segurança.
Mesmo sabendo que isso não seria possível, eu podia jurar que senti meu coração parar no momento em que vi Gal, meus pulmões também desligaram  quando senti olhares sobre mim, tentei permanecer com a expressão mais neutra possível e assim que todos saíram em direção ao cofre pude sentir o ar voltando a circular no meu corpo

Balu- Tá tudo bem pequena?- ele disse me tirando do transe que eu nem notei ter entrado

Erika- Claro- sorri para ele

Ao abrir o cofre percebi que a sensação que senti segundos atrás era fichinha perto do pavor que eu estava sentido naquele momento, já não bastava o choque inicial ao ver o que seria o pai da Carina em processo de transformação de um zumbi de sangue preso em uma espécie de coleira, atrás dele de um enorme símbolo de onde sai o próprio diabo

Erika- Me diz que vocês tão vendo o mesmo que eu, por que se vocês não estiverem vendo o diabo pode me internar agora

Ele começou a falar de pacto e de seus filhos e que não estava com o Kian, pelo menos foi o que eu entendi, pois meu cérebro resolveu fugir e me deixar para trás, Clarissa até tentou atacar-lo mas foi facilmente contida, Balu o acertou porém não pareceu surtir nenhum efeito, apenas enchendo seu machado de veias, o pai de Carina se aproximou com uma caixa nas mãos que ele tirou não sei de onde e após o mesmo cair no chão, o Diabo simplesmente sumiu dizendo algo que não entendi

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