O8.

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Como de costume, enquanto eles estavam no intervalo, Seeun foge para os armários. A nota de hoje não é como as outras que ela enviou antes, é apenas ela reclamando de seu professor de educação física por forçar sua aula a durar dez minutos a mais do que o normal.

Mas assim que ele viu o armário de Hyunjin, seu estômago revirou. Havia um bilhete, mas estava colado na porta. Se não fosse pelo fato de dizer “Para a menina anônima”, ela pensaria que outra pessoa estava escrevendo notas para ele.

Confirmando que ninguém está passando pelo corredor no momento, ela retira a fita para liberar o bilhete. Assim que ela coloca no bolso, ela corre para os banheiros. Jisung está esperando por ela no refeitório, mas isso parece ser mais urgente. Ou seja, a autora das cartas anônimas recebeu sua própria carta.

Subiu as escadas até o segundo andar, evitando esbarrar nos alunos que estão parados no corredor ou passando. Ela viu seu irmão com o canto do olho, mas ela está tão cheia de adrenalina que não está realmente interessada em ver por que ele está parado na porta de sua sala de aula.

Ela chega aos banheiros e vai até o último cubículo, depois de se trancar nele, abaixa a tampa do vaso sanitário e senta nele.

Ela tira o papel do bolso e o desdobra, tremendo na hora. Ela entra em pânico ao imaginar que Hyunjin escreveu isso pensando nela, pensando que ela iria ler, e ao mesmo tempo ela não consegue parar de sorrir. Que tipo de feitiço Hwang colocou nela para deixá-la naquele estado?

Ela lê cada palavra, sem entender o que está lendo a princípio. Ela está muito animada. Mas quando ela o relê, seu coração para.

Ele quer conhecê-la? Sim, ela sabia que tinha essas intenções graças ao que Seungmin havia lhe contado, mas não imaginava que o deixaria saber de seu desejo através daquela mensagem.

Ela não seria capaz de marcar uma data e pedir para Hyunjin se encontrar, seria horrível. Ela podia imaginar os piores cenários caso eles se conhecessem. Ou melhor, se ele descobrisse que era ela estava atrás das notas.

Seeun poderia ficar na frente de Hyunjin e brincar, fingir que eles iriam se casar com um anel feito em casa. Mas a anônima não conseguiu sair de seu esconderijo de cartas feitas à mão. Ela não estava gostando dessa vida dupla que criou.

[...]

Como esperado, depois de sair do banheiro, ela foi procurar por Jisung. Ela queria contar a ele sobre o bilhete, mas não tinha certeza se queria. Na verdade, ele só queria a opinião de Seungmin. Ele conhecia Hyunjin melhor do que ninguém e sentiu que poderia lhe dar conselhos mais apropriados.

Seungmin disse a ela por mensagem que chegaria um pouco tarde em casa, pois iria na casa de Felix, então seu desespero foi maior a tarde toda pois não contava em ter que esperar por ele.

Precisava de conselhos logo, pois sua impulsividade acabaria levando-a a fazer algo de que se arrependeria em um futuro não muito distante. Ela até pensou em pedir ajuda a sua mãe, mas quando foi para seu quarto a encontrou dormindo em sua cama. Ela soube imediatamente que ela estava cansada, então não quis incomodá-la.

Ela finalmente desistiu e decidiu ir para a sala assistir a um filme. No momento em que ela decidiu o que queria ver, a porta da frente se abriu e Seungmin entrou, cantarolando uma música alegre.

— Seungmin, graças a Deus você está aqui. — Ela se levanta rapidamente, para correr para o corredor. Ele a olha curioso, parando de cantar-preciso falar com você.

— Aconteceu alguma coisa ruim? — Sua felicidade despencou para se tornar medo. Seeun encolhe os ombros, incerta.

— Recebi uma carta de Hyunjin... — Ela murmura, tirando do bolso da calça o papel que leu pelo menos sete vezes. Seungmin pega, para ler sozinho. — Não sei o que fazer.

Seungmin entra em casa e senta no sofá enquanto lê o papel. Seeun o segue, sentando ao lado dele esperando por uma resposta.

— Tenho muitas perguntas. — Falou, devolvendo o papel — Primeiro, como você conseguiu a carta?

— Estava preso no armário dele e eu encontrei quando fui entregar outro bilhete, ele disse que era para a “anônima”, então tirei.

— E... você não gostaria de aceitar? Quero dizer, não acho que seja uma má ideia.

— Eu não posso, Seungmin. tenho muito medo que ele me rejeite e que não continue falando comigo. Eu sinto que estamos criando um vínculo e não quero estragá-lo.

— O que você vai dizer a ele então?

Seeun suspira, inclinando a cabeça contra o encosto do sofá. Se ela soubesse que Hyunjin sentia o mesmo por ela, mesmo que um pouco, ela faria isso sem hesitar. Mas ele era apenas o melhor amigo do irmão, era assim que eles se conheciam e era muito difícil que as coisas mudassem a seu favor.

— Você sabe se Hyunjin gosta de alguém? — Ela pergunta. — Quero dizer, vale a pena tentar ou continuar mandando aquelas cartas para ele?

— Seeun, continue fazendo isso, acho que você não perde nada. E se você não estiver pronta, diga a ele que ainda não quer contar a ele quem você é. — Seungmin propõe.

— Obrigada.

— Não há de quê.

Ela sorri, olhando para o irmão. Ele sorri de volta para ela.

Mas quando ela tem essa visão, ela percebe algo que a surpreende.

— Você tem um chupão? — Ela pergunta, enquanto se senta, apontando para o pescoço.

Seungmin é rápido em esconder e negar, ainda rindo nervosamente.

— Não, não, ontem à noite fui picado por um mosquito. eu deixei a janela aberta a tarde toda por engano.

— Mmm... entendo. — Ela murmura. A garota decide se levantar para ir para o quarto. — Não estamos na época dos mosquitos...

 — Não estamos na época dos mosquitos

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𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐇𝐘𝐔𝐍𝐉𝐈𝐍. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora