14.

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Seeun ficou tão nervosa que não teve coragem de sair da sala de aula. Ela teve medo o dia todo de encontrar Hyunjin na escola, no corredor ou em qualquer lugar. Na verdade, ela veio para a aula mais cedo para deixar o bilhete para ele o mais rápido possível e evitar ser vista por ele.

Ela sabia que, mesmo assim, eles iam se encontrar, mas até esse momento chegar, ela evitaria a todo custo.

É por isso que seus amigos concordaram em ficar com ela na sala no almoço. A única parte difícil foi sair furtivamente do refeitório com suas bandejas para trazê-las para a sala.

— Eu acho que para uma próxima festa eu não vou deixar você sozinha por um segundo. — diz Jisung, sorrindo. Seeun olha mal para ele, porque ela não precisa se lembrar de mais coisas daquele dia. — Me desculpe, me desculpe.

— Gostaria de entender como tudo isso aconteceu. — Hannah pergunta.

— Jisung me disse que queria fazer xixi, eu disse para ele ir ao banheiro e foi aí que começou o desastre. Eu procurei por Hyunjin e disse a ele a verdade. Na verdade, tens razão, não devias deixar-me sozinha outra vez.

Os três riem, Seeun mais do que eles. Ela está tão nervosa que não consegue parar de pensar no que está prestes a acontecer e toda vez que o faz, seu corpo inteiro treme. Ela tem tanto medo de como tudo pode acabar, mas não pode recuar. Ela tem que ser honesta de uma vez por todas, sem a necessidade de ficar bêbada.

— O que você vai dizer a ele quando ficarem juntos? — Hannah pergunta.

— Vou ser honesta. Não tenho outra alternativa. Mas estou morrendo de nervosismo, tenho medo que ele não queira continuar sendo meu amigo, ou algo assim.

— Tenho a sensação de que tudo ficará bem. — Jisung a assegura, terminando de comer a comida em sua bandeja.

— Espero que sim... Não estou com vontade de chorar a semana toda.

[...]

Seeun se senta no banco no telhado, roendo as unhas. Ela sente que vai vomitar e ficar no telhado do prédio não ajuda em nada, porque aparentemente ela acabou de descobrir que sofre de medo de altura.

Seungmin se ofereceu para esperar por ela quando a conversa acabasse, mas ela decidiu que não era uma boa ideia. Faria bem a ela voltar para casa sozinha, chorando por seus erros e decisões.

Ela finalmente ouve a porta de metal se abrir e seu coração bate tão forte que ela sente que vai ter uma convulsão. Ela nem tem coragem de se levantar e se certificar de que é Hyunjin. Mas é ele, porque não demora dois segundos para chegar perto dela. Além disso, o aroma de seu perfume é reconhecível em qualquer lugar.

— Olá. — ele a cumprimenta, sentando-se ao lado dela.

— Oi. — ela cumprimenta de volta, incapaz de olhar para ele. — Eu nem sei como começar isso.

Ambos riem, porque nenhum deles sabe realmente o que dizer. Eles estão igualmente nervosos.

— Eu gosto de você, quase desde a primeira vez que Seungmin te levou para casa. — ela confessa, virando o olhar para encará-lo, assim como ela prometeu que faria em suas cartas. — E eu tenho reprimido isso por muitos meses, mas no ao mesmo tempo eu queria te contar a verdade sem você saber que era eu. É por isso que, um tempo atrás, Jisung me deu a ideia de enviar notas anônimas para você. E... É o que tenho feito para desabafar, e deixar você saber de alguma forma que sinto coisas por você.

É incrível o alívio que você sente agora que o peso foi tirado de você. Hyunjin finalmente sabe toda a verdade e independentemente de qual seja sua resposta, ele está muito mais calmo do que disse.

𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐇𝐘𝐔𝐍𝐉𝐈𝐍. hwang hyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora